CONTO 1

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AQUELE SOM

— Mamãe?

Ninguém nunca me responde.

Me escondendo embaixo de meu lençol, eu respiro lentamente, quase como se  estivesse embaixo da água. Fazia frio, de tal passava pelos buracos do meu cobertor. Abrindo meus olhos  olhei para o teto escuro do quarto, e mais uma vez ouvi um barulho como se a porta estivesse sendo aberta, mas ela nunca estava.

Quando senti o frio sobre meus dedos, rapidamente puxei minhas pernas para perto de meu corpo, e com cuidado coloquei meus olhos para fora, deixando o restante de meu corpo dentro da coberta.

Olhando cada canto do quarto como fazia todas as vezes, eu gelo quando vejo a porta de meu armário entreaberta, e mais uma vez ouço aquele barulho que ecoa por todo meu quarto. Estava perto, perto demais.

Mexendo meu corpo até o lado da cama, eu coloco minhas mãos sobre a madeira e lentamente vou me abaixando até que consiga enxergar debaixo da cama. Para o meu alívio não havia nada, mas o barulho continuava ali, e dessa vez trazia frio sobre minha nuca. Subindo rapidamente com meu corpo para a cama, eu respiro aceleradamente quando sinto algo por as mãos sobre meu corpo, olhando para a minha direita lentamente,  dou um grito  por minha mãe quando uma coisa de braços longos e face distorcida me agarra o braço e me leva em direção ao armário. Gritando o mais alto que  podia enquanto lágrimas escorriam de meus olhos, eu agarro o tapete abaixo de mim, mas sinto quando algumas de minhas unhas soltam de meus dedos ficando para atrás.

— Yuri?!  Yuri!

— Mamãe! — Gritei pulando para fora do armário e tentando agarrar uma de suas mãos, mas fui puxado novamente, agora para um lugar totalmente frio e escuro. Eu sempre disse para a mamãe que havia algo em meu armário. 





 

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