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Mas que belo dia, o céu está cinza como meu humor, graças a Deus e as minhas  belas notas entrei de férias,  não aguentava mais aquele colégio,  e aquele povo, acabo de concluir o ensino médio e ainda não tenho noção do que quero fazer da vida.
Desço pra tomar café da manhã, e logo me arrependo, a vaca da namorada do meu irmão está aqui com aquela voz irritante, vou ficar aqui não, vou é  passear no bosque(na praça  na realidade)
Peguei um pedaço do bolo, e sai, nem fiz questão de dar bom dia, não que eu seja mal educada.
Fico andando e andando sem rumo, a praça tava muito cheia, eu poderia ter ido pra casa de algum dos meus amigos,  mas né,  não gosto de atrapalhar.
Começa a chover, ótimo,  sei nem onde eu to, e agora encharcada, maravilha, porque não né. A verdade é que eu não sei oque estava acontecendo comigo, eu não queria estar sozinha, odeio ficar sozinha, mas também não queria meus amigos, eu tenho tudo, mas me sinto vazia, que droga,  sento em um dos bancos perto da praia, sentindo as gotas geladas cairem no meu rosto.
Merda, relâmpagos e trovões, eu morro de medo, sempre tive, que droga, o pior é: deixei o celular em casa.
Não tem como ficar pior.  Vejo um bar perto de onde estou, penso em ir pedir para usar o telefone, mas eu não lembro o número de ninguém, vou é ficar sentada aqui mesmo. Quando eu disse que não tinha como ficar pior, tinha sim, um bêbado estava vindo em minha direção, eu podia correr, mas tava com medo, e bom, meu medo impede de sair do lugar, não tenho nenhuma reação.
Ele está cada vez mais perto, e só ai eu tomo um choque, eu começo a correr.
Só que o cara continua a me seguir, e infelizmente a burra entra num lugar sem saida, era só oque me faltava.
Eu não tinha mais oque fazer.

-A gatinha facilito o meu trabalho

-Não faz nada comigo, por favor

-Nao farei nada que você não goste- ele diz se aproximando

-Me deixa ir embora

-So depois de brincarmos- diz tocando o meu rosto

Ele começa a passar sua mão em meu corpo, eu estava com tanto medo, grito por ajuda, mas naquela chuva ninguém iria aparecer, ele me da um tapa na cara e me manda ficar quieta.
Ele era forte, bem mais doque eu, era um velho tarado. Ele rasga a minha calça em uma brutalidade e eu sinto uma enorme vontade de chorar, eu batia nele mas nada adiantava.
Eu costumava a ler livros e sempre que acontecia uma situação dessas alguém aparecia pra ajudar, mas a realidade é diferente, pelo menos a minha, ninguém apareceu, o homem passava seus dedos em minha região íntima, e a outra segurava minha cintura com tanta força, tento me soltar mais um vez e cuspo em seu rosto. Dessa vez ele revidou,  segurou em meu pescoço, me enforcando, e naquele momento desejei morrer. Ele me deu um tapa tão forte, e tive certeza que ficaria roxo, assim como meu pescoço. Então me virou de costas, e colocou todo o seu pênis dentro de mim, sem nenhuma dó.
Após fazer tudo oque queria me jogou no chão e me deu vários chutes.

-Espero que tenha gostado sua vadia.

Sai andando me deixando sozinha, jogada naquele beco, estava fraca, com dor e me sentindo suja. Tentei levantar na intenção de conseguir pedir ajuda, e fui me arrastando ate fora do beco, após isso não consigo mais ver nada.
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Acordo em um quarto todo branco, e lembro de tudo oque aconteceu, e chorei como nunca havia chorado, eu queria estar morta agora. Vejo um homem entrar no quarto e logo me encolho, ele me olha com pena.

-Aonde estou?

-No hospital, te encontrei jogada na rua- falou com um tom sensível

ConfiançaOnde histórias criam vida. Descubra agora