I Didn't Buy a Gift

But I Want To Say

Perdoem os erros

...

Natal estava deixando todos loucos. Embora na Ásia em geral, a população cristã fosse a minoria, aquele feriado era amado por muitos. Época de dar presentes e sair com amigos, e família. Sair com aquele que gostamos e ver, no centro da cidade, a enorme árvore de natal.

Mas Renjun estava tendo sérios problemas com isso, porque ele tinha dois namorados, e cada um deles queria uma coisa diferente. Jaemin queria sair para ver os enfeites natalinos pela milésima vez só naquela semana. Jeno por sua vez, não aguentava mais as ruas lotadas e decidiu que ficaria em casa e não sairia mesmo que o local estivesse em chamas.

A confusão foi tanta que os dois discutiram e Renjun discutiu com os dois. Agora cada um estava em sua casa, em seu canto pensando no que comprar como pedido de desculpas. Pelo menos Donghyuck estava lá para Renjun.

- Jaemin e Jeno não ligam para o preço - Lembrou o Lee - eles gostam de coisas que os farão lembrar daquele momento.

Era fácil para ele falar, Donghyuck e Mark brigavam tanto que nem levavam mais a sério as grandes discussões nos jantares em família. Ainda mais agora que estavam casados. Para melhorar, o chinês sabia que quem estava com Jeno era o canadense, e o mais velho tinha ótimas idéias para presentes. E o que o deixa mais nervoso era o casal que ajudava Jaemin. Jisung não tinha paciência para presentes, então sempre sabia onde tinha os melhores preços e as menores filas. E Chenle sabia exatamente o que dar em cada ocasião.

Donghyuck não era a melhor escolha naquele momento. E ao perceber isso, o suspiro frustrado o entregou completamente.

- Meu - o Lee reclama - você que me chama aqui, na véspera de natal, querendo me ver desesperadamente, e agora está aí emburrado porque não gostou da minha idéia? Vou embora - e levantou da poltrona, saindo em direção da porta, onde foi brutalmente parado pelo menor.

- Se você sair eu te mato - Renjun diz, mais como um pedido estranho de desculpas do que ameaça. Os dois se entendiam muito bem e por isso o mais novo percebeu que o outro estava realmente desesperado por um presente ideal.

- Ok - suspirou também - vamos sair e ver se achamos alguma coisa que agrade aqueles dois - e a dupla pegou os cachecóis e os casacos. Estava frio lá fora e para ajudar, nevava um pouco. Sair de carro seria uma péssima ideia, e os transportes públicos estariam tão lotados quanto as lojas que eles iriam visitar.

Renjun começou a suspeitar que não gostava tanto assim do natal.

. . .

Jeno e Mark andavam pelas ruas enquanto o moreno passeava os olhos atento a cada nova face em seu campo de visão. Se ele trombasse com Jaemin, teria que ouvir pelo resto de sua vida "ué, mas não era você que não ia sair de casa mesmo que ela estivesse sendo atacada por zumbis?" O coreano era orgulhoso demais a ponto de se jogar no chão gelado e com neve quando achou ter visto o Na.

- Não é ele cara - Mark reclama quando o amigo fizera isso pela terceira vez - eu disse que pedi para o Jisung ficar afastado do centro.

- Sei lá hyung - Jeno suspira - eu só estou saindo porque preciso de algo como pedido de desculpas para o Nana e o Renjunie - e saíram para lutar entre as pessoas em uma loja de presentes. Mark era bom opinando no que cada um dos amigos iria querer. Jaemin amaria receber aquele pelúcia que acabara de lançar, mas ainda estava muito caro. E Renjun simplismente cairia de amores com o livro que seu escritor favorito publicara há algumas semanas.

Acontece que, mesmo que Jeno fosse o que mais tinha dinheiro entre os namorados, era o mais mão de vaca também. Ele não parou de reclamar do preço na fila do caixa, e quando viu que não teria um desconto mesmo sendo véspera de natal, quase jogou aquilo para o ar e saiu da loja sem os presentes. Foi Mark quase berrando em seu ouvido que lhe disse, que se não comprasse algo que realmente provasse que estava arrependido, mais Jaemin do que Renjun, jogaria alguma coisa em sua cara.