Anna sofreu um acidente e a pessoa que a atropelou é extremamente parecido com um artista Hollywoodiano, o seu crush desde aquele filme famoso...
Ele era médico e a atendeu em seu plantão. Anna acordou com um par de olhos azuis esverdeados que não lhe eram estranhos...
Seus lábios se moviam lhe dizendo alguma coisa. Ela não conseguia formar um pensamento coerente, olhando aqueles lábios finos e aqueles olhos, até ele a tocar nas mãos.
Ele perguntava se ela estava bem, e lhe explicava como havia acontecido o acidente. Pediu o seu perdão algumas vezes até perceber que ela estava em choque.Mau ele sabia que o seu choque maior era ele ser parecido com o seu crush hollywoodiano.
Não. Ele não era parecido, era idêntico! Anna pensou: a mesma cor dos olhos, sobrancelhas e cabelos. Ela ousava dizer até que o porte físico era atlético e ele era tão alto quanto, apesar dela estar deitada ainda.—
Após a morte de seu marido Bruno, Anna mudou se de São Paulo para Ilhabela.
Sua independência veio rápido trabalhando como fotógrafa na cidade. Logo ela pode se mudar para um apartamento vizinho, apesar das desculpas de Mia para que Anna continuasse morando com ela.Anna descobriu que adorava morar sozinha, a solidão não era algo assustador pra si.
Tão rápido quanto a mudança para o apartamento novo, Anna conseguiu fazer a decoração ao seu gosto. O apartamento era próximo ao centro, então tudo o que ela precisava estavam próximos a si.O dia, até então, parecia promissor: planejava comprar aquele carro pelo qual passou tantos meses economizando.
No meio de sua corrida matinal uma ligação acabou a distraindo e um carro avançou em sua direção em plena faixa de pedestres. Anna não se recorda se ela passou com o sinal fechado ou se o carro passou no sinal fechado. Quando recobrou a consciência estava no hospital sonhando que Tom Harrison havia lhe salvado._
Sua voz literalmente sumiu, e Anna lutou em vão para não hiperventilar. Tudo ficou escuro e ela desmaiou. Agora, quando acordou novamente e abriu os olhos, não tinham aqueles olhos azuis esverdeados a olhando. Anna o procurou, talvez em sua loucura esse homem poderia ser um sonho, mas quando o avistou, ele parecia bem real, e estava próximo a porta do seu quarto conversando com alguma enfermeira.
Ele tinha os cabelos dourados e bem curtos nas laterais e um topo longo e meio solto no alto da cabeça, suas mãos estavam no bolso do jaleco. Ele parecia bem tranquilo enquanto a enfermeira parecia querer tocá-lo a qualquer oportunidade. Anna, incomodada com a situação, percebeu que estava com ciúmes.
Após suas mãos se fecharem e sua narina se alargar em uma respiração profunda, o médico pareceu ter percebido que ela acordou novamente e foi ao seu encontro deixando a enfermeira sozinha no corredor.
Ele se aproximou suavemente e a olhando nos olhos se apresentou como Thomas Clark, traumatologista. A sua mente parou no "Thomas". "Até o nome era igual!" Ela pensou. Ele praticamente não a deixou falar e com sua voz barítona e sotaque do sul, emendou que ela não havia sofrido trauma algum, apenas escoriações superficiais, deveria ficar em observação e perguntou se havia alguém responsável para que pudesse vir buscá-la.
Anna se repreendeu por estar tão distante enquanto aquele médico parecia realmente preocupado com com ela. Anna decidiu que ligaria para a sua irmã, certamente ela poderia te ajudar, pois sua mente gritava para ficar naquele hospital o resto de sua vida apenas olhando aquela beleza passar pelos corredores e uma vez por outra e escutando as suas queixas tão atentamente como ele estava agora.
Em menos de vinte minutos Mia estava no hospital, e como ela era bem enérgica, rapidamente resolveu as pendências.
Dr. Clark insistiu em pagar tudo e se certificar que Anna estaria bem aos cuidados de sua irmã. Ele foi guiando sua cadeira de rodas até o carro e praticamente a pegou no colo para colocá-la no banco do passageiro ao lado de Mia.Anna estava em um torpor tão grande que não percebeu que disse "obrigada" com uma voz meio rouca bem no ouvido do Dr. Clark, este que a respondeu com um sorriso tímido, mas um olhar firme em seus lábios.
—
Logo que Mia saiu com o carro, perguntou se Anna tinha algo para falar, porque ela notou um clima entre eles. Então Mia comentou que o Dr. Clark era conhecido na cidade como "Dr. Superman", por causa do seu sobrenome e também de sua beleza. Mas assumiu que nunca o tinha visto pessoalmente. Afinal um médico de traumatologia não é tão comum consultar todos os dias!
"Tivemos um caso de atropelamento. Se isso for um "clima" pra você." Anna declarou fazendo gestos com os dedos.
Mia estava a encarando incrédula com sua resposta. De fato Anna sentia-se um pouco irritada, agora que devolvia o olhar para a sua irmã.
Dificilmente Anna conseguia esconder algo dela. Ela dizia que Anna era transparente. E que esse era o seu "super-poder"."Eu não sei porque estou irritada, ok. Se é isso que você quer saber."
E Mia prontamente respondeu que Anna estava irritada por causa do "Dr. Superman" e que ele estava claramente atraído por ela.
"Deixe de falar besteira Mia. O "Dr Superman" se chama Tomas Clark. Ele estava muito envergonhado de ter atendido ao celular enquanto dirigia e acabou me atropelando por causa disso. Eu, se estivesse no lugar dele, teria ficado envergonhada igualmente.""Eu teria ficado lisonjeada se ele estivesse me dado aquele olhar que ele te deu, depois que te colocou no carro!" Mia arrumou as almofadas do sofá para Anna sentar-se.
Anna pegou as almofadas as jogou em Mia.
"Volto em trinta minutos pra ver como você está, qualquer coisa grite que que venho correndo!" Mia sorrindo lhe jogou as chaves e saiu de seu apartamento.
Anna pegou as chaves no ar e se sentou no sofá com a lembrança daqueles olhos. Essa imagem não saia de sua cabeça. "Ele tinha um cheiro tão bom", ela pensou.—
Anna achou que poderia trabalhar de casa, mas foi impossível se concentrar. No final do dia sua cabeça doía e as contusões ficaram mais roxas na sua lombar e pernas.
Mais tarde, Mia fez o possível para deixar Anna confortável em sua cama, mas preocupada com suas contusões, ligou para o Dr Clark. Ele poderia dar uma olhada e passar alguma outra medicação para ela suportar melhor as dores.
Mia sabia que Anna não aprovaria, por isso, além de não avisa-la, ficou por lá a distraindo até ele chegar.
Anna percebeu que tinha algo estranho acontecendo. Mia estava agitada e quando a campainha tocou, ela saiu praticamente correndo pra atender. Anna ouviu um murmurinho de vozes vindos da sala e desconfiava de quem estava lá para vê-la.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Crash Crush
FanfictionAnna sofreu um acidente e a pessoa que a atropelou é extremamente parecido com um artista Hollywoodiano, o seu crush desde aquele filme famoso...