O INÍCIO

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Mesmo que a vida te mostre vários caminhos, às vezes o mais obscuro será o mais atraente.

A vida e feita por escolhas, mas tente pensar como se fosse um jogo, como se Deus estivesse brincando conosco.

Isso pode ser verdade, os deuses podem estar brincando com nós, humanos.

Em um tempo nebuloso, em sua pequena casinha de madeira, encontravam-se mãe e filho despedindo-se em meio a escuridão do quarto. O garoto, extremamente religioso, colocava em pratica sua fé por ter sua mãe doente e sempre orava para o bem dela, desejava que sua mãe fosse curada de um derrame que a aprisionava e deixava sob seus cuidados. Castiel o filho mais velho com 15 anos tinha cabelo sempre espetado, um garoto um pouco magro, com aparência um nerd. Em um quarto ao lado se encontrava Dina e Dara, Dina era uma garota de 13 anos e Dara a pequenina de 10 anos que já estava dormindo junto com ela.

Mesmo com pouca força a mãe diz para o garoto em prantos que não ficasse triste, mas era um tanto difícil, já que passavam necessidades e seu pai morava longe com outra mulher, sua família materna o desprezava, jugavam-no dizendo que ele era o causador da doença de sua mãe, mesmo sabendo que não, era difícil ele não sentir peso em sua consciência.

- Não quero que chores, pois suas lagrimas farão minhas asas ficarem pesadas quando eu for subir ao céus – Diz a mãe do garoto quase sem forças deitada em sua cama, com um pouco de sangue saindo de sua boca, coberta por um pano velho, pois eram o que tinham de melhor, e mais quente para ela, naquele tempo, em março, a noite estava fria e chuvosa.

- Mãe, não quero que vá, não sou homem ainda, tenho muito que aprender com a senhora, quero que você ainda conheça minha futura namorada, meus filhos, lembre-se que prometi comprar uma casa para você- Diz o garoto desiludido ajoelhado aos pés da cama perto de sua mãe, sem nenhum par de sapatos para vestir, com uma blusa grande que tinha ganhado de um amigo, cabelos bagunçados, e olhos vermelhos de tanto chorar.

Após um trovão que tremeu a sua casa, com uma luz muito clara de um raio, Castiel sentiu o cheiro de uma flor, parecia ser cheiro de jasmim, onde fez seu corpo todo arrepiar. Lembrou -se que sua avó sempre dizia que quando o ceifeiro chegava, por ele passava, sentia-se o perfume de jasmim.

- Não a leve, ela e tudo que tenho... Não a posso perder, eu rezei tanto, pedi a Deus para a curar, e ele manda o ceifador dele... – Diz Castiel em prantos.

- Filho... não grite... suas irmãs estão dormindo... – Diz a mãe derramando uma lagrima – não culpe Deus por isso... já está mais do que na hora de eu ir, vejo você no futuro... sei que você se tornara um grande homem... – dizendo isso de olhos fechados, pois a doença já tinha atingido a visão dela nesse momento, e ela já sentia que o ceifeiro á guardava, abrindo os olhos ela apenas o via em sua frente.

- Senhora, já está na hora de irmos – Diz ceifeiro apontando sua arma a ela.

- Filho... cuide de suas irmãs... diz a elas que eu as amo e sinto muito por não poder ficar mais tempo, diz a Dina para ela não ser mais teimosa e te obedecer e a Dara também... eu te amo Castiel, meu filho amado!

E aos poucos vem a fechar os olhos, deixando apenas um sorriso em seu rosto, como se tivesse cumprido sua missão na terra. Castiel se levanta, e sai em meio a tempestade, com extremo ódio, e rancor a quem ele tanto adorou.

- Deus – Diz Castiel gritando – eu sempre te adorei, sempre te segui, nunca te pedi nada, só queria minha mãe viva, e você a tirou de mim. – Castiel levanta o braço apontando para o céu como se tivesse desafiando a força divina – Nunca mais irei acreditar em você, nunca mais irei acreditar na bíblia, nunca mais... – Castiel se ajoelha em prantos com a cabeça baixa, dizendo baixo – Nunca mais acreditarei nessas baboseiras, de Deus, anjos... nunca mais...

Disparity WarOnde histórias criam vida. Descubra agora