É muito estranho, parece até outro corpo...

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Cheiro bom, cheiro de folha, será que realmente estou no céu? Sinto algo incomodo em meus dedos.

- Senhor, por favor, não entre... Ouço uma voz melosa e doce, que me deixa com remorso, é muito parecida com a voz da Bianca.

- Não... Abro os olhos, estou dento de um cubículo muito confortável, acho que é o cheiro ou quem sabe a névoa quente que tem cheiro bom. Bem, parece que eu não morri. Ou será que estou morto?! Que confuso, sinto uma criança dentro de uma almofada, muito, muito confortável.

- Eu irei vê-lo, deixe eu entrar. Um voz grossa, que fez com que todos os pelos do meu corpo fiquem arrepiados, desde quando o meu corpo reage assim a voz de um homem?! Estou realmente ficando maluco?!

Tiro as agulhas que estavam em meus dez dedos com medo, mas acabou que não senti dor, quem é maluco de fazer isso nos meus dedos, e se cortar ou estourar algum tendão?! O que será que está acontecendo lá, eles estão fazendo um barulhão. Esqueça, isso não importa no momento, eu tenho que sair daqui, por algum motivo esse lugar me parece estranho, e eu tenho medo de lugares sem janelas...

Me levanto facilmente, me sinto mais alto, que estranho, olhos em direção das vozes e vejo uma mulher de roxo, ela provavelmente é do meu tamanho e aparenta ser muito forte, já que ela está segurando um homem que eu não consigo ver direito, mas ele parece querer entrar...

Pelo que percebia a única porta, não, passagem, bem é uma passagem com a parte de cima oval, é onde o homem estava sendo barrada pela mulher.

Ando mais um pouco e começo a ofegar, está muito quente e a névoa está ficando mais densa.

Ando mais a frente e quase caio dentro de uma abertura oval, que tem a distância de um degrau, entretanto está cheia de pedras, que estão vermelhas, acho que não é aqui a saída.

Quando lipo o suor na minha testa, percebo que minha mãos estão diferentes, estão mais claras e frágeis, não tinha percebido antes pois estava escuro, como eu não prevê isso? Meu cabelo também está estranho, ele esta maior que o normal, será que eu entrei em coma?

Decidi não ligar pra isso, eu devo estar dopado, além que as pessoas ficam fracas quando estão hospitalizadas.

É surpreendente que eu consiga andar, achei que tinha sido esmagado pelo caminhão, ele realmente queria me matar!!

Minha única opção é voltar e perguntar para a mulher, que eu tenho a impressão de que é a enfermeira.

Andei de volta, mas no meio do caminho já estou sem fôlego e mancando.

Impossível, eu não vou conseguir voltar, se eu não fosse tão burro, é óbvio que uma pessoa que sofreu um acidente não pode andar muito...

-Enfermeira, moça... Grito, tentando chamar a atenção da mulher. Minha voz saiu estranha, é masculina, mas é muito calma e límpida, sem formar qualquer ondulação grave, é como ouvir uma voz afinada.

Ela olha em minha direção assustada e neste momento o homem conseguiu passar por ela.

Ele tem a pele um pouco bronzeada, cabelo brancos e longos, seu rosto mostra uma expressão preocupada.

Ele corre em minha direção, logo na frente da mulher, meu coração acelera, ver alguém correndo tão desesperado em minha direção me faz parecer importante.

Quem será que são eles? Será que minha mãe está me esperando? Será que ela sabe que eu sofri um acidente? Será que Bianca também sabe? Se ela souber, isso seria lamentável e vergonhoso. Meu rosto esquenta quando penso nisso.

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