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Louis era definitivamente uma pessoa que se sentia fora de sintonia com o resto do mundo. Nada para ele parecia realmente certo, como se ele não pertence-se a lugar nenhum. E ele nunca entendeu o porquê.
Talvez seja o fato de sua família ser a mais estranha do universo, somente ele e sua mãe, Gina. Ele queria poder dizer que ela era uma boa mãe, mas infelizmente, não era. Ele mal sentia que tinha uma mãe, e por isso ele saiu de casa cedo.
Aos dezoito anos o garoto morava sozinho em um quarto muito pequeno, mas era o que seu salário de balconista de uma loja de material escolar poderia pagar. E apesar de todas essas complicações ele conseguiu entrar e concluir sua faculdade de jornalismo.
Agora com seus gloriosos vinte e três anos ele se mudou, para um flat quase do tamanho de seu antigo quarto, mas ainda assim era dele e era confortável para suas necessidades.
E com uma sorte que ele não reconheceu conseguiu também um estagio em um jornal conhecido de Londres, ele se sentia importante. Até que ninguém realmente gostava muito de suas matérias.
Era como se constantemente Louis se sentisse fora dos eixos, não sendo de lugar nenhum. Contudo ele as vezes tinha suas glórias, e mesmo que não muitas, eram o bastante para ele se manter no emprego.
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Como sempre o garoto de olhos azuis estava atrasado, ele corria para dentro da redação com seu casaco jogado estranhamente sobre seus ombros. Com uma mão ele vinha tentando arrumar seu cabelo, e a outra segurava um copo de café barato que conseguiu comprar por duas libras.
Ele xingava baixo, encarando a recém marca da bebida em sua camisa, Louis era a pessoa mais atrapalhada que ele poderia conhecer, sua confusão foi entrando na redação, enquanto ele tentava equilibrar a mochila nas costas.
"Tomlinson!" Uma voz soa fazendo o garoto erguer a cabeça e arregalar os olhos, era Marco, o redator-chefe.
Ele tenta parar de ser estranho e abre um sorriso, endireitando a postura. "Sr. Muller, bom dia."
"Bom dia. Preciso conversar com você, esteja na minha sala as dez em ponto." Ele diz, o homem não era alguém ruim, sempre sendo educado e as vezes engraçado. "Não se atrase!" Diz, deixando o menor e indo até a recepção.
Louis fecha os olhos e choraminga internamente, merda. Correndo até seu pequeno cubico-lo ele deixa sua mochila ali e logo liga o antigo computador, estalando os dedos e se jogando na cadeira velha e desconfortável.
A redação era uma completa loucura, pessoas correndo matérias novas chegando e um cheiro forte de café. Como ele não tinha muitas matérias para fazer, já que ninguém ligava muito ele ficou encarregado de outra função.
Mesmo não tendo matérias, a escrita de Louis era impecável, e por isso Marco sempre enviava as matérias dos outros jornalistas para Louis consertar os erros e deixa-la mais apropriada para poder sair.
Ele também não tinha nenhum amigo na redação, na verdade Louis nunca teve amigos, e ele era de boa com isso.
Tomlinson estava ajustando algumas falas de uma matéria, que sairia aquela noite enquanto se lembrava de quando apareceu na TV falando sobre o frio e a fome das pessoas necessitadas no natal.
Foi uma matéria muito elogiada, todos gostaram, pessoas mandaram e-mail perguntando como ajudar, e Louis finge até hoje que não ficou encarando o telefone esperando sua mãe ligar para elogia-lo.
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Tidelands • LS
Teen FictionOnde Louis, um repórter que acha que tudo na sua vida foi feito para dar errado, ganha a chance de fazer um grande documentário onde o destino é Orphelin Bay, uma cidade mal habitada na Austrália. Porém por trás dessa fachada de boa cidade, muitos s...