— Vossa majestade é só um vaidoso — disse Jack Liam curvando-se para o rei Aaron em tom zombeteiro. — Quanta vida pouparia caso tivesse se rendido?
— Se você fala isso com credulidade é porque não conhece Alfred Lannister. A única coisa certa ao servir a um tirano é a perda da sua liberdade e a eterna escravidão às vontades e aos caprichos do déspota.
— Guarde seu discurso para seus puxa-sacos. Eu nasci pobre, tive de roubar para sobreviver. Quando era pego, batiam em mim sem dó. Nunca vi um rei ter piedade de um maltrapilho. Você não sabe o que é a fome. Sempre teve comida, cama quente e empregados à disposição. Diga-me, qual a diferença entre seus escravos e os de Lannister?
— Os meus podem buscar outro emprego sem temerem.
— Outro emprego? Não me faça rir, seu cretino — Jack golpeou a face do rei.
O general ameaçou revidar, mas o próprio rei fez com a mão para ele se conter.
— Até chegar ao meu senhor, sentirá fome. Verá como uma barriga vazia derrete a mais sólida das convicções — vociferou Jack.
O major e o capitão observavam a cena.
— Tenho um plano — disse o major. — Preciso pegar cordas.
— Claro, por que você não vai até lá e pede emprestadas? Se pedir com jeitinho, eles dão.
— Muito engraçado. Eles não sabem da nossa presença.
— E daí? Pensei que só bruxos ficassem invisíveis.
— Pensei em aceitar você como voluntário.
— Pensei no meu arrependimento por tê-lo livrado da cela.
— Com o seu tamanho, capitão. Um elefante chamaria menos atenção. Pode deixar, eu vou. Quando eles amarrarem os cavalos e entrarem na caverna, eu irei pegar as cordas.
Jack e seu bando seguiram em direção à entrada das cavernas que ficavam aos pés do monte Khal Drogo seguidos, a certa distância, pelo major e pelo capitão.
— Deixe os cavalos na caverna maior — ordenou Jak. — Vamos nos esconder em uma das grutas pequenas.
— Ouviu isso, major — sussurrou o Capitão Terrier. — Eles vão facilitar nosso trabalho.
— Bom para nós. Pegue alguns cocos no chão. Depois eu explico.
O major Brandon se arrastou até os cavalos, pegou algumas cordas presas nas celas e voltou.
— Vamos armar nossos fantasmas e torcer para eles serem supersticiosos.
O major entrou pela outra gruta, havia inspecionado o terreno antes do ataque. Sabia como elas se ligavam. Então amarrou uma corda de um lado a outro das grutas deixando uma ponta um pouco mais alta. Fez dois buracos e uma boca em cada coco e cortou umas estopas onde guardavam a comida para fazer as roupas dos bonecos. Com um pouco das cordas ainda montou um pavio dentro de cada coco.
— Para que o pavio? — perguntou o capitão.
— Verá.
Duas horas depois, quando apenas um homem vigiava, o capitão o atacou por trás com um golpe certeiro na cabeça.
— Acho que este aqui vai ter um pouco de dor-de-cabeça amanhã — disse o capitão.
— Se ele acordar. Não precisava bater tão forte.
— Prefiro garantir.
— Vamos para o outro lado soltar nossos bonecos.
— E acha que só isso vai assustá-los?
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Game of Thrones - O Dono do Trono de Ferro
FanfictionEm uma terra na qual o ódio sempre conseguirá um lugar na próxima geração, a paz jamais terá uma chance. Quando a morte alcança prematuramente pais e mães, o desejo doentio de vingança encontra abrigo seguro em corações infantis. Então transforme es...