Capy 6

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Era um local bem bonito. Tinha muitos pinheiros altos, parecia até aqueles acampamentos gringos o professor disse que era para gente arrumar um local perto uns dos outros pra não nos perdermos, montamos nossa barraca ao lado do de Paula, Márcio estava mega ancioso e eu ainda não sabia o porque

- Porque você tá tão ancioso?- Perguntei enquanto ajudava a segurar alguns pauzinhos da barraca

- Porque vai ser a primeira vez que eu vou dormir de conchinha com você

Eu olhei pra ele com os olhos arregalados, ele começou a rir desesperadamente levantei o dedo do meio pra ele, e ele não parava de rir

- Vem me ajudar Lucas a montar essa barraca logo e para de graça- Falei entregando a lona para ele cobrir

- Já vai, já vai... nervosinho

Estávamos na metade da barraca, pelo amor de deus não imaginava que era tão difícil assim, passei uns 15 minutos virados de costas pro Márcio lendo o manual

- Márcio sei montar isso não

- Não precisa, já terminei- Ele bateu as mãos como no desenho do Bob o construtor

Logo que eu viro, a barraca já estava armada (a literal e não o pau dele como de manhã)

- Eu fui escoteiro quanto era criança, aprendi algumas coisinhas

Ele começou a rir ,eu não sabia que isso era tão fácil assim, ele terminou a barraca praticamente em 10 minutos, deixamos a barraca e fomos para um riacho perto pra apreciar as belezas naturais só que eu não fui bobo, dessa vez chamei Paula e Fernando nós já estávamos lá no riacho conversando  e comendo Marcio fez até uma fogueira com uns palitos no meio do caminho

- Nossa, esse Márcio é mesmo um homem prendado hein!-Disse Paula me cutucando

Eu olhei pra ela e comecei a rir do comentário de velha, quem usa "prendado" Márcio e Fernando não faziam ideia do que eu e ela estávamos rindo, e obviamente nem falamos nada, logo a fogueira já estava parecendo aquelas de desenho animado meio chamuscada e acabando, um detalhe que eu não tinha dito antes, mais era que Fernando e Paula tinham uma pita atração entre si, só que pelo que eu saiba nunca tinha rolado nada

- Quer água Henry?- Márcio me entregou um cantil

- Não, obrigado!- Devolvi

Ele me chamou para o canto e saímos um pouco da vista dos meus amigos

- Porque você chamou eles?-Ele ficou incrédulo

- Pois eles já são meus amigos e queria que vocês se conhecessem melhor- Falei com a maior cara sínica possível

- Eu sei mais não precisava chamar justo hoje né?

Eu comecei a rir

- Não queria ficar aqui sozinho com você...

Ele levantou o canto da sobrancelha, e começou a achar graça de mim

- Oque foi?

- E pensou que eu ia fazer o Henryzinho?

- Não sei,vai saber

- Eu nunca machucaria um anjinho desses!- Ele passou a mão pelo meu rosto e não pude resistir de deixar ele demonstrar aquele afeto ali com chances de alguém ver algo

Voltamos pra mini clareira e logo subimos para as barracas, eu ainda estava confuso com o lance entre mim e Márcio e de responder se qurria ou não, sabia que ele não ia desistir tão fácil, era uma mania dele que eu ja tinha percebido, ele não desistia fácil

O garoto da casa ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora