Bônus: Desculpe, eu amo um garoto, para sempre

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O sol entrava pela fresta mau fechadas da cortina atingindo os olhos de Jungkook em cheio, mas nada o faria ficar de mau humor, não quando podia sentir o calor de Jimin, que ainda dormia encostado em seu peito, e sua respiração morna. Tudo estava exatamente onde deveria estar, finalmente a realidade parecia um lugar bom para se viver. 

Olhou os cabelos pretos dele, esparramados em si, os olhos fechados, os cílios de boneca que suavemente adornavam-os, a boca macia e rosada suavemente, tudo nele o fazia parecer uma belíssima obra de arte e Jungkook sentia que realmente podia tê-lo perdido. Tentou afastar os pensamentos negativos e concentrar-se em outra coisa, mas olhando para o dedo anelar de Jimin, vazio desde que haviam se mudado, se sentiu ainda pior por lembrar que havia pedido para não usarem mais alianças. As alianças que Jimin havia se matado por meses, quando ainda eram adolescentes, para comprar, Jeon chegava a conclusão de que havia sido pior do que uma pessoa ruim.

Resignado decidiu levantar e ir fazer o café da manhã que o mais velho havia pedido, saiu aos poucos debaixo do corpo do Park, levantando-se fechou as cortinas para que o sol não incomodasse o outro e colocou uma roupa. Iria até o centro comprar o bolo que Jimin gostava, os ingredientes para Cappuccino e o chocolate, sorriu, o mais velho costumava ficar tão exigente depois do sexo.

O caminho até o centro comercial não era longo, o apartamento em que viviam era muito bem localizado e em minutos estava entrando na padaria que costumavam frequentar, era um lugar aconchegante, não muito cheio de manhã cedo e que servia os melhores bolos e tortas, sem contar nos cafés maravilhosos. Pediu o bolo de chocolate com calda extra e caramelo salgado que o namorado tanto queria, chocolate quente, rosquinhas e croissant recheados com presunto e queijo. Queria mimá-lo de todas as formas possíveis, para de alguma forma, se redimir, mesmo que minimamente. 

Avistou a loja do outro lado da rua e ela, repentinamente, lhe deu uma ideia. Seria clichê se fizesse aquilo? Estavam bem ao ponto de darem um passo tão grandioso? Nunca haviam pensado em tomar uma decisão tão drástica, tudo bem que viviam juntos, namoravam desde adolescentes, mas não sabia se podiam fazer aquilo. Nunca haviam se proposto a algo de tipo e se Jimin quisesse terminar? Ah, não, não, ele não faria isso, surtaria, no máximo.  Deu alguns passos para frente, mas logo voltou para trás, ele já errava sempre, pelo menos, daquela vez, erraria tentando acertar. 

[...]

Entrou no apartamento devagarzinho, cuidando para não fazer muito barulho, pôs as sacolas no balcão e olhou mais uma vez para o presente de Jimin, esperava que ele dissesse sim, pois a moça havia lhe dito que não havia devolução, muito menos troca, então era torcer para que o namorado aceitasse. Esperava muito, realmente, que ele aceitasse. 

Respirou fundo, não pensaria naquilo no momento, faria o café da manhã do amado para sanar sua fome matutina, com muitas coisas doces, esse era seu principal objetivo do momento. Caminhou de um lado para outro na cozinha, montando uma bela bandeja de café da manhã, até um mini vazinho com uma suculenta havia comprado na floricultura para a decorar, todo o apartamento era enfeitado com plantinhas daquele tipo, então sabia que naquilo e na comida havia acertado. Prendeu o ar nos pulmões, antes de dar por terminada a empreitada do café da manhã, esfregou uma mão contra a outra e parou no meio do caminho, quase tomando a bandeja em mãos e olhou para o bloquinho de notas em cima do balcão e concluiu que talvez fosse mais fácil fazer daquela forma. 

 A passos lentos, cuidando para não derrubar o café bem feito caminhou em direção ao quarto dos dois, um sorrisinho de lado iluminava seu rosto por constatar novamente que Jimin havia dormido consigo aquela noite inteira,  afinal, aquele era o quarto dele, sempre seria. Com o tronco empurrou a porta que havia deixado escorada, tudo  estava da maneira como havia deixado, ou quase, já que o Park agora estava de bruços, com as belíssimas costas descobertas sendo iluminadas pela luz borrada da cortina. Era praticamente como estar de pé dentro de uma obra de arte.

Sorry, I love a boyOnde histórias criam vida. Descubra agora