Para todos aqueles que acharam que eu não ia postar mais nada, aproveitei essa ideia zuada que tive para lhes avisar: meu pc morreu, não tenho nem emprego e nem dinheiro para mandá-lo ao conserto (mal de computador velho) e por isso, as fics estão paradas, mas eu não estou. Estou preparando alguns projetos, revisando outros e assim que eu puder, vou postando para vocês. Agradeço a compreensão de todos e de todas que me acompanham e obrigado por não desistirem de mim <br />Agora, vamo simbora com a história.
Naruto arfou, praticamente abandonado em cima de sua cadeira diante da mesa onde estava o computador, e buscou seus lenços de papel para limpar a sujeira que fez.
Era um fã incondicional de fanfictions - histórias de fãs sobre "universos" literários, cinematográficos, de mangá ou de animes - que falassem sobre BDSM gay. Ele praticamente se realizava sempre que lia alguma história nova, ou as antigas favoritas, pois se imaginava no papel do submisso. Seu sonho, de fato, era encontrar um daddy ou um puta dominador e se entregar completamente, mas havia alguns impasses no caminho do seu sonho.
Primeiro, Naruto é o que se entende por "passivo com cara de ativo". Não existem muitos dominadores que desejem alguém como ele, com aparência rude e masculinizada. Por que ele não nasceu fofo e bonitinho como os submissos das fanfics que lia? Era tão fácil para eles: bastavam sair na rua, tropeçar e BAM! O Dominador foderoso aparava eles.
Segundo, era apenas um peão de fazenda. O dinheiro que tinha era pagar as contas do fim do mês e para ajudar nos gastos de sua filha - um casamento mal sucedido, história que não precisa ser contada. Não tinha condições de comprar nada daquilo que via na internet, aqueles apetrechos que fazia seu corpo inteiro arrepiar. Sem falar que sua profissão o tornava praticamente invisível para todos os homens que ele achava serem dominadores perfeitos. Por que não era o secretário de alguém ou vendedor numa loja?
Terceiro e último, era um gay masoquista vivendo num mundo machista mente pequena. Se seus colegas de trabalho, ou mesmo o seu patrão, soubessem do seu gosto por homens, Naruto não só seria demitido, como seria linchado por causa de sua sexualidade. Ela era tipo o Batman: de dia, assumia a identidade do bom moço; de noite, deixava seu ego sair e ser quem ele era de verdade. E por que diabos ele não nasceu num centro urbano com amigos coerentes consigo?
Naruto se sentia tão solitário naquela fazendo enorme, tendo apenas por confidentes os animais de quem cuidava e as plantas. Quando a sua reviravolta aconteceria? Por que sua vida não podia ser como aquelas histórias que lia pela internet? Provavelmente nunca, já que Naruto não era um mocinho universitário inocente, nem estava na casa dos vintes mais e muito menos tinha uma aparência fofa.
-Uzumaki! - gritou o seu patrão. Naruto quase berrou de susto, já que estava concentrado em devanear sobre suas fantasias depois de ler e se masturbar para se aliviar. Arrumou suas roupas rápido e saiu da casa onde morava, correndo pelo campo até a casa principal da fazenda. - Uzumaki!
-Aqui, patrão. Eu estava dormindo. - se justificou pela demora. O velho assentiu e indicou um homem parado no meio da sala, com um polegar encaixado no bolso frontal da calça jeans e a outra mão segurando um chapéu preto. - Pois não, patrão?
-Tem um quarto a mais na sua casa, não é? - Naruto assentiu, com o chapéu na mão. - Você me disse que precisava de uma mão extra para lhe ajudar no trabalho, então eu contratei mais um peão. - indicou o homem, que até aquele momento encarava o chão. - Leve ele até lá para se instalar. Amanhã, começa o teste dele de três dias para saber se serve para o trabalho. - Naruto assentiu. - Vá.
Os dois seguiram silenciosos pelo caminho de terra, delimitado por cercas de madeira pintadas de branco, até uma casa menor, mais ao longe, onde Naruto morava desde que começou a trabalhar para o dono da fazenda, havia uns seis anos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rédea Curta
FanfictionEra um fã incondicional de fanfictions - histórias de fãs sobre "universos" literários, cinematográficos, de mangá ou de animes - que falassem sobre BDSM gay. Ele praticamente se realizava sempre que lia alguma história nova, ou as antigas favoritas...