Explicações

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Capítulo 1 - Explicações 

POV Neox 

Meu nome é Gabriel, mas todos me chamam de Neox. Eu estou vivendo nesse orfanato a 15 anos, minhas roupas eram de doações e estudava em escola pública. 
Pelo o que sempre me disseram, meus pais morreram em um acidente aéreo. Ninguém nunca quis me adotar, falavam que eu estava "reservado", isso me deixava com raiva mas principalmente me deixava curioso. 
As pessoas que trabalhavam no orfanato me avisaram que amanhã eu iria ser adotado pela pessoa que tinha me "reservado".

No outro dia

Eu acordei com alguém batendo na porta do meu quarto, era Licine, uma das pessoas que comandavam o orfanato.

Licine - Acorda Gabriel, seus novos pais vão vir te buscar hoje e o café da manhã já foi servido.

Neox - Ok, já estou indo.

Eu levanto de minha cama, vou ao banheiro, faço minhas higienes e vou para a cozinha tomar café da manhã. Como eu não tinha amigos, não conversei com ninguém, apenas comi e voltei para o meu quarto.

Cheguei em meu quarto, deitei na minha cama e começei a pensar

Será que eles são bons pais?

Será que eles tem dinheiro?

Eu estou ansioso!

Depois de um tempo eu acabo dormindo. Acordo com Liciene batendo na porta, novamente.

Liciene - Gabriel? Eles chegaram, é pra você estar lá em 20 minutos!

Meu coração começa a acelerar, eu começo a suar frio e me desesperar. Eu mantenho a calma, lavo meu rosto, visto minha melhor roupa e vou para a sala de recepção. 
Chegando lá eu vejo uma mulher e um menino, logo a mulher vem correndo e me abraça.

Jane - Oh meu Deus, Gabriel - Ela fala me abraçando e chorando - Eu sou a irmã de sua mãe, Jane, você não deve se lembrar de mim.

Neox - Desculpa, eu não me lembro, mas pelo menos fui adotado por alguém de minha família - Jane sorri - Mas por que não veio antes? por que esperou esse tempo todo?

Jane - É que com a morte de sua mãe eu entei em depressão e não tinha condições psicológica pra conseguir sua guarda, agora eu já estou bem e consegui finalmente te adotar.

Eu olho pra cadeira e vejo o menino que estava mexendo em seu celular com uma cara brava. 

Jane - Este daqui é o seu primo Victor - ela diz apontando pra ele - Ele tem 19 anos.

Eu estendo a mão pra Victor, ele me olha e depois volta seus olhos para seu celular, me deixando no vácuo. 

Jane - Então vamos?

Tânia (a que mandava no orfanato) - Gabriel, vá para o seu quarto pegar suas coisas depois volte aqui e vá para sua nova casa - Ela fala e eu assinto. 

Vou até meu quarto, pego uma foto de meus pais e meus bens, volto para a sala de recepção, me despeço de todos e vou para o carro, era uma Porsche Cayenne.
Chegando na casa pude perceber que na verdade não era uma casa, era uma mansão com 2 andares, piscina e pelo lado de fora pude ver que tinha vários quartos. 

Jane - Vamos? - Ela disse e entramos em casa - Vem aqui - Ela me guiou até um cômodo gigante da casa e disse - Aqui é o seu quarto, fique a vontade, se precisar de alguma coisa é só falar com a Fernandinha (a empregada) - Ela falou e eu assenti sorrindo 

Eu coloco minhas coisas em meu quarto, que são poucas e deito em minha cama.

POV Eagle

Eu estava odiando essa idéia de ter um irmão, eu teria que dividir todas as minhas coisas com ele, e como sou o mais velho teria que ser sua babá também. Nossa esse muleque só chegou pra estragar tudo.

Eu estava saindo de meu quarto e vi que minha mãe tinha falado pro Gabriel pegar o quarto do lado do meu. Eu fui até o quarto dele e falei.

Eagle - Olha aqui, eu não queria ter um irmão, então você não entra em meu caminho que eu te deixo em paz, estava tudo bem aqui até você chegar - Falei e logo sai de seu quarto, sem ouvir sua resposta. Fui até a sala e vi minha mãe. 

Jane - Filho, amanhã leva o seu irmão no shopping para comprar roupas e um celular.

Eagle - Ele não é meu irmão.

Jane - ELE É SEU IRMÃO E SEU PRIMO, ENTÃO O TRATE COMO TAL - ela falou em tom alto - Toma, pega meu cartão para comprar as roupas e o celular dele - ela tirou seu cartão da bolsa e me entregou.

Eagle - Tá - peguei o cartão e voltei para meu quarto.

Eu estava voltando para meu quarto, passei em frente ao quarto do Gabriel, e escutei um choro, a porta estava semi-aberta, então eu olhei lá dentro e ele estava chorando. Droga! Eu peguei muito pesado com ele.

Eu não fiz nada em relação ao choro do Gabriel, entrei em meu quarto e dormi.

Continua...

Tudo Pode Mudar - NeagleOnde histórias criam vida. Descubra agora