Dois Caminhos

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Rio, 10/12/2018

       Minha pergunta, chegando aos últimos capítulos destes dias é: analisando teus dias até aqui e teu ano... quais têm sido teus critérios em tuas decisões? Baseado em que tem feito tuas escolhas e opções?
(...)

       Em nossa vida acadêmica, sentimental, em geral, sabemos o poder das escolhas... Toda ação gera uma reação, to atitude tem uma consequência. Porém o que será que seria mais íntimo que as atitudes em si? Aquilo que as move, a base, as motivações do coração, são estes os critérios. Para esta reflexão leia o primeiro salmo do livro de Salmos... Quero destacar o seguinte trecho:

"Bem-aventurado é aquele
que não anda
no conselho dos ímpios,
não se detém
no caminho dos pecadores,
nem se assenta
na roda dos escarnecedores.
Pelo contrário, o seu prazer está
na lei do Senhor,

e na sua lei medita
de dia e de noite."(Salmo 1, NAA)

       Primeiramente, lembremos que "bem-aventurado" é feliz. Bem,  geralmente ao olhar este texto focamos na relação com as pessoas como distinção para o bem-aventurado. Mas vamos olhar de um ângulo um pouco diferente, para focar em outro ponto. Ao perceber as expressões para os tipos de relação que o "bem-aventurado" do salmo não tem com os perversos(ou ímpios, em outras versões), percebemos uma divisão interessante... Um divisão entre o que pratica determinada atitude e o que não pratica, o que faz e o que não faz, um divisão entre o que ouve um determinado tipo de conselhos, e outro que não ouve; entre o que anda por um tipo de caminho e o que anda por outro; entre o que age de tal forma e o que age diferente... É como se existissem dois tipos de caminho, o do bem-aventurado e o do perverso.

        Sendo assim, a questão não é simplesmente do se relacionar com o ímpio ou não, mas o tipo de coisa que este faz... É como se houvesse um tipo de conselho do ímpio, um tipo de caminho do ímpio e uma conduta deste.  Agora vamos olhar para nossas decisões e nossas escolhas... Como vimos, existe um tipo de pessoa com certo tipo de critérios que induzem seu pensar, caminhar e agir... Não necessariamente os conselhos dos ímpios tem a ver com a relação com estes, mas muitas vezes damos ouvido aos seus conselhos quando usamos os seus critérios. Muitas vezes decidimos trilhar caminhos por motivações que não são boas... Como tem sido sido nossas opções ao longo de mais um ciclo... E, mais, será que este ciclo tem sido vicioso? Talvez no início deste ano você tenha feito planos, pensado no que precisava mudar, pensado no que deveria fazer e no que deveria parar de fazer... Tudo isto é até bom, devemos nos rever e nos analisar. Mas será que neste dia deste ano você não está como neste dia do ano passado? Será que não está precisando mudar as mesmas coisas? Tomamos atitudes que não são produtivas, atitudes que não se alinham com o caminho da nossa fé, acabamos em mais do mesmo... Enquanto isso o tempo passa e parece que não vivemos novos dias, mas o mesmo dia novas vezes... Pois "enquanto fizermos o que sempre tivemos, sempre teremos o que sempre tivemos". É preciso mudar quando estamos trilhando um caminho que não é do da bem-aventurança. Só que mais profundo que a atitude, é o critério... Pois baseado nos critérios do coração que teremos nossas atitudes. Agora, a questão é: quais têm sido nossos critérios? Que tipos de conselhos temos ouvido? Sabendo agora que o conselho não necessariamente é de alguém falando em alto e bom som, às vezes o conselho ímpio está em nossa mente... Às vezes está no que temos lido, assistido, visto... Pequenas coisas que nos moldam a uma forma de ponderar as decisões e nem sempre são boas.. Será que nosso critério tem sido relacionamentos, numa dependência emocional? Será que tem sido medos? Experiências traumáticas? Será que nosso critério de aprovação tem sido aparência, ou algo que alguém nos disse há muito tempo? Talvez um pedra lá trás continue em nosso sapato hoje... O que tem afetado nossa mente e nos influenciado de dentro para fora? Será que nosso critério para, na hora do "sim" ou "não", tem sido nossos desejos? E, ao perceber nossas bases, será que elas são coisas sólidas? Boas? Têm nos dado um modo de viver em paz?

       Quero fazer um incentivo aqueles que creem e propor aos que não creem que revejamos nossas bases de escolha. O salmista nos mostra um caminho puro, um caminho de paz, de alegria... E, não, não é utopia. Conhecemos pessoas assim. Estou lendo um livro no Wattpad que se chama "Abra Os Olhos" da Bárbara Carvalho, que conta a história de uma jovem que tem um problema na visão e se torna cética em relação a fé e desacreditada em relação a vida e, dentre os personagens do livro, tem um que é seu avô. Este parece transmitir a carga oposta a dela, sempre otimista, em paz, sendo uma pessoa de fé. E quantos "vovôs" assim não conhecemos? Pessoas que trilham um caminho de paz trilham em paz. Para estes, tudo vai bem. Não que tudo saia como eles gostariam, mas por saberem que dali podem extrair algo bom e nada os acontece sem permissão... O salmista propõe um caminho de paz, um caminho de fé em Deus. 

       Baseado nisto gostaria de fechar com dois conselhos.
1)A primeira: "Mas você seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições, faça o trabalho de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério."(2ª Timóteo 4.5, NAA). Para aqueles que sentem que estão tendo como bases os princípios de Deus, a sua vontade, que continuem assim e se aprofundem cada vez mais. "Quem está de pé deve tomar cuidado para não cair", não se julguem bons o suficiente... Tomem cuidado para não chamar de princípios cristãos ou "vontade de Deus" aquilo que no fundo teu eu já quer, tua forma de pensar e teu ego, é preciso estar sempre disposto a se renovar, buscando conhecer mais da vontade de Deus. Afinal, o bem-aventurado é aquele que medita em quê? 
Muito bem, nas escrituras. E medita quando mesmo?
Dia e noite, noite e dia. Estando assim, fica este conselho de continuação.

2)"E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado aquele a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras. Davi disse:
"Bem-aventurados aqueles cujas

transgressões são perdoadas,
e cujos pecados são cobertos;
bem-aventurado aquele
a quem o Senhor
jamais atribuir pecado.""(Romanos 4.5-8, NAA). Aqui Paulo está fazendo uma citação ao Salmo 32, tratando de algo bem interessante: a fé e a graça. Talvez você perceba que teus critérios ao londo de todos estes dias não tenham sido uma base solida, não tenham sido o caminho da fé em Deus, então, saiba que não é tarde para mudar isto. O Bom Deus está de braços abertos, disposto a te lavar e te ensinar o caminho da verdade, da paz e do amor. Basta haver sinceridade e arrependimento em teu coração... Não se deixe enganar pela voz ruim, não importa se está num ciclo há muitos ciclos... O Amor do Senhor e sua misericórdia não tem fim, a porta ainda está aberta. Proponho e convido a você a estabelecer uma base sólida em teu caminho, Deus. O Senhor é o porto seguro, faça dEle tua base. Alinhe-se aos critérios dEle, as suas palavras... Isto vale a pena. 

       Escrevo este capítulo um dia após o Dia da Bíblia por aqui. E, quero aproveitar esta fala sobre as palavras de Deus para enfatizar as escrituras. Sabe? Me preocupa a visão do senso comum, seja daqueles que creem como dos que não creem, da Bíblia. Me parece que, para estes, a Bíblia foi feita da seguinte forma: um bando de velhos se reuniram há milhares de anos numa mesa redonda e falaram: "Vamos criar um livro para dominara a humanidade!" haha... Seria engraçado, se não fosse trágico. Meus caros leitores, não sei o nível de maturidade espiritual de vocês, mas é preciso que saibam que esta visão passa longe numa distância tendendo ao infinito das escrituras. O que chamamos Bíblia é um conjunto de livros que juntos formam um livro. Muitos questionam o "só a Bíblia" por pensarem que é um livro arbitrário feito de forma arbitrária... Questionam como se um autor sozinho tivesse imposto algo como uma supra-revelação, de uma visão que só ele foi digno de ver e ninguém mais, e este homem fosse o exclusivo detentor da verdade. Ora, desculpe, mas não é o cristianismo que impõe tal coisa... As escrituras, gente, já são um conjunto de revelações de Deus para os homens. Este conjunto de livros foi composta por pessoas de períodos diferentes, em regiões diferentes e de classes diferentes... Desde poetas, à reis, de pensadores a soldados, de doutores até pescadores... Pessoas que tiveram um encontro com Deus e compartilharam isto em escritos, isto é de uma riqueza tremenda. Temos motivos arqueológicos, filosóficos e, o principal, de vivência, para confiar neste livro. As vidas mudadas desde os autores até nós com a leitura das Palavras de Deus já são o bastante para nos dar fé. Confie nas Palavras de Deus, medite nas escrituras dia e noite, pois a sua Palavra é luz para o nosso caminho.

Atenciosamente, Um Mensageiro de Deus.//

Cartas de DeusWhere stories live. Discover now