Nervous ¿ WooSan

Verse 5

Ele me chamou para sair depois do seu expediente, talvez eu tenha surtado um pouco, mas dá um desconto né, quando o crush supremo te chama pra sair tu faz o quê? Surta né mores.

Estava eu todo pimposo e perfumado em direção ao trabalho do meu futuro marido, digo, San.

Já eram cinco e meia, ele já deveria estar saindo, então apressei o passo para o encontrar.

Estava ventando muito então eu me esquentava em um moletom quentinho e confortável junto a uma jaqueta jeans que me deixava com um ar mais jovial. O vento batia em meus cabelos roxos desbotados me fazendo fechar os olhos quando voltavam ao lugar, preciso cortar a franja. Pedrinhas eram chutadas pelos meus pés em um Allstar preto velho, meu fiel companheiro. Minhas pernas eram protegidas por um jeans claro com alguns rasgos pelo joelho, estava normal.

Eu fiquei com um pouco de medo de ir um pouco demais, mas como o Yunho me dizia, "relaxa cara, seja você mesmo".

Estava perto da loja já, vi San hyung e Mingi hyung conversando do lado de fora da loja, que ainda estava aberta, abrigando os funcionários do novo turno da ventania. Fui em direção aos dois, logo roubando o meu príncipe da conversa com o maior, nos despedimos dele e fomos em direção a uma cafeteria. Tínhamos algo em comum, o amor por café, mais especificamente um expresso forte acompanhados de biscoitos, eu preferia só com o café, mas como na nossa cafeteria preferida vinha acompanhado com pequenos biscoitos, o gosto dos dois juntos já tinha se tornado algo acostumado.

Fora uma noite confortável, diria que nos tornamos íntimos em pouco tempo, conversamos bastante sobre a vida e coisas aleatórias. Foi questão de tempo pro San encostar-se em meu ombro, sua cabeça repousada em mim, seus olhos fechadinhos enquanto brincava com a xícara vazia sobre a mesa, seus cabelos tinham cheiro de frutinhas, mesmo que tenha passado o dia inteiro na rua, ele sempre estava cheiroso.

Passamos bastante tempo assim, em um silêncio confortável, meus olhos também fechados, sentindo o calor um do outro, seria um momento calmo, se meu coração não estivesse a mil, meu coração chegava a falhar as batidas, mas era gostoso aquilo, eu estava com quem mais amava.

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Estávamos em direção à casa dos Choi's, eu insisti em levá-lo em casa, já que era em direção a minha.

Sobre seus ombros estava meu casaco, ele alegou estar com frio na caminhada até sua casa, não pude perder o momento clichê, então ofereci o meu casaco, recebendo um sorriso lindo em troca, meu dia estava feito.

Infelizmente os primeiros pingos de chuva começaram a cair, então ele pegou em minha mão e fomos correndo em direção à sua casa, assim mesmo, de mãos dadas, pouca coisa para meu coração acelerar mais do que estava acelerado.

Chegamos a sua casa rápido demais, maldita chuva, queria mais tempo sentindo o calor das mãos dele sobre as minhas, estava tão bom, mas ele tinha que entrar.

— Você quer entrar?— San perguntou com os olhinhos se fechando pelas gotas que caíam de seus fios em direção aos olhos.

— Não precisa— disse envergonhado.

— Então pelo menos fica aqui fora comigo até a chuva passar— ele novamente segura minhas mãos e me puxa pra sair da chuva, já que na parte da frente da sua casa havia um teto para não molhar a porta de entrada.

Estávamos em sua varandinha, cobertos da chuva, ele estava sentado em um parapeito simples que provavelmente só servia para decoração, já que não era tão alto. Ele me convidou a sentar junto dele, mas eu recusei, fiquei parado em sua frente, enquanto me perdia na imensidão de seus olhos bonitos, o mesmo me pegou o encarando, soltou uma risadinha e apertou minha mão, ainda estávamos com as mão entrelaçadas, fiquei muito nervoso, era sempre assim, qualquer coisa que Choi San fazia, eu ficava muito nervoso.

Ele soltou nossas mãos, a falta do calor de suas mãos nas minhas me deixou um pouco triste.

Ele tirou meu casaco de seus ombros, olhou nos meus olhos e passou o tecido pelos meus ombros, me puxando para perto de si, eu olhava em seus olhos nervoso, eu não conseguia tirar meus olhos dos seus, mesmo repleto de vergonha, ele passou as mãos pelas minhas bochechas, suas mãos macias em contato com minha pelo me trazia arrepios, seu rosto decorado por um sorriso lindo, como todos os seus, mas agora estava diferente, era um sorriso bobo, acompanhados de bochechas rubras, eu tremia levemente, meu coração já não sabia mais se permanecia em minha caixa torácica ou se saia pra fora.

Eu nunca fiquei assim, era a primeira vez que eu sentia meu peito doer de tão forte que meu coração batia, talvez eu tivesse infartando, mas tenho certeza que não, eram efeitos completos de uma paixão por Choi San, o garoto bonito da cafeteria, ele me faz ficar assim, nervoso.