- Então quer dizer que você não tem Classe?
A voz soara um tanto, desapontado, e apesar do imenso salão, Will o olhava com desprezo, como se já estivesse esperando aquela reação, John não olhava para o filho que estava parado a apenas alguns metros atrás dele, apenas encarava o quadro do próprio pai, cujo a moldura ondulada e cheio de detalhes fosse a única lembrança de quem havia sido no passado.
- Não foi isso que quis dizer pai...
- A não? - John o interrompeu - Então me diga a que Classe você pertence?
- Na verdade já esperava isso de você, sempre me tratando como a desgraça da família, como se eu fosse um ser inferior que nunca deveria ter nascido.
Ao expor o que sentirá Will pegou a mochila e colocando-o sobre as costas sobe as escadas indo em direção ao quarto. Lúcia que apenas observara aproximou-se para o lado de John que, não parava de olhar para o quadro.
- Você pegou pesado com ele.
- E a senhorita não o defende demais?
- Não confunda as coisas John - disse Lúcia - eu apenas o encorajo, coisa que você deveria fazer de vez em quando.
- Mas eu o encorajo - disse John olhando para Lúcia - só que a minha maneira.
- E espera ganhar uma medalha de melhor pai? De uma chance a ele John.
- E espere que eu faça o que?
- Seja a figura paterna que ele precisa, aliás hoje foi um dia difícil para ele.
- Como assim?
- Elena comentou sobre algo estranho que aconteceu com Will ao fazer a Seleção.
- O que quer dizer Lúcia?
- Ela não soube me explicar direito o que aconteceu, mas que está verificando, espero que não esteja relacionado ao...
- Leviathan? - Perguntou John - A profecia é antiga, não pode estar relacionado ao nosso filho.
- É o que eu espero John.
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- Era uma vez? geralmente é assim que começa as histórias, mas a que estou prestes a começar, tem um início um tanto diferente. - Disse-lhe enquanto a garota que estará sentada ao seu colo prestara atenção, cujos os olhos curiosos mostrara o interesse pela história que estava prestes a ouvir - A noite mostrava a sua melhor face, cujo pequenos insetos cintilantes tornava o ambiente... como eu posso dizer? Digamos que incrível, era os primeiros dias de vida do nosso pequeno mundo, e junto a ele haviam quatro irmãos, Tãna era a caçula dentre os quatro e apesar de seu dom ser ainda um mistério, a alegria sempre cativaram os demais, Adrey era o seu irmão gêmeo, cujo a tonalidade do cabelo lembrara a lua, já o seu dom, é o que move a natureza, responsável pelos elementos centrais, Trizys, apesar do jeito responsável possuirá uma habilidade icomunal do tipo único, Manipulação da Energia, conhecido por Magia, e o último dos irmãos, Trevor, o mais velho dos quatro cujo o dom lhe era único no que o tornara o mais perigoso ser existente.
- E que dom é esse? Será que ele é mau? vamos me conte Lia.
- Uou calminha aí - Disse Lília de mostrando um sorriso para a irmã mais nova - Posso terminar a história pelo menos?
- Desculpe.
- Enfim, Trevor, por ser o mais velho possuía o dom da vida e da morte, da criação e da destruição, e esse dom o deixara acima de tudo e de todos, e apesar do imenso poder, isso não o fazia mau, apenas fazia dele o Guardião dos irmãos...
O ranger da porta ecoara pelo quarto interrompendo a história, e parada ali com a ajuda de uma bengala encontrava-se uma moça com um sorriso sereno.
- Mãe? - Lília perguntou surpresa - A senhora deveria estar na cama descansando.
- É bom ver que as duas estão se divertindo - Disse-lhe de mostrando alegria - e Lília, não tive a chance mas estou orgulhosa por você ter passado do teste de seleção.
- Eu só passei - Lília começou enquanto caminhava até a mãe - porque tive seu apoio.
- Querida, sempre irei apoiá-la.
- Sei disso mãe - Disse Lília de mostrando um sorriso bobo - e é por isso que te amo, mas agora a senhora precisa voltar para cama.
- Tem razão, podem continuar com a história.
- Parece que a história terá que esperar - Disse Lília fazendo expressão de decepcionada para a irmãzinha - mas prometo que assim que voltar eu continuo.
- Mas você já tem que ir?
Perguntou a pequena Becca de mostrando sinais de tristeza, embora o olhar fofo pudesse derreter corações Lília precisaria resistir as tentações do olhar da pequena.
- Preciso ir, mas prometo que assim que eu chegar término a história.
- Promete?
- Prometo.
Lília pegou a mochila e em um simples aceno de despedida, desapareceu atrás da porta.
NOTA
Como é que vocês conseguem? tipo... ainda sei que é apenas o segundo capítulo e as idéias estão explodindo em minha mente mas... sinto que é como se algo estivesse faltando, não sei se tenho plena confiança de que está história realmente andará para frente mas... diga-me vocês, o que estão achando? está bom? está confuso? deixem nos comentários o que estão achando.
Obrigado por lerem até aqui e se possível até o próximo capítulo.
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A Chama Sagrada
Fantasy* A Herdeira da Fênix - A Chama Sagrada Em um futuro descomunal, tornou-se comum na adolescência jovens apresentarem dons incomuns, dividindo-os assim em classes especiais. Mas quando o destino interfere em seu curso, ameaças aos distritos e reinos...