A única garota que amei - Camren

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O susto foi grande e os gritos de Lizzie deixou Camila ainda mais nervosa, a pequena não devia estar no meio de coisas assim, o corpo de Evan caiu no chão, um outro policial havia entrado pela janela e o surpreendeu, o tiro acertou seu ombro e ele começou a sangrar muito.

— eu só queria a minha vingança

— vai apodrecer na cadeia, eu tenho nojo de você — cuspiu nele — esqueça de mim e da Elisa

Os outros dois policiais o algemaram e levaram para a viatura, tiraram as amarras de Ally que teve e ser socorrida pois o nervosismo fez sua pressão cair.

— Lauren... eu tive tanto medo de te perder

— está tudo bem agora meu amor, a gente precisa pensar na nossa pequena ok? ela está nervosa e muito assustada

Ela deu os braços pra Lauren e agarrou seu pescoço deitando a cabeça no ombro dela, aos poucos foi se acalmando.

— shhh meu anjo, está tudo bem agora, esse homem mal nunca mais vai fazer isso com a gente, eu vou mandar instalar alarme e câmeras na casa, manter a residência mais segura

— precisamos ir ao hospital para examinarem ela, isso tudo pode abalar o emocional da Liz que é só uma criança

— claro meu amor, vamos sim

Pegou as chaves do carro.

— eu sinto muito por isso tudo, a culpa foi minha, mas eu quis ajudar, não queria te ver arriscar perder a guarda da Liz ou deixar a guarda compartilhada com aquele louco que nunca se importou com a filha

— você fez o que precisou ser feito pela nossa segurança lolo, então não se culpe por nada, a única pessoa culpada aqui é o Evan

— eu vou deixar vocês no consultório médico e vou a delegacia prestar queixa e dar o depoimento

— ok, seus quadros... ele acabou com todas as suas encomendas

— isso é o de menos, agora posso respirar porque minhas duas garotas estão bem, eu não sei o que seria de mim sem você, são a minha família agora, eu demorei tanto tempo pra te rever Camz... e não quero que a vida nos afaste nunca mais, merecemos viver esse amor por muitos e muitos anos

— e a gente vai, o pior já passou

***

Lauren deixou as duas no consultório para uma consulta e foi direto para a delegacia, chegando lá encontrou a mãe de Evan.

— como minha neta está?

— abalada, ela é tão criança e teve que ver aquilo tudo

— eu sinto muito, eu ensinei meu filho pra ser uma boa pessoa, não sei porque ele se corrompeu desse jeito, e eu não tenho como pagar advogado, ele vai ficar preso

— ele merece pagar pelo que fez, sei que é seu filho mas eu faria qualquer coisa, teria até mesmo atirado nele pra proteger a Camila e a Elisa

— eu não vou te julgar

— Lauren Jauregui? — o policial chamou sua atenção

— eu mesma

— venha comigo

Ela demorou um pouco lá dentro, senti uma raiva muito grande quando viu Evan passando algemado com um curativo no ombro onde havia sofrido o tiro, mas ela se tranquilizou por saber que ele pagaria pelo que fez, e também expôs as provas que tinha contra ele, isso o deixaria muito ferrado.

Ao voltar para o hospital Camila e Elisa já haviam sido atendidas, a pequena estava dormindo nos braços da mãe.

— ocorreu tudo bem?

— sim, estamos bem, ela só precisa descansar depois do que aconteceu, estava muito assustada, ela acabou dormindo

— vamos pra nossa casa então, ela vai dormir melhor no bercinho e está frio

Abraçou Camila e foram para o carro.

***

Depois que chegaram em casa Camila colocou Liz no berço e cobriu ela direitinho, foi tomar banho com Lauren e depois foram pra cama.

— amanhã eu arrumo tudo que foi destruído no ateliê, vou ligar pra os clientes e explicar o que aconteceu, eles terão que entender

— eu sinto muito ter trazido esse problema pra sua vida

— ei não fale assim, agora seus problemas são os meus também, Evan vai pagar pelo que fez e nunca mais vai nos importunar

— você falando assim... sobre meus problemas ser os seus até me sinto sua esposa

— e vai ser, eu quero muito isso, a gente fazia planos lembra? quando éramos mais jovens e nem imaginávamos o quão grande seria nosso desencontro

— lembro bem, mas ainda bem que nossos caminhos se cruzaram novamente

Deitou com a cabeça sob o peito dela sendo envolvida por seus braços protetores.

— ainda, sou grata todos os dias. vamos ficar bem?

— vamos sim meu amor, eu prometo

Beijou a testa dela e deixo que descansasse, a cena de Evan com uma arma na mão ainda estava bem vívido em sua mente, mas ter os braços e seu amor lhe envolvendo lhe trazia a paz necessária.