Aqui em uma sala comum,
Como à muito vem acontecido,
Só eu e um bom vinho.
Olho ao meu redor e nada mais vejo
Senão solidão...
O silêncio entre as quatro paredes
Grita-me aos ouvidos.
É um barulho ensurdecedor...
No começo é triste,
A meio (do copo de vinho) indiferente
E já no finalzinho (da garrafa é claro)
Torna-se mais agradável e acolhedor.
Sento-me à beira mar a ouvir o barulho das ondas a rebentar na areia,
Mas nunca chego a molhar os pés
E na verdade também não chego a sair de casa.
Tenho a imaginação fértil.
Penso em ti.
Relembro o brilho dos teus olhos.
Sorrio...
Mas, é aí que dou por mim sem já nem conseguir andar,
Porque nada me embriaga mais que o teor alcoólico dos teus olhos nos meus.
-Lucas