Capítulo 22

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   Estêvão desceu as escadas correndo e foi até a porta e abriu e olhou para Fabíola que chorava, ele respirou fundo e foi até ela e recebeu um abraço apertado.

- Fabíola! – Respirou fundo – Você está bêbada!

- Estevão! Meu amor! – Chorou o abraçando – Não me deixe! Eu te amo, te amo tanto!

- Fabíola, por favor! – Se afastou e a olhou – Nós já conversamos e você tem que entender de uma vez por todas que, que acabou!

- Não pode terminar assim Estêvão, são dois anos, nós...nós nos amamos, eu sei que você está confuso, eu te perdoou! – Tocou o rosto dele – Te perdoou meu amor!

- Calma, calma aí! – A olhou e segurou a mão dela – Você está se ouvindo? Para com isso não se humilhe dessa forma!

- Por você eu me humilho, por você eu faço tudo! Eu te amo! – Falou chorando – Por favor Estêvão não me deixe.

Alba desceu as escadas com Carmen e olhou para eles e respirou fundo, era uma situação difícil, triste e complicada. Alba desceu as escadas e se aproximou.

- Fabíola, vamos tomar um café forte! – a olhou com atenção – Você precisa!

- Senhora Alba, converse com ele por favo! – Foi até ela e segurou a mão dela – Eu te imploro.

- Vamos! – segurou o braço e foi com ela para a cozinha – Você precisa se acalmar!

- Você não passou a noite em casa meu filho! – Carmen se aproximou – Estava com a mulher do desenho?

- Sim tia, eu estava com a Maria! – Sorriu levemente a olhando – Eu não esperava que ela fosse vir aqui, a essa hora, desse jeito!

- Ela é uma mulher machucada, é claro que ela não ia desistir fácil do homem que ama! – Tocou o rosto dele – Você tem que ter paciência.

- Eu estou tentando tia, eu juro que estou! – Segurou a mão dela e beijou – Obrigado, eu vou dormir um pouco.

- Eu e a Alba cuidamos dela! – Sorriu o olhando – Pode ir descansar!

Estêvão subiu as escadas e foi para o quarto, entrou no banheiro e tirou sua roupa, tomou um banho e ao sair, se secou e colocou uma cueca e deitou cansado e não demorou para dormir.

CASA DE MARIA

Já se passavam das dez da manhã e Maria dormia abraçada ao travesseiro, Estrella entrou no quarto da mãe e fechou a porta e caminhou na ponta dos pés e pulou sobre a mãe e a encheu de beijos.

- Aí meu Deus! Estrella! – Se sentou na cama e tocou o peito – Menina, você quer me matar de susto?

- Não mãezinha, nunca! – Riu a olhando – Sem a senhora eu fico órfã de vez.

- Meu amor! – Riu mais calma e a abraçou – Você não me acorda assim desde que você tinha dez anos. O que houve?

- Eu senti sua falta, só isso! – A abraçou forte – Eu sei que tenho sido injusta com você, e que essa história do meu pai é só um capricho, me desculpa.

- Está sendo sincera? – Perguntou surpresa – Você desistiu disso?

- Sim! Não existe nada nesse mundo que eu ame mais do que a senhora, e sabe, eu tive o vovô que foi como um pai para mim! – Sorriu e tocou o rosto dela – Deixa isso pra lá, meu aniversário está chegando e eu só quero curtir cada momento ao seu lado.

- Meu amor! – Falou com os olhos marejados e a encheu de beijos – Eu te amo tanto minha filha, você não tem noção do que eu faria por você!

- Eu também te amo mamãe! – Sorriu a olhando – Me ajuda com a minha festa mãe?

- Claro que sim! – Passou a mão no rosto – Eu te ajudo.

- Ah, eu posso chamar o Estêvão? – Perguntou calma – Você deixa?

- O Estêvão? Porque? – A olhou com atenção – Algum motivo em especial?

- Vocês estão juntos mãe e eu gosto dele, ele é muito legal! – Sorriu e se ajoelhou na cama – Ah vai mãezinha, libera o Tebzinho!

- Tebzinho? – Riu a olhando – E eu não tenho nada com ele, mas tudo bem, pode convidá-lo!

- Obrigada! – Sorriu e se levantou – Ah, se arruma, o vovô quer conversar com a gente.

- Seu avô? – Se surpreendeu – Está bem! Eu já vou!

Estrella saiu do quarto da mãe e fechou a porta e sorriu dando pulinhos animada.

- O que você está aprontando contra sua mãe? – Estefânia se aproximou a olhando – Eu te conheço.

- Aí vovó, a senhora vem que tem uma assombração! Deus nos livre em, Deus nos livre! – Saiu andando e entrou no quarto – Essa foi por pouco.

[...]

- O que houve? – Alexandre a olhou e se aproximou – Você está bem amor?

- Eu estou, eu só estava falando com a nossa neta! – O olhou e sorriu leve – Que cara é essa?

- Você viu a hora que a nossa filha chegou? – Perguntou a olhando – Já estava clareando.

Estefânia cruzou os braços e o olhou séria e balançou a cabeça.

- Desculpa, me desculpa! – Suspirou e passou a mão no rosto – Eu estou tentando, mas ela não colabora!

- Meu amor, eu estou me cansado de repetir as mesmas coisas várias vezes! – Suspirou e passou por ele – Fale comigo quando amadurecer!

- Fany! – Respirou fundo – Droga!

- Pai... – Maria saiu do quarto e o olhou – Tudo bem?

- Precisamos conversar! – Falou sério – Vem!

- Está bem! – Foi logo atrás dele sem entender e entrou no escritório – O que foi em pai?

- Maria... – Respirou fundo – Você e aquele arquiteto, vocês estão juntos?

- Juntos? Como assim? – Perguntou o olhando –

- Minha filha, juntos de estar juntos, namorado – A olhou nos olhos – Estão?

- Não papai, nós não estamos namorando, mas estamos nos conhecendo, estamos saindo! – Segurou a mão dele – Pai precisamos conversar sobre você!

- Sobre mim? – Suspirou – O que temos que conversar sobre mim?

- Paizinho... – Foi com ele até o sofá e se sentou ao lado dele – Eu tenho quarenta e seis anos, eu não sou criança, eu tenho uma filha e uma vida sexual ativa, bem ativa! Eu entendo que esteja preocupado com o meu coração mas ele está preparado para qualquer coisa graças a você!

- Você poderia esconder alguns detalhes! – Tocou o rosto dela – Quando foi que você cresceu?

- Faz uns dezenove anos! – Riu leve o olhando – Então por favor, seja um pai normal.

- Está me dizendo isso porque quer ter algo sério com o San Roman? – Se levantou e passou a mão no rosto – É por isso?

Maria o olhou e suspirou mordendo o lábio inferior.

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