UNIDOS POR UM CONTRATO (CONCLUÍDA)

Capítulo 1 - Aquele do cara rude

(Silvia)

As quartas feiras na lanchonete em que trabalho(a gigalanche) sempre foi um tremendo tédio vir trabalhar neste dia da semana,mas estranhamente hoje ela está a todo vapor,pessoas animadas dançando,e gargalhando como o mundo fosse acabar amanhã,achando qualquer motivo para encher a cara,mas o exagerado desta noite é um cara sentado na mesa 43, acabando com o estoque das refinadas bebidas o que está deixando meu patrão Gael super irritado..

Lucero: Aposto cem pratas com você que ele levou um fora de alguma mulher...- ela se aproxima colocando a bandeja com os copos na bancada..

Silvia:Talvez..

Gael: Nem mais uma garrafa,me ouviram,senão quiserem ser demitidas,nenhuma garrafa...-ele quase grita em nossos ouvidos

Lucero: O que fazemos então,ele logo pedirá mais uma..

Gael: As pago para resolver esses tipos de assuntos,nenhuma garrafa ou rua..-minha amiga o xinga baixinho e juntas observamos o homem..

Lucero: O que faço,digo que o patrão é mesquinho,e mandou parar de servi-lo ou o que?...

Silvia: Usa a desculpa que já vamos fechar,sempre funciona..-volto a lavar os pratos que larguei com a presença do estressado Gael..

Lucero: Ah Sil!,faz isso por mim,por favorzinho,lavo sua roupa por um mês inteirinho,por favor amiguinha..-pede com a carinha de cãozinho abandonado sabendo que não resisto a essas caretas..

Silvia: Ok,mas vou cobra-lá..

Antes de ir ao rapaz dou uma disfarçada,limpo as outras mesas,mas assim que o rapaz iria pedir mais uma garrafa,eu intervenho ou estarei na rua..

Silvia: Desculpe senhor,mas a única coisa que podemos lhe servir agora é um copo de água para que não tenha problemas pela manhã..-o rapaz me olha intrigado com o olhar de "quem te chamou ou perguntou alguma coisa?!"

***: Sério,quem te perguntou,porque eu estou afim de mais uma garrafa e pago até o dobro se for preciso..

Silvia: Senhor não necessita,não estou contestando se pode ou não pagar pela garrafa e que ..- inesperadamente ele me puxa fortemente pelo braço me fazendo abaixar próximo a ele

***: Não perguntei,quero outra garrafa,agora!..-ele me solta o braço para me jogar as notas..

Lucero: Senhor vamos quitar sua dívida e com toda educação pediremos para se retirar,nada além disso,combinados?..

***:bMeu Deus,que merda,são bonitinhas,mas absurdamente chatas,fiquem com o que sobrar e vão para o inferno junto da sua maldita água..-joga algumas notas sobre a mesa e cambaleando sai do local..

Ficamos abertos por mais algumas horas e obviamente não recebemos nem um obrigado pelo que fizemos pelas bebidas onde Lucero xinga sem parar,xingamentos que eu nunca havia ouvido..

***: Cansadas demais?..- ele abraça minha amiga que brava logo o afasta de seu corpo..

Silvia: Muito,amanhã terá que comprar novas bebidas finas sabe disso,não é?..

***: Pior que não,ele não falou nada,e esse roxo no seu braço?

Lucero: Foi o louco que encheu o bolso do pão duro do Gael com muitas notinhas..

Silvia: Calma não foi nada demais,ele deve nos recompensar outro dia..- a abraço e diferente do que fez com Zeca não rejeita meu carinho só que não para com os seus xingamentos..

Uma semana,exatos sete dias ouvindo Lu reclamar do que foi feito a nós,tento não dá razão mais bem que merecíamos uma parte da gorda gorjeta não por ambição,mas por justiça..

***: Está de folga?

Silvia: Uma vez na vida tenho que ter,né,ah,que falta já estava sentindo desse confortável abraço..-falo após receber o gostoso abraço da irmã..

Fátima: Como anda ocupada,minha menina,nem nas missas tem vindo mais..

Silvia: Sim,muitíssimo,nem tempo de comer estou tendo direito,mas hoje graças a Deus me surgiu essa brecha e cá estou,como estão as coisas?..

Fátima: Piorando,a madre não admite que estamos entrando em calamidade e nem que esteja ficando doente..

Silvia: Doente,sério?

Fátima: Sim,a saúde dela está cada vez mais frágil só que ela garante não ser nada..

Silvia: Ela está ocupada agora?

Fátima: Ela sempre está,mas para a nossa menininha certamente terá um tempo..

(...)

Silvia: Será que uma humilde serva pode falar com a mais ocupada madre deste lindo lar?!..- ela que estava de cabeça baixa,logo sorrir ao notar minha presença..

***: Silvia que ventos a trazem..

Silvia: Vim saber como anda a senhora e não fiquei nada feliz em saber como estás ..- a abraço,e ela me segura por uns segundos em seus braços..

***: Ah minha filha,essa vida de madre superiora tem me consumido por completo e você como está,anda tão sumida..

Silvia: Ocupadíssima como sabe,mas sempre encontro um tempo de me cuidar,devia fazer o mesmo,com saúde não se brinca..- seguro em suas mãos e a mesma abaixa a cabeça,sabe estou totalmente certa..

Teresa: Eu estou bem,acredite,só que tem algo em você que está me incomodando,está mesmo tudo bem com seu trabalho,vida amorosa,tudo mesmo?!

Silvia: Estou sim madre linda,só estou muito cansada,então tem novas meninas?..

Ela me conta um pouco da sua rotina em lidar com quase trintas meninas de diversas idades e por um instante me recordo do sufoco que ela é a irmã Fátima tiveram com a pessoa que os fala,após me interar e fazê-la jurar que iria se tratar,me junto com algumas das crianças e quase noite retorno para minha humilde residência ..

***:Silvia Angélica Navarro Barva?..- uma voz rouca anuncia meu nome assim que subo os primeiros degraus de acesso ao meu prédio..

Silvia: Minha pessoa,quem deseja falar comigo?..- meu coração acelera demais depois que tomo a péssima decisão de me virar para saber quem era..

***:Marcelo Rivera,posso falar com a senhorita ?..- ufa,não é um assalto,mas ainda me dá um certo medo,nem meus amigos sabem meu nome completo,quem será este homem cheio de informações?!

Silvia: Amanhã pode ser,estou exausta,e não me sinto segura para falar a essa hora com você?..- Seguro minha bolsa e volto ao meu caminho..

Marcelo: Infelizmente senhorita, não posso deixar o que vim tratar para depois,e pode confiar,nao lhe farei nenhum mal,podemos tratar agora?..

Uma batalha começa para recusar o pedido já que pode ser um maníaco,por outro lado tem a bendita educação que recebi das freiras,ah droga!..

Silvia: Vamos até meu apê..- espero ele se aproximar para seguir o caminho..

Espero que não me arrependa e que os minutos voem para meus amigos chegarem e que nada aconteça comigo até lá..

Continua..
Espero que tenham gostado
Escritora Salinas 😍