[Narrador]
Você consegue confessar todos os seus piores segredos?
Você consegue confessar o seu maior pecado e todos os seus desejos quentes?
Todas as manhãs de domingo eram ensolaradas e deliciosas. O sol ardente batia com força no rosto delicado e belo do garoto de cabelos negros, este que permanecia sentado a beirada da janela do seu quarto, as cortinas abertas e o vento suave entrando.
— Chan querido, vamos ou iremos nos atrasar. — Ouviu a doce voz de sua mãe em sua porta e suspirou baixo, fechando a janela e as cortinas, andando até o carro que o esperava.
O domingo era um dia sagrado a família. O dia da missa.
Ele não podia negar, ele adorava o domingo. Mas é claro, por motivos muito diferente dos seus pais.
Apesar de ter crescido em um círculo religioso e autoritário, ele sabia muito bem como ser rebelde e pecador.
Ele podia muito bem ajoelhar-se em frente a deus e rezar por horas, sua recompensa seguinte era a mais agradável possível.
Com o carro estacionado e a família andando até a porta da igreja, Chan desviou o caminho, dizendo que precisava ir ao banheiro primeiro. Andando pelo corredor, assustou-se quando uma mão forte puxou seus braços e o prendeu contra uma porta.
— Está assustado assim honey? Parece até que viu o diabo. — A voz atraente e rouca do garoto a sua frente rendeu arrepios por todo seu corpo e ele jurava que derreteria alí mesmo.
— Você virou o rei do inferno agora? — Sorriu, passando os braços pelo pescoço do outro e inalando o delicioso cheiro do perfume que ele usava.
— Engraçado demais, preciso te ensinar a como ter modos. — Seu sorriso ladino fazia o coração do mais novo errar a batida. Era um sorriso com segundas intenções. E Chan o adorava.
— Me ensine então.
— Você sabe onde me encontrar depois babe, estarei esperando. — Deixou um beijo casto nos lábios alheios e com delicadeza se desfez dos toques do outro, andando para a direção contrária.
O baixinho arrumou a postura e andou até a sala principal. Encontrou os pais sentados logo a frente e andou calmo até eles, sentando ao lado da mãe. Estava pela primeira vez, nervoso.
Suas mãos pareciam mais quentes que o normal e seu corpo sentia arrepios em minutos.
Quando o coral começou a cantar e o padre entrou e ditou as palavras que Chan já estava acostumado a ouvir, ele sentiu-se tonto e eufórico.
— Mãe, eu irei pegar um ar, não me sinto bem. — Assentindo ela o liberou e ele seguiu rumo a sala a qual ele conhecia tão bem.
O corredor com as janelas altas e brilhantes, o sol refletindo a beleza do vidro desenhado em imagens divinas.
E a tão especial sala.
Seus dedos seguiram até a maçaneta a abrindo devagar e ouvindo o ranger baixo das travas enferrujadas. Ao abrir por completo, viu que soonyoung estava sentado ao banco que havia encostado a parede, perto da divisória onde todos confessavam seus pecados.
Kwon soonyoung, esse era o nome do maior pecado de Lee Chan.
— Honey? O que está fazendo aqui? A missa começou a 10 minutos. — Chan trancou a porta e andou até o outro, agarrando em sua blusa social e trazendo seu corpo para perto de si. De um jeito nada delicado seus lábios foram chocados e dançavam perfeitamente.
A sincroniza de ambos era jeitoso e soonyoung não reclamou por não ouvir palavras vindas do outro.
— Eu preciso de você soonnie. — O mais novo falou, após se separar do outro. Seus olhos brilhavam, todo o prazer a qual esteve a mercê estava sendo mostrado alí.
— Você é realmente um garoto muito mal, precisa se comportar. Está tendo uma missa alí fora e você está pensando coisas maldosas. — o mais velho sorriu, andando com o outro a mesa próxima que tinha perto, puxando as coxas alheias e fazendo com que o outro sentasse na mesa.
— Me ensine então, me ensine a ser obediente. — Disse, subindo as mãos pela blusa social que soonyoung usava e abrindo os botões devagar, um por um.
— Você vai precisar fazer silêncio honey ou senão todos irão ouvir você pecando. — Suas coxas foram apertadas com força, enquanto sentia seu corpo formigar e o desejo lhe subir a cabeça.
E de fato ele se segurou muito para não fazer muito barulho. Precisou segurar todos os gemidos enquanto ambos estavam fodendo sobre a mesa em um confessionário. Ou quando soonyoung agarrou em seus cabelos e prendeu suas mãos em suas costas com a gravata de sua blusa social.
Quase gritou quando foi deitado de bruços sobre a mesa e sentiu a força das estocadas aumentarem e seus olhos revirarem pelo prazer que o consumia. Os corpo suados e a pequena sala quente já não importava mais.
Apenas a ideia de fazer sexo com uma sala lotada de pessoas e o olhar de deus sobre si, era o suficiente para que ambos continuassem.
Malditos pecadores.
Era excitante, era bom, era instigador.
As mãos grandes de soonyoung passeando por seu corpo, suas palavras sujas ao pé de seu ouvido, o puxar de pele, o torcer dos pulsos implorando para serem libertos, o revirar dos olhos, a chance de ouvir todos os suspiros, arfares e gemidos um do outro, o calor e tudo aquilo era totalmente sexy e estimulante.
E não era só desejo carnal, havia sentimentos envolvidos. O desejo de estarem juntos mesmo contra tudo e todos. Mesmo tudo sendo certo demais, eles havia passado a linha a diante e viraram grandes rebeldes do amor.
O sorriso doce e sincero de soonyoung e suas pálidas bochechas em tons rosas, encantava e amoleciam o coração do mais novo. Ele havia entrado em uma jaula de afeição pelo outro. Desde seus pequenos olhos até seus gestos bobos e danças estranhas, ele estava completamente apaixonado.
E tudo para eles era incrível. Desde o sexo, até o selar macio dos lábios. Desde o cafuné confortável em seus cabelos, até às cosquinhas que Chan tanto odiava. Desde o toque da pele, até o dar de mãos.
Era uma bola de amor quase impenetrável, mas que só eles podiam dizer como fazer funcionar.
E quando ambos chegaram em seu limite, seus corpos apenas cederam ao cansaço. Suas respirações desreguladas e seus pulmões implorando por ar.
Lee Chan havia entrego a Kwon soonyoung todos os seus segredos. Contado a ele seus maiores pecados e ele o ouviu, realizando todos os seus desejos e fantasias.
Os dois sendo grandes rebeldes e cometendo os maiores atos ilícitos já existentes.