Lar quente lar

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 Logo que entrei no avião, não demorou muito para ele encher de passageiros e assim decolar rumo a Turquia, que seria a primeira e única escala desse vôo.

 Eu não sei exatamente quanto tempo se passou exatamente, mas ainda devíamos estar na Ásia quando peguei no sono depois de beber um suco de laranja. Na verdade eu tenho quase certeza que dormi a maior parte da viagem. Eu tinha essa complexo, eu dormia MUITO em viagens. Então não sei exatamente se foi por que dormi a maior parte do vôo, mas a viagem até a Turquia até que foi mais rápida do que o esperado.

 Quando desci do avião para esperar o próximo que me levaria a Guarulhos, eu pude sentir o clima frio que também estava na Turquia, no caso Europa. Acho que estava até mais frio que a Coréia, então foi muito bom me refugiar para a praça de alimentação do aeroporto.

 Bem, como eu havia me alimentado no avião não precisei gastar nada de alimento na praça de alimentação. Então apenas fui ao banheiro mais próximo fazer a higiene básica da vida de um ser humano. Tentei até dar um jeito no meu cabelo, mas no fim deixei em um coque mesmo.

 O vôo para Guarulhos foi anunciado assim que eu já estava de higiene feita, então lá fui eu mais uma vez embarcar. Mas agora para uma viagem mais longa. Finalmente eu chegaria no Brasil.

 Desta vez eu pude aproveitar mais a viagem, demorei a dormir e fiquei varias horas assistindo algum filme ou alguma serie que o avião oferecia. Mas quando finalmente dormi, só acordei para jantar e fui informada que em menos de uma hora eu já chegaria no aeroporto de Guarulhos.

 Assim que o avião pousou, desembarquei e senti imediatamente a felicidade de voltar ao país de origem. Eu ainda não estava totalmente em casa, mas já me sentia assim ao pegar minha mala e ter que guardar meu casaco ao sentir isso clima tropical de meu país. Aquele calorzinho de 40° graus, mas que eu deveria adimitir que senti falta.

 Fiquei feliz ao ouvir o tão amado português sendo falado naquele aeroporto, e também feliz ao ver os rostos das pessoas. Não eram conhecidos, mas era tão bom ver isso traços brasileiros e o calor de meu povo se cumprimentando no aeroporto. Definitivamente o Brasil e a Coreia eram diferentes, mas ainda assim eu amava muito cada um desses países.

 Bem, tive que interromper meus pensamentos ao perceber que o voô que me levaria para casa sairia em alguns minutos. Xinguei mentalmente o ultimo avião que havia atrasado e chegado bem em cima do horário do meu ultimo voo.

 Mais uma vez fiz o check-in e despachei a mala. E rapidamente embarquei no avião destinado a Santa Catarina, minha terra natal. É por esse motivo que levo o meu nome, em homenagem ao meu estado.

 Esse ultimo voo foi tão rapido que mal deu para assistir alguma coisa. Mal pisquei e ja haviamos chegado, tinha acabado de dar 23h da noite e já havia passado mais de um dia que eu havia saído da Coréia.

 Vou ser sincera, a essa altura meu coração estava a mil de tanto palpitar. Minhas mãos suavam ao pegar as malas e andar para sair do local de embarque. Eu sabia que minha família estaria me esperando, e eu estava ansiosa por isso. Como será que estariam eles? Mesmo que eu os Veja por webcam, pessoalmente é totalmente diferente.

 Eu pude os localizar rapidamente, foi nesse momento que eu senti meus olhos encherem de lagrimas. Larguei as malas no chão, e imediatamente abri os braços para abraçar meu irmão que corria em minha direção em um abraço.

 - Senti sua falta! - Meu irmão disse no nosso idioma tão amado, enquanto nossos corpos se colidiam em um abraço apertado e firme, fazendo mais de um ano que eu não abraçava meu irmãozinho.

 - Eu também senti a sua! - Eu o apertava mais ao notar que ele estava chorando. Ao o aconchegar passando as mãos em seu cabelo, percebi o quanto ele havia crescido. - Morôni, você já está com doze anos… Esta tão grande.

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