Ao leitor...

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Meu caro leitor,

Eu não o conheço e você não me conhece, mas a partir do momento que você ler o que está escrito nas páginas seguintes, passaremos a dividir um novo olhar juntos. Talvez minha obra não signifique nada para você, talvez não mude sua vida e tão pouco não tenha feito sentido escrevê-la, mas um autor que eu admiro muito disse que "o único motivo para se fazer algo inútil é admirá-la intensamente, toda arte é perfeitamente inútil" . Por isso, anseio profundamente que meu livro seja perfeitamente inútil.

Escrever é contar ao mundo aquilo que só nossa alma pode ver, pessoas e lugares que só nossas palavras podem descrever, porque só existem dentro de nós mesmos. Escrevi este livro imaginando lugares além dos que conhecia, livre para criar pessoas que não conhecia, porque sentia necessidade de conhecer o que eu não conhecia. Quando escrevi essa história pela primeira vez, eu não passava de uma criança. Nada conhecia e nada sabia, só imaginava como era.

Na minha vida nada fiz que seja digno de nota, nunca fui nada além da média esperada, mas desenvolvi uma forma diferente de olhar para as pessoas, para os fatos, para o mundo. Encontrei inclusive no sofrimento a lição mais brilhante e aprendi a ver que até a lágrima é bonita, dependendo do ângulo que você olha pra ela, por isso divido aqui minha forma de ver a vida.

Essa história que irá ler só existe porque alguém acreditou nas palavras de Shakespeare, que disse: "... nunca devemos dizer a crianças que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso". São estas pessoas a quem eu dedico esse livro: mãe, pai, vocês me ensinaram além de sonhar, provaram que é possível realizar o que se sonha. Eis aqui a realização do meu sonho. Ele é real, é palpável e é para vocês, agradeço-os por me permitirem sonhar.

Thais de Araújo Oliveira

Contos de Inverno- A Rainha NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora