Capítulo O1

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Era manhã e como todas as manhãs, o pequeno Byun acordava disposto ao lado de seu pai, Park Chanyeol. O garotinho sorria animado, balançando seu pai e o chamando freneticamente.

- Papai, papai! Acorda, aigooo.

Chanyeol resmungou alguns palavrões, sendo repreendido pela criança. Logo o homem de cabelos ruivos e agora bagunçados se sentou sobre a cama, olhando falsamente bravo para o pequeno Byun. O garoto riu da cara do maior amassada pelo travesseiro, logo saindo correndo do quarto, rindo sapeca.
Chanyeol riu baixinho, logo se levantando e indo até o banheiro fazer suas higienes matinais. Baekhyun tinha apenas 7 anos, o garoto havia perdido seus pais cedo em um assassinato, caso este que não foi resolvido, sendo assim arquivado. Chanyeol por ser a pessoa mais próxima do pequeno, conseguiu a guarda do garoto, também por conta do testamento dos pais de Byun que estava escrito que Chanyeol ficaria responsável por Byun caso algo viesse a acontecer com os mesmo. O assassinato ocorreu quando Baek tinha 5 anos. Chanyeol trabalhava com os pais de Baek, quando os amigos do rapaz faleceram o rapaz tinha 17 anos. Os pais de Byun traficavam drogas, era uma profissão perigosa, mas eles não tinham saída, já que tinham uma grande dívida com um gângster de Seoul.
Chanyeol trabalhava nesse ramo de tráfico desde os 14 anos, já que o garoto sempre foi sozinho e não tinha como se sustentar, morava de favor com os pais de Baek. Quando Baekhyun nasceu, Chanyeol cuidava mais dele do que os próprios pais do garoto, então Baek começou a chamar Chanyeol de pai.
O assassinato foi a apenas 2 anos, mas Baek não tinha ficado tão triste, já que os pais não eram presentes na vida do pequeno.
Chanyeol virou um dos traficantes mais famosos e bem sucedidos de Seoul, o garoto com apenas 19 anos tinha todos aos seus pés, até mesmo os policiais, assim facilitando seu trabalho.

Os dois comiam em silencio na sala de jantar, Byun mais brincava com seu café da manhã do que comia, mas Chanyeol não via problemas nisso. Chanyeol nem sempre agia como pai, ele preferia agir como um irmão ou amigo para Byun, mas seus instintos paternos se afloravam perto do pequeno. Então foi meio que impossível não chamar a atenção do garoto.

- Baekkie, não brinca com a comida, filho. - Suspirou, tirando os olhos brevemente do jornal para olhar para a criança a sua frente.

- Desculpa, papai... Uh, hoje eu vou ficar com o titio Kris de novo?

- Sim, sabe que o papai tem que trabalhar e você não tem idade pra ficar sozinho. - Falou antes de dar um gole em seu café.

- Papai, a gente pode ir no parquinho no final de semana?

- Não sei Baek, o papai está muito ocupado ultimamente.

O garoto abaixou a cabeça suspirando tristonho. Logo o pequeno terminou sua salada de frutas, assim saindo da sala de jantar cabisbaixo. Chanyeol começou a arrumar a mesa, enquanto o pequeno Byun pegava sua mochila com seus brinquedos e roupas para ir a casa de seu tão querido tio Kris. O garoto gostava de brincar com o amigo de seu pai, este que lhe dava mais atenção do que Chanyeol ultimamente.
Mesmo que o Park fosse novo, ele teve que amadurecer cedo para dar conta de cuidar de Baekhyun. Ele se odiava por ter virado um "pai" ausente como os pais biológicos de Byun eram, mas era o único jeito de manter a vida financeiramente bem, principalmente para cuidar de Baek.

(...)

- Titio Kris, você acha que o papai vai me levar no parquinho? - Perguntou Baek brincando com a massinha cor de rosa em suas mãozinhas.

- Ah Baek... Seu pai é muito ocupado, mas porque não vamos nós? O que acha? - Perguntou o loiro, colocando a massinha branca sobre a mesa de centro.

- Eu quero ir com o papai Chan... - Suspirou tristonho.

Kris pegou o pequeno no colo, o abraçando forte. O loiro cuidava do baixinho como se fosse seu irmão mais novo, e ficava com medo do pequeno descobrir que foi Chanyeol o assassino de seus pais.

Hiatus - Papai? - ChanBaek.Onde histórias criam vida. Descubra agora