EPISÓDIO 12

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Angel Hernandéz

Estou numa praça com Totty, olhando para ele correndo, ainda bem que Totty obedece quando o chamo.. Abner se fez de sonso, só pode, suportei as dores que ele me causou, e ainda pergunta quem foi que fez aquilo? Isso é ridículo, até quando vou ter que ser submetida á esse casamento? Mulheres nascida na máfia tem a obrigação de ser "dona de casa" "cuidar dos herdeiros" isso soa tão machista, não pode nem estudar em uma faculdade, não tem voz, fomos ensinadas que não devemos "retrucar" nossos "maridos", se é que pode ser chamado de marido.

Olho para o nada me pego pensando, e me esqueço oque esta a minha volta, me lembrando, de um dos lugares que fui com meu tio, irmão de meu pai, em uma montanha que dá para cidade a noite, plena madrugada..

Seis anos atrás-15 anos

Do nada sinto minha falta de respiração, sobressalto, acordando assustada, ao olhar para pessoa que me acordou, é meu tio-padrinho Alberto Gonzaléz Gutierrez, que está sorrindo, ele está com uns 32 anos, ele está com uma cara de quem está doido para aprontar, fuzilo com olhar e interrogação.

-Qual é o seu problema? Me acordar essas horas? Chapou? - digo exasperada com olhos arregalados.

-Olha a princesinha acordou foi? Vamos temos que sair agora mesmo! - diz meu tio Pablo pegando no meu braço e descemos a escada da sua enorme mansão de sua casa no México, lembrei que estou de pijama, e meu tio de terno.

- Espera, para onde estamos indo? Essas horas ainda, aconteceu alguma coisa? - pergunto assustada, para ele sair correndo pela casa.

-Princesa quando chegar lá vai saber! Agora anda. - diz meu tio sorrindo, esse doido.

Então saímos pelo enorme portão, e assim que a gente vai em direção ao carro, e os seus segurança fizeram uma reverência com um aceno, adentramos no carro.

Demorou uns 20 minutos para chegar, a grande montanha, e estar la no topo, olhando cidade iluminada, encantada com o que vejo, parece uma cidade onde a gente não vê nada de ruim, olhando daqui, tão linda, mas quando se convive nela, a realidade é tão diferente, o conteúdo que se tem nela, é tão, tão.. Triste.

-Linda né? - diz meu tio olhando para cidade, desvio meu olhar para o dele.

-Sim, é tudo lindo- digo sorrindo de boca fechada.

-Me diz oque você vê dentro dela? - pergunta meu tio.

- Uma cidade composta por pessoas hipocritas, egoistas, uma sociedade padronizada. - digo o que se convive em uma cidade linda como aquela.

- É isso, mesmo, quando você comandar a máfia Sangre Negro, quero que olhe cada pessoa que venha te cumprimentar, oque vemos nela é só aparência, mas por dentro de si, há uma outra aparência, há um abismo que a gente ainda não conheceu.- diz meu tio, como se algo fosse acontecer, na máfia mulher não tem voz e nem direito de ditar as regras.

-Como assim comandar máfia San Negro? Mulher não tem voz ali, você sabe tio, único que vai ser herdeiro da máfia é o Heitor.- digo desviando olhar para cidade.

-Não se sabe oque se pode acontecer até lá, você se casará daqui a seis anos Angel. - diz meu tio suspirando, ele não quis que eu me casasse, quis que eu buscasse meus sonhos e atrás do meu amor por livre espontânea vontade, mas meu pai, foi rígido na decisões.

- Mulher nunca vai conseguir ter voz ali. - digo suspirando por que isso é verdade.

- Nunca diga nunca- diz meu tio, olho para balanceando a cabeça em sinal negativo.

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⏰ Last updated: Jan 21 ⏰

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UMA SEGUNDA CHANCEWhere stories live. Discover now