• Capítulo Único •

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Lá estava ele, com seus pulsos presos por um pesada algema feita do mais puro ferro, apertada para propositalmente machucar seus pulsos branquinhos e ainda sem marcas algumas. Andava acompanhado de dois grandes e fortes guardas, armados até os dentes e sem piedade de atirar e matar algum dos vermes que ali viviam

Observava minuciosamente as paredes incrivelmente brancas daquele lugar, com alguns erros por causa do tempo que estão ali sem trocar as mesmas. O chão estava levemente amarelado por causa do tempo, mas não deixava a mostra que a construção estava em pé a quase dois séculos, o que era uma surpresa por resistir tanto

Seus passos ecoavam pelos corredor silencioso, mas pararam quando um dos guardas o deixou parado em seu lugar, mandando o outro ir buscar o guia de Izuku, afinal, eles não queriam se contaminar com os germes daqueles malucos que estavam no outro lado de uma grande porta de ferro, trancada pela melhor tecnologia da época

Midorya esperou, ainda olhando para os cantos, estudando o local com calma para logo sorrir ao ouvir um grito extremamente nostálgico, um tom de voz agressivo e ameaçador foi ecoando atrás da porta, ele sabia de quem era aquela voz e estava com saudades da pessoa na qual a possuía

Na verdade, estava com saudades de todos os loucos e assassinos daquele lugar...

Aquele amado lugar...

Seus olhos verdes de fecharam por longos segundos, seu sorriso ainda não tinha mudado, suas sardas estavam perto de seus olhos o deixando com uma aparência fofa, quem olhasse diria que ele, Midorya Izuku, nunca tinha entrado em um lugar tão podre e sórdido como aquele, nunca tinha feito o que ele fez a anos atrás para entrar naquele lugar, assim como fez para entrar mais uma vez

Que engraçado, não?...

Pessoas com caras de inocente são os piores, aqueles que escondem as coisas que fazem...

Ao abrir seus olhos, pode ver, aquele homem atravessando a grande porta agora aberta. Abriu mais seu sorriso ao ver o olhar raivoso do mesmo ser trocado por um olhar surpreso, direcionado especialmente para ele, mal sabendo o quanto tempo Midorya esperou para ver aqueles olhos vermelhos de novo

O homem a sua frente se chamava Katsuki Bakugou, também era japonês assim como o garoto de estranhos cabelos verdes. Katsuki era alto, seu corpo forte e definido por causa das horas de malhação, seus olhos eram vermelhos assim como o sangue das pessoas que já matou em nome da sua loucura, seus cabelos eram loiros, bagunçados e espetados

Bakugou, ou kacchan como chamava o esverdeado, era, ainda é, um homem de personalidade duvidosa, mostrando suas emoções de uma maneira bem peculiar e explosiva, fazendo muitos se afastarem e apenas os verdadeiros amigos ficarem por perto. Sua personalidade era explosiva, agressiva, de um típico louco, mas mesmo sendo uma autêntica arma humana, ele era bem inteligente e assim como Midorya, fazia planos mirabolantes e certeiros

Katsuki o olhou assim por mais alguns segundos, para logo sorri de seu jeito, indo ate o mais novo e lhe dando um forte soco de boas vindas, fazendo Izuku rir e revidar da mesma forma

- Deku, seu merda, já faz uns anos que não vejo essa sua cara de inútil - disse Katsuki, tirando uma risada do menor que o olhou sorrindo - Tire esse maldito sorriso dessa sua cara de merda seu porra

- Você não mudou nada, kacchan - Respondeu ele, apenas isso antes de se jogar em cima do loiro que o pegou em um abraço apertado

O loiro revirou os olhos com isso e apenas foi seguindo caminho, ainda com o menor em seus braços, logo olhando para suas algemas e tirando as mesmas com as chaves que tinha no bolso, tinha roubado a mesma de um guarda idiota que tinha ficado de guarda baixa

Sanatório U.A - Katsudeku Onde histórias criam vida. Descubra agora