Armário

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Encontrar-se novamente nessa situação era um pouco vergonhoso, porem não iria reclamar se pudesse ficar nem que fosse alguns segundos sozinho com Heung Soo.

O armario estava sendo iluminado somente por frestas de luzes, o cheiro de mofo era forte e o espaço estreito.

Se o professor Kang nos encontra-se novamente seriamos dessa vez literalmente sua comida.

O espaço estreito no armario nos forçava a ficar praticamente um em cima do outro, nossos rostos estavam tão perto que podia sentir o halito dele em meus labios, fazendo com que arrepios brotassem em meu corpo.

Seus olhos estavam arregalados e suas pupilas praticamente engolia suas ires, por conta da baixa iluminação.

Meu corpo estava posicionado entre suas pernas, assim como nossos peitorais estavam colados um no outro, com minhas mãos encostadas na parede do armario ao redor de sua cintura.

Estando tão perto de Heung Soo, as memórias daquela tarde voltaram com tudo.

"Sinto muito."

"Fique quieto! Ele vai nos ouvir."

Mesmo com Heung soo dizendo tais palavras, estar tão perto dele assim, nesse pequeno armário, era impossível não relembrar como éramos, e que eu sozinho estraguei nossa amizade ao me tornar um covarde.

"Desculpe por ser um covarde" Não pude não chorar neste momento "Desculpe por ser egoista e não estar lá por você, por ter medo de te encarar, eu virei as costa para você, me desculpe por destruir seu sonho."

Era como se a barreira que segurava meus sentimentos tivesse rompido, e a unica coisa que eu podia fazer era abrir meu coração, para a única pessoa na minha vida que eu amava acima de tudo.

Não me contive e me joguei nos braços de Heun Soo, enterrando meu rosto em seu forte peitoral.

"Não quero lhe perder novamente depois de finalmente te reencontrar novamente, não é justo que somente um de nós permaneça na escola, não é justo."

As lágrimas vinham tão rapidamente que ja começava a formar uma mancha molhada no uniforme de Heung Soo.
Aos poucos sinto braços fortes se enrolar em minha cintura, e seus labios se aproximar da minha orelha, junto com sua respiração forte, que me deu calafrios.

"Eu estava tão sozinho Nam Soon, eu estava dolorido" como palavras poderiam machucar tanto? "Mas não de meus ferimentos e sim de estar sozinho. Eu nunca te culpei pelo o que você fez à minha perna, mas sim por me abandonar, por não estar lá quando eu mais precisava de você, eu te odiei por tanto tempo!."

Ao ouvir aquilo, mordi meus lábios até sentir o gosto do sangue, mas aos poucos sentia meu pescoço molhando e rapidamente me afastei, e segurei o rosto de Heung Soo entre minhas mãos.

Seus belos olhos estavam vermelhos e cheios de lágrimas, por um impulso beijei as trilhas que elas faziam.

"Por fazor não chore, não aguento ser a fonte de seu sofrimento mais."

"Não! Você não entendeu Nam Soom, eu te odiei, odiei por ter me abandonado, por ter desconsiderado meus sentimentos mesmo sabendo que EU TE AMAVA, MAS QUE DROGA!!! Eu te amava tanto e só precisava de você do meu lado, mais você fugiu, eu te procurei tanto, fiquei desesperado, não sabia mais o que fazer da minha vida. Mas ao te ver novamente naquele beco sendo ameaçado, e novamente na escola, eu não te reconheci, mas aos poucos percebi que esse novo Nam Soom é um Nam Soon melhor melhor ao que conheci. Um que se preocupa com seus colegas, que não procura mais brigas. Um Nam Soom que eu amo ainda mais."

Por impulso aproximei meu rosto, e olhei profundamente nos olhos de Heung Soon, dando-lhe tempo de recuar, ao não ver nenhuma hesitação, toquei nossos lábios levemente.

Parecia que o universo tinha explodido e só existia nós dois e o leve roçar de nossas bocas. Os braços que antes me abraçavam, agora me agarravam com força e aos poucos sentia sua lingua roçar meus labios.

Sem hesitação abrio-os, e logo em seguida sua lingua entrou em minha boca, não se tratava de dominação aquele beijo mas sim de amor, e era como se finalmente tivesse voltado para casa.

"Não importa o que aconteça, não irei te abandonar novamente." disse ofegante.

" Nem eu. Eu te amo tanto Nam Soon".

Aos poucos sinto as mãos de Heung Soo indo para minha bunda e empurrando-a para que nossas pelves se tocassem.

Não consegui conter um gemido, era tão bom enfim poder toca-lo novamente.

"Eu tambem te amo."

Quando estava prestes a empurrar seu corpo para cima e poder me encaixar entre suas pernas, tomo um susto ao ouvir batidas na porta.

"Terminaram de se reconciliar? Veja, vamos antes que Uhm Tae Woong volte com o zelador."

Timidamente me afasto de Heung Soo e observo que seu rosto estava corado também, assim como sua respiração vinha tão forte como a minha, aproximo meu labios da sua orelha e sussuro.

" Ainda não acabamos, Punk." Ao concordar comigo, afasto-me lentamente e abro a porta do estreito armário.

Do outro lado vejo o rosto irritado mas levemente corado do professor Kang Se Chan.

"Andem logo, se não quiserem ser expulsos." com essas palavras ele nos dá suas costas e sai andando. "Vocês me devem uma entederam?! Agora me sigam."

Com um pequeno sorriso em meus labios saio do armario, e ajudo Heung Soo a sair tambem, ao estarmos livres do espaço estreito seguro seu rosto e digo.

"Ele nunca vai esquecer disso." Dou risada e ele me acompanha.

"Você tem razão, tomara que ele não conte para a professora, ela nunca vai nos deixar em paz quando saber que ela estava certa sobre nós."

"Andem logo seu moleques." Professor Kang Se Chan grita de longe.

Sorrio novamente e me estico para dar um ultimo selinho em Heung Soo.

"Vamos logo antes que ele fique bravo" Entrelaço nossos dedos e o puxo para fora do deposito, ao chegar perto do professor sussuro em seu ouvido novamente.

"Eu te amo, Punk."

"Eu tambem te amo, seu delinquente."

"Juventude." Disse o professor com falsa expressão de nojo, em tom brincalhão.

Como vingança brinco.

"Isso é inveja por você ainda não poder fazer isso com a professora In Jae." Dizendo isso saio correndo puxando Heung Soo, ambos dando risada da cara que o professor faz.

"Se-seus Moleques! Eu vou mata-los."

Com o grito do Professor Kang de fundo e Heung Soo ao meu lado sinto que finalmente estou em casa.

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