01 - Um Último Adeus

11 5 1
                                    

★.☪.★

Ajeitei meus óculos que caia aos poucos conforme me mexia enquanto estudava biologia. Biologia, uma das matérias que me interessava bastante pois estudávamos basicamente sobre a vida, organismos e etc.

Ouvi batidas na porta do meu quarto, e revirei meus olhos dando um sorriso, logo falando com papai:

-Pai, você sabe que pode entrar quando quiser sem precisar bater na porta - Vejo papai entrando em meu quarto, e apoio minha bochecha na mão, enquanto sorria para o mesmo - Agora que vi seu rosto, pode falar o babado ou bomba que o Senhor tem para contar.

- Brianna, é uma bomba nuclear o que vou te contar - Falou pegando a cadeira e se sentando em minha frente -

- Você não engravidou ninguém, né pai? Porque se tiver engravidado meu quarto está fora de cogitação de ser usado e-- - Fui interrompida pelo papai -

- Não engravidei ninguém não menina, seu pai é responsável o suficiente para não engravidar ninguém -Arrumou seu cabelo enquanto se explicava-

- Então está afirmando que você ainda... Seu safadinho, e nem me conta, deixa a vovó ficar sabendo disso ela vai ado-- - Dessa vez, papai me deu um peteleco na testa, fazendo com que parasse com a cara maliciosa - Um peteleco não vai me fazer parar, só se me der o panetone do Bob Esponja que está em cima da geladeira.

- Não, nem ligo mesmo pra essa sua cara - Sem piedade, papai não era piedoso comigo quando insistia em ter alguma coisa - Vai ficar sem babado e, panetone. - Já disse se levantando da cadeira e indo para fora do quarto -

- Pode ir a vontade, não sou fofoqueira que nem o Senhor, posso ficar aqui estudando sem peso na consciência ou, curiosidade - Disse tranquilamente, pensando que poderia vencer a curiosidade-

-Vamos ver até que ponto você aguenta, aposto que nem dura uma hora -

-Ah é? Então está me desafiando? Está bem então, vamos ver quem é que ganha isso -Falei confiante o suficiente, com um sorriso convencido no rosto enquanto olhava para Papai-

Voltei a estudar, mas, não durou muito tempo pois já estava no canto do meu quarto vendo o Twitter, eu precisava de alguma fofoca, necessitava dessa droga tão viciante chamada "fofoca", e o efeito colateral quando não se tem fofoca é curiosidade, que em alguns casos pode ser letal, a minha no caso era ANIQUILAÇÃO TOTAL, resumindo faltava pouco para desistir e ir até papai perguntar o que ele ia me contar, mas não desistiria, não agora que cheguei tão longe.

- Okay, já fazem dois minutos e cinco segundos, meu novo recorde, se continuar assim ele vai vim correndo me contar, é ele vai - Otimista, me levantei do chão, mas logo sentei ao me lembrar que não tinha nada para fazer, além de ver status. Deu exatamente 1 minuto, só um minuto para me estressar - Eu também tenho bunda! Não precisa ficar jogando e esfregando na minha cara, oras!... O status é dela, então pode postar o que quiser, mas vou continuar reclamando silenciosamente e ignorar, só não vou silenciar por conta dos memes, ela tem bom gosto pra isso.

Comecei a me distrair nas redes sociais, vendo fotos das pessoas se divertindo, tomando suco e sorvete, indo para piscina, praia ou shopping. Sim, eu tinha condições para sair de casa e ir a diversos lugares, mas, tinha medo de ir sozinha.
Ter medo de sair sozinha ajudou bastante no meu relacionamento com meu pai, já que íamos em diversos lugares juntos para se divertir ou, apenas esquecer um pouco os problemas do dia-a-dia. Era apenas eu e papai, sempre juntos e lutando contra os monstros que haviam do lado de fora da nossa casa.

- Eu sou muito sortuda mesmo. - Falei com um sorriso no rosto, sentia meu coração confortável e quentinho e as lágrimas rolando por minhas bochechas - Espera, estou chorando? De novo não, tenho que parar com isso, já tenho catorze anos. - Me levantei do chão, caminhando até a porta do quarto e quando a abro vejo papai com aquela cara de sem vergonha - Deixa eu adivinhar, você subiu aqui para ver se estava enlouquecendo porque não me contou a bomba nuclear e, acabou me ouvindo falar sobre bundas, status e agradecer por ser sortuda, certo?

- Tenho uma filha muito inteligente pelo visto, mas, você não tem bunda minha filha, você é uma tábua - Aquele sorriso, aquele maldito sorris que merecia perder os lindos dentes alinhados e perfeitos - Não mate seu querido paizinho, se não nunca mais vai comprar seus travesseiros sem censura e, vai ter que passar vergonha quando for comprar seus jogos.

- Sua sorte, é que não quero ser presa agora, e nem futuramente também. - Dei uma pequena pausa, e logo ajeitei meu cabelo como aqueles atrizes - Fale a bomba nuclear, você sabe que isso é tanto para o meu bem, quanto para o seu, então... Fale de uma vez - Penso em um nome bem clichê de ator - Filipe...

- Okay, você está assistindo muito filme ou, série de novo, daqui a pouco você vai entrar tanto no personagem que vai precisar de um---

-Fala logo papai, antes que a gente fique aqui por uma eternidade de tanta corrente que a gente faz enquanto fala. - Disse por fim, e ele respirou fundo escolhendo as palavras mais apropriadas para aquele momento -

- Seu primo, ele virá para cá como castigo por ter participado de um campeonato para skatistas e, ter quebrado o braço e torcido o tornozelo. Bem, no começo ele dormirá no m-- - Interrompi meu pai, fazendo um sinal para ele dá uma pausa na explicação -

- Pai, seja mais específico sobre meu primo, você sabe que a nossa família parece coelho, quando não é uma tia é outra, e quando não é outra, é uma prima que ninguém quase conhece. Engraçado que nunca fui dama ou madrinha, sou inútil nessa família mesmo - Fiz bico, sendo consolado pelo carinho de Appa em meus fios -

- Seu dia de ser madrinha e dama, ainda vai chegar minha filha, mas continuando... Se lembrar do seu primo Jungkook? Ele mora em Busan, vocês já se viram quando pequenos. - Olhei para papai -

Minha cara não era das melhores, mas também não deixava de ser engraçada, se papai achava que me lembrava de alguém que vi a dez anos atrás tá muito enganado, será que eu conto ou, vocês contam? Quer saber? Eu conto.

- Pai, provavelmente vi esse ser humano a dez anos atrás, e o que te faz acreditar que eu vá me lembrar do rosto desse completo desconhecido que está acidentado neste momento? Porque não me lembro de nenhum Jungkook -

- Minha filha, vocês não se desgrudavam nem para ir ao banheiro, como não se lembra do seu primo? Ele até se confessava para você, por te achar fofa e gentil -

- Pobre coitado, nem sabe que essa fofa e gentil foi prós quintos - Disse olhando minhas unhas, como sempre, normais sem esmalte e enfeites exagerados -

- Bem, ele virá antes das aulas começarem aqui ano que vem. E se pensa que vou surtar com um adolescente com hormônios a flor da pele, está enganada, ele não vai conseguir te ver de tão pálida que é, parece até o Edward - O fuzilei com os olhos caminhando até as escadas - É brincadeira! Vou te levar a praia para pegar um solzinho! Volta aqui

- Não papai, eu cansei de ser comparada com esse Edw-- - Olhei para o monstro em minha frente e congelei - P-Papai... Tem uma b-barata, Pai me salva! Ela tá vindo na minha direção! - Eu ia para pular em seu colo, mas ele acabou entrando no quarto e se trancando lá dentro, me deixando com aquele mini projeto de capeta - Ahhhh! Sai daqui! Meu Deus ela vai comer minha bunda! - Tentei tacar meu sapato nela, mas como era vesga, errei - Papai! Abra a porta, pelo amor!

-É você ou eu, me desculpa Brianna, foi bom te conhecer, adeus! -

-Quando eu matar ela, eu vou te matar depois! -

★.☪.★

Espero que tenham gostado do capítulo. Sim, gosto de uma história que tenha comédia, e se por acaso achar que algum momento exagerei em alguma parte ou ficou forçado, por favor comente ou, se não fale como ficou a história.

Obrigado por lerem, até o próximo capítulo ^u^

Meu Amado PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora