A dois anos atrás a vida de Arizona Robbins mudou por completo. Callie Torres, a sua Calliope, havia partido para Nova York ao lado de outra mulher, tirando da loira sua filha e sua felicidade.
Nesse tempo, exatos 730 dias longe do amor de sua vida...
"Não era o que eu imagina". Essa é a frase que define minha morada em Nova York e principalmente minha vida ao lado de Penny.
Nossos primeiros meses aqui foram até legais, não sentia tanta falta de Seattle, apenas dos meus amigos e de uma certa loira que tirava minha sanidade. Sofia tinha se acostumado em não ver sua Mommy sempre que queria. Foi uma caminhada díficil. Sofia sofreu bastante nos primeiros meses em um novo lugar, em me ver com alguém que não era Arizona
FlashBack On, sétimo mês em Nova York
- Sofia a comida está boa? - Pergunto vendo a garotinha mexer com o garfo nas ervilhas.
- Tá normal.
Olhei para Penny e pedi com um olhar de suplica para que ela me ajudasse. Sofia estava assim desde que chegámos a Nova York, trocava poucas palavras conosco e apenas sorria quando Arizona ligava para ela.
- O que você acha de irmos no parque amanhã, pequena? - A ruiva pergunta.
Sofia tira seus olhos da comida e encara a ruiva. Ela tinha os olhinhos castanhos marejados.
- Não me chama assim! A única que pode me chamar assim é a mommy, você não é a minha mommy! - Grita com a ruiva.
- Sofia, por favor filha não fale assim! - Repreendo-a.
- A senhora não se importa mamãe. Só pensa no seu trabalho e na Penélope. Você me tirou da mamãe, ela tá triste por causa de vocês. - Diz chorando - Eu não tô feliz, eu quero ir para casa!
FlashBack Off
As palavras de Sofia naquele dia foram como facas no meu coração. Eu estava magoando ela e principalmente Arizona. E desde aquele dia Penny nunca mais foi a mesma. Discutimos feio e desde então ela vem se dedicando inteiramente ao trabalho, nunca está em casa e quando está, fica com a cara no notbook fazendo pesquisas cirúrgicas.
Eu cometi um grande erro vindo para Nova York. Machuquei minha filha, estou fazendo Penny infeliz e principalmente partir o coração da mulher que amava, e que nunca deixei de amar. Então a semanas atrás tomei uma decisão: Retornarei para Seattle e tentarei recuperar minha família . Venho conversando com Meredith e com Bailey, elas são as únicas que sabem da minha volta e já tenho tudo pronto para voltar... Mas hoje farei o mais difícil, conversarei com Penny e botarei um ponto final nessa relação, na qual nunca fui feliz de verdade.
Horas depois
- Boa noite Callie - Ela diz ao entrar em nosso quarto.
- Podemos conversar Penny?
Ela larga suas coisas numa poltrona que tinhamos dentro do quarto e vem até mim, confusa pela minha pergunta... É agora ou nunca .
- Pode começar - Se senta ao meu lado na cama.
- Irei voltar para Seattle com Sofia - Disparo - Isso não é o que eu imaginava Penny. Eu estava errada, nunca deveria ter saído daquele lugar. Eu fugi feito uma covarde e eu não quero mais fazer isso! Estamos infelizes. Você não merece alguém que tem o coração ocupado por outra pessoa.
Vejo seus olhos marejarem. Ela se levanta da cama e começa a andar de um lado para o outro, nervosa. Suas lágrimas começam a cair e eu me levanto
- Me desculpa
- Desculpar? VOCÊ ME USOU CALLIE, COMO SE EU NÃO VALESSE NADA! Eu entreguei minha vida a você e tudo que você faz é dizer que ainda ama aquela vadia! - Grita.
- Nunca mais ouse chamar Arizona disso! - Digo lhe apontando o dedo - Eu nunca quis isso para nós Penélope, mas eu estava fragilizada pelo meu divórcio e você por algo que eu desconhecia até aquele jantar na casa da Meredith. Você reconheceu minha dor e eu confundi o conforto que você me deu com amor.
- Cala a boca! Eu sempre te apoiei em tudo Callie, TUDO. Até mesmo naquele maldito tribunal onde tive que lutar por uma criança que infelizmente tinha que vim no pacote. Eu fiz tudo, enxuguei suas lágrimas quando você chorava ao sonhar com ela, te dei amor, te respeitei, coisa que aquela vagabunda nunca fez!
- Eu agradeço por tudo que fez por mim, mas chega dessa mentira! É melhor você aceitar numa boa, porque nada e nem ninguém vai me impedir de lutar pela mulher que eu nunca deveria ter deixado.
O que vem a seguir é uma ardência no lado direito do meu rosto e uma ruiva descontrolada batendo com as mãos contra meu peito.
- Penny para, se controla - Digo tentando segurar seu braço.
Ela para subtalmente e vai até o closet. Tira duas malas enormes e começa a jogar todos os meus pertences, incluindo o albúm de fotos do meu casamento com Arizona, que até então era desconhecido pela ruiva.
- Pegue suas tralhas e saia do meu apartamento. Irei sair e quando voltar quero você e a bastarda da garota bem longe daqui - E bate a porta, saindo furiosa.
Olho ao redor, a bagunça naquela mala e caminho até ela. Pego o albúm de fotos e abro na minha favorita. Eu e Arizona estavamos sorrindo uma para a outra, a felicidade no nosso olhar era visível a qualquer um. Até mesmo o sorriso de Bailey por nós ver casadas deixava a foto ainda mais bonita.
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- Espero que você me perdoe, porque estou voltando para ti meu amor - Digo e acaricío o rosto de Arizona na foto.
Começo a arrumar minhas coisas e as de Sofia. Depois de tudo organizado, vou até o quarto da minha princesinha chamá-la. Ele era afastado do qual eu ficava e isso ajudou para que ela não ouvisse a discussão. Sento na ponta de sua cama e começo a dá beijinhos pelo seu rosto
- Hora de levantar, princesa
- Não mama, ainda é madrugada - E realmente era, meu relógio marcava 02:30 da manhã
- Eu sei, mas precisamos ir agora. Vamos voltar para a mommy Arizona querida
Basta eu dizer isso e a menina levanta num solavanco. Prometo explicar tudo no avião e a arrumo. Pego nossas coisas e meu carro, seguindo para o aeroporto.
