Introdução a um mundo diferente.

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No ano de 2027, a Terra parecia imprópria para se viver. Não havia justiça, apenas o dinheiro, que passou a ser o porquê as noções de moral foram esquecidas.

Uma lenda pouco conhecida dizia que um grande guerreiro unificou os poderes debaixo do seu comando formando assim o Império Sangster. Sua busca por dinheiro lhe deu poder suficiente para desbancar reis e reinos. Seu terror se espalhou a todos por muitos anos e ninguém conseguiu se opor. Houve revoltas, mas nenhuma bem-sucedida. Os Sangster dominavam à força, espalhavam o terror. Com o tempo e tirania, o senso do povo mudou e toda forma de vida hoje não era a mesma.

Ainda havia avanços tecnológicos, até mesmo no âmbito biológico, mas tudo era em benefício dos ricos, aqueles favorecidos pela Família, como costumavam se chamar, todos que eram ligados diretamente ao clã servindo aos que tinham relação sanguínea com os primeiros cabeças a irem ao poder, até então eram considerados pela história apenas como uma força militar.

Mas essas informações não eram amplamente divulgadas. Cerca de 75% da população não tinha terminado o ensino básico. Parte se dava pela ampla campanha popular de servir aos Coligados ao Clã, pessoas que serviam à Família e exerciam um menor poder. Todos queriam ser respeitados, ou não abusados. Não havia muitas opções e poucos trabalhos reais, a maioria servia aos Coligados ao clã e a outra parte servia de forma não-oficial. A outra parte da culpa recaía mesmo a Família, que não oferecia escolas suficientes nem mesmo razoáveis. Era mais fácil aceitar as condições impostas.

Os bairros eram divididos por gangues, cada uma supervisionada por um Assessor dos Coligados ao clã, e esses por sua vez passavam seus tributos e relatórios à Família. Uma grande pirâmide de terror que escravizava a maioria. Cada membro da Família, os que tinham realmente relação sanguínea, controlavam um continente, que mudava de acordo com os filhos e eram divididos pela vontade do pai e Imperador Sangster.

Esse foi o mundo em que Pamela Curtis foi criada. Assim que nasceu ela se tornou órfã. Seu pai havia sumido muito antes do parto e Lívia, sua mãe morreu ao lhe dar a luz. Pamela foi "dada" ao amigo de Lívia, Jerry, o único que a ajudou durante a gravidez, da melhor forma que pôde. Na verdade ele era apaixonado por Lívia e não aguentou não ajudá-la no momento mais difícil. Sua recompensa nunca veio, e ainda sim depois de sua morte continuou a ajudá-la por cuidar de Pamela. O dia sobre sua morte nunca foi muito explicado a Pamela, as únicas informações que tinha a respeito da mãe era que ela escolheu seu nome, então devia amá-la.

Por causa da bagunça no sistema judicial Pamela não se tornou sua filha oficialmente, a bagunça também ajudou no sentido que ninguém jamais questionou seus cuidados a uma criança pequena. O que deviam. Não só pelas circunstancias, mas o fato de que Jerry não servia para ser pai. Ele a criou da melhor forma que pôde. Apesar de ser um pouco ausente ou elogiá-la raras vezes, e não ter dado carinho, ser um policial frustrado o que regularmente o fazia se embriagar e ser cuidado por Pamela e não o contrário, ele era a melhor escolha que ela poderia ter. Ele ainda possuía integridade, certo senso de justiça e se preocupava verdadeiramente com Pamela.

O colar de Safira. O herdeiro do trono. [Em pausa]Where stories live. Discover now