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O céu encontrava-se totalmemte nublado e depressivo, enquanto uma brisa calma balançava levemente as folhas meio secas e neutras das inúmeras árvores em volta. Um leve aroma de terra molhada ainda pairava pelo local escuro e silencioso.
Foi quando repentinamente um grito estrondoso de medo ecoou entre as finas e diversas árvores juntas, e em meio dos arbustos, um homem correu. Seus olhos arregalados, o corpo tremendo e totalmente amedrontado. Correndo com as pernas bambas, cambalenado a cada passo, tendo sua respiração ofegante ofuscando seus batimentos cardíacos que poderiam ser facilmente ouvidos de longe.
Tentava e se esforçava para se manter ao menos em pé e conseguir correr, mas o medo negava suas forças a aparecerem, e o cansaço, consumia todo seu ser, lhe dizendo que logo não conseguiria mais, que logo, estaria nas mãos daquele que lhe persegue.
Correu entre as árvores, esbarrando em galhos baixos, tendo pequeninos rasgos em sua camisa desbotada e encharcada de suor. Os pingos de seu cabelo desgranhado caiam no chão, assim, deixando um rastro de seu cheiro, tornando mais fácil para aquele que percorre o mesmo caminho do mesmo, em busca de seu sangue para saciar-se.
Ele, seguia em passos calmos o rastro daquele que tanto anseia. Caminhava sereno, com seu rosto direcionado ao chão, sentindo aquele odor desagradável lhe guiar. Praguejava-se por ter deixa-lo escapar, e também praguejava-o, por ter corrido, mesmo sabendo que será pego.
O homem, que corria, num ato de desespero, tentou olhar para trás, esperançoso de que já não era mais perseguido. Ainda correndo, olhou suas costas, assim, não vendo nada além de árvores. Cessou sua corrida aos poucos, ainda olhando suas costas, agora, virando todo seu corpo para trás, olhando para os lados, respirando ofegante. Sabia que ainda estava sendo perseguido, mas talvez quem lhe estivesse lhe perseguindo, tenha cansado ou se perdido em meio ao caminho.
Um pingo de esperança acendeu em seu peito latejante, estava feliz em saber que talvez poderia se despedir de sua esposa, aquela que sempre maltratou em toda sua vida horrenda. O arrependimento ardeu em sua mente, e seu último desejo antes da morte que sabia muito bem que estava por vir, seria dar um último pedido de desculpas a sua amada, aquela que sempre sofreu em suas mãos.
Seu coração pesou, e todo seu ser fraquejou, ele queria a todo custo sua esposa contigo naquele momento, para consola-lo como sempre fazia quando o mesmo estava com o raiva, e mesmo recebendo inúmeras respostas ignorantes e machistas, se mantinha firme, e continuava a ama-lo e proteje-lo.
Queria seu perdão, queria seus beijos, queria seu abraço, mas tudo se tornou cinzas, quando a realidade bateu em suas costas. O mesmo cessou seus passos, e prendeu sua respiração, arregalou seus olhos cansados e pediu a seu Deus, que o salvasse de sua tão horrenda morte.
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Blood Moon
General FictionNuma realidade alternativa do mundo real, vive uma peculiar moça, cuja o nome sempre foi e sempre será omitido a todos. Todos em tal mundo temem tal ser, por conta da mesma ser conhecida como a própria Morte, aquela que retira vidas sem dó. Com um i...