Capítulo 39 - Aquele do pedido

303 28 5
                                    

(Silvia)

Dor!muita dor é tudo o que sinto no momento junto de perguntas como,onde estou? quanto tempo estou aqui?

Mayrín: Acordou bela adormecida..- ela invade o local acendendo a luz que me incomoda muito os olhos..

Silvia: Mayrín,que lugar é esse?

Mayrín: O local do seu fim,não gosta das acomodações?..- perambula pelo local frio, estranho e medonho..

Silvia: O que você quer?..

Mayrín:Quero que morra,não é óbvio?..- ela se aproxima segurando minhas bochechas em uma absurda pressão..

Silvia: Não lhe entendo,para que gastar tudo o que tem comigo,uma pessoa chata,grossa,para que passar por esse martírio?..- falo assim que tenho meu rosto liberto..

Mayrín: Porque você o têm,não foi o que disse,tem Jorge por completo,céus como ele fica lindo quando se entrega ao amor..

Silvia: Estás louca..

Mayrín: Passei anos tentando mostrar que eu sou seu amor,fiz das tripas coração só para tê-lo,para que,para uma estúpida do nada com uma voz e conceitos melosos me roubar,não mesmo..

Silvia: Não lhe roubei pois pelo o que me parece,ele nunca foi seu..

Mayrín: Nem seu será mais..- sai voltando a me deixar na escuridão..

Acho que dias passaram,a fraqueza tomando conta cada vez mais,e umas dores absurdas em feridas desconhecidas me fazem querer morrer mas não posso,não posso!..

***: Oi sou a Anabeth,vim cuidar de você..- ela entra me devolvendo a claridade..

Silvia: Como,e por quê?..- mostro as algemas que já me ferem os pulsos..

Anabeth: Vai comer isso que trouxe rapidinho,enquanto cuido de seus ferimentos,deixa que os ferros,eu cuido..- se aproxima colocando as coisas ao meu lado e minha reação ao vê-la é espantosa tão parecida com Jane,será minha alucinação?..

Silvia: Vão te pegar..- ela balança a cabeça em negativo..

Anabeth: Coma..- coloca algo em minha boca e se encaminha a minha terrível perna..

Silvia: Por que está fazendo isso?

Anabeth:Shiiu..- continua a mexer no membro que estranhamente não sinto dor..

Silvia: Por que estou aqui?

Anabeth: Prontinho,próximo curativo não se tem data ou horário então não se esforça muito,pode agravar..

Silvia: Obrigada..- junta as coisas e antes de sair abre uma janela que me dá a visão do dia

Anabeth: Até breve Silvia..- sai..

Mais dias passaram sei pelas inumeráveis trocas de clima, tudo o que tenho da liberdade,Anabeth não retornou para os curativos nem para alimentação,na verdade ninguém retornou..

Silvia: Minha santinha esse é meu fim não é,se for agradeço imensamente por tudo que vivi até aqui,nada foi como esperado mas..- me calo ao ouvir uma discussão alterada..

Mayrín: Enlouqueceu,você só prolongou tudo,foi bem idiota para quem não queria estar aqui,que garota burra..- ao ouvir com nitidez posso deduzir que Mayrín grita furiosa com a gentil Anabeth..

Anabeth: É perigoso May,o que estamos fazendo é muito perigoso..- abaixo a cabeça em desolação,pobre menina..

***: Te demos várias chances de sair,agora teras que pagar por seu brusco erro..- o homem fala e sai batendo a porta..

Mayrín: Anabeth cuidou de você não foi?..- ela entra no quarto com uma caixa em mãos..

Silvia: Fez,mas não adiantou voltei ao ponto inicial,feliz?

Mayrín: Jorge não cansa de lhe buscar o que em breve será em vão,ele estar varrendo toda a cidade em busca da indefesa e amada Silvia e não é que ela está mesmo indefesa e fraca..- se aproxima mexendo em minhas pernas onde sinto uma dor absurda..

Silvia: Você é completamente louca..- após o breve ataque ela se encaminha a janela sorridente..

Mayrín: Sou,você não é a única que pensa,será que é porque desde sempre tive a vida de Jorge em mãos,o que acha?

Silvia: Que?

Mayrín:O romance com Madalena,a fuga da mesma,só não tive o prazer de casa-lós mais me diverti tanto os separando,obrigada você me mostrou que ele nunca vai ser meu,uma pena tinha tanto a oferecer a meu Jorginho..

Silvia: Sério que só agora percebeu isso?..- ela se aproxima apertando meu ferimento outra vez,onde a dor é insuportável me tirando o ar por alguns segundos..

Mayrín: Mas estou feliz que também não será seu..

Silvia: Se fizer algo contra mim tudo que conseguirá é mais ódio..- ela parece não me ouvir e  joga a caixa no chão..

Mayrín: Se divirta com sua acompanhante de solitária..- antes de sair ela fecha meu único meio de iluminação..

Silvia: Santinha proteja a minha mãe,Jorge e todos aqueles que sentem ou sentiram afeto por mim,não os deixe esquecer que os amei mais que tudo,esse é meu último pedido..- fecho os olhos esperando o momento que o bicho se aproxime..

Minutos se passam depois que a caixa foi jogada ao chão libertando a possível criatura e nada acontece isso só torna meu medo maior..

Jorge: Silv!..- com dificuldades o vejo parado na porta..

Silvia: Você não está aqui..

Jorge: Não desista amor,não desista por favor....- lágrimas, não uma cachoeira já descem por minhas bochechas..

Silvia: Vai me amar para todo o sempre até o infinito?

Jorge: Sempre,não desista..- respiro fundo e sua imagem logo se vai..

Talvez seja inútil por  aparentemente não ter casas perto mais começo a bater as algemas nos canos em que estou presa,o barulho soa alto, alguém por favor!..

Silvia: Alguém,por favor..- continuo a bater mais nada..

As forças se terminam é o choro se faz mais presente,fim,acabou para mim, minutos se passam e um pouquinho de felicidade surge talvez eu tenha assustado o bicho,mas morrerei por fome,do que adiantou?

Silvia: Não desista..- com dificuldades da perna imensamente dolorida e pela pressão das algemas tento me levantar..

Quando feito volto a bater as coisas de aço que começam a deixar meus pulsos vermelhos, começo a dar baixos gritos por conta das dores,aumentar a voz será uma tarefa nada fácil..

Silvia: Socorro,socorro,soco..- alguma coisa morde minha perna não uma mais outras vezes me fazendo ir ao chão novamente..

Talvez tenha sido só a dor pois não encontro nada em minha perna,o que já era insuportável aumentou três vezes mais..

Silvia: Não des..

Continua
Espero que tenham gostado 😍

UNIDOS POR UM CONTRATO (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora