YOU | VMIN •

• chαpter one •

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"Que a cada toque a intensidade destes momentos sejam únicos."

— Kim Taehyung.

Eu me sentia bem e sempre que me encontrava do seu lado, o mundo possuía outro sabor. Se fosse questionado, não saberia explicar. Porém, era assim que me sentia ao lado de Park Jimin. Ao encontrar a sua alma, a minha se perdeu na imensidão do seu significado. Para mim não havia ser humano mais belo e em minha mente, desejava vê-lo expressar o mesmo por mim. Não me tomo por tolo, mas sinto que podemos continuar juntos sem a distância que no momento tomava conta de mim, de nós.

Respirei fundo e encontrei o cheiro doce emanado por seus cabelos macios, que por uma benção dos céus, se encontrava em contato com a minha pele. Sempre que me permitia estes momentos, sentia o que era estar em paz por completo. Nos encontrávamos em um momento nosso, todavia, não estávamos sozinhos. Por todos os lados, ouvíamos vozes e os nossos momentos poderiam ser interrompidos por nossos amigos, que, na verdade, apenas queriam saber o que fazíamos juntos.

— Eu não sei você. – a sua voz me acalmou. — Acho que podemos fazer mais, não acha? – sorri com a sua confusão.

Park Jimin esticou o seu corpo ao lado do meu na pequena cama de solteiro em que nos encontrávamos. Pude ver o brilho dos seus olhos mesmo sem os encontrar e a sua respiração calma fez com que o meu coração batesse com calma e, ao mesmo tempo, com intensidade. Me sentia intenso e completo ao seu lado, será que ele sentia isso também? Respirei fundo de novo e inalei outro gole da sua perfeição antes de responder os seus questionamentos. Gostava do silêncio entre nós, era reconfortante.

— Por fazer mais, você diz se consumir mais? – não queria falar sobre isso.

Ele virou o seu rosto em minha direção e olhou em meus olhos. Eles brilhavam com intensidade, como os de uma criança. Park Jimin é o meu melhor amigo, o único que se atreve saber sobre mim e sobre os meus sentimentos. Até mesmo os sentimentos que eu não compartilho por medo de perder a sua presença. Ele era um bom amigo e em mim, muito mais do que isso. Não podíamos falar sobre isso, eu não podia me abrir assim ou acabaria com tudo o que ainda não tínhamos conquistado.

— Eu gosto do que fazemos e não penso que seja consumição. – respondeu. — Se sente diferente?

— Não. – murmurei. — Apenas acho que podemos ir devagar para chegar mais longe.

— Eu não entendo. – sussurrou enquanto me olhava.

— O que você não entende? – indaguei também em sussurro.

— Esses momentos entre nós. – tremi ao ouvir.

— São únicos. – sussurrei desviando o meu olhar.

— Sinto que são nossos. – sorri de canto. — No entanto, não consigo explicar.

— Também me sinto assim. – disse respirando fundo. — Todavia, eu não me atrevo a questionar, apenas aceito o que o tempo nos proporciona.

— Taehyung. – murmurou me fazendo arrepiar. — Olhe em meus olhos.

Sorri de canto e olhei em seus olhos encontrando carinho, eu me sentia bem. Em silêncio, ele segurou a minha mão esquerda e a ergueu, entrelaçando os nossos dedos uns aos outros. A luz do dia que iluminava o quarto tornou todo o momento em algo mágico e sem explicações. Senti a sua pele quente e suave tocar a minha e me arrepiei novamente, eu gostava tanto da sua presença. Se pudesse parar o tempo, era neste momento que tudo acabaria. Jimin tocava a minha pele com cuidado, despertando sentimentos proibidos.

— Eu gosto das suas mãos. – murmurou. — Elas são grandes e delirantes.

— Pois, eu gosto das tuas. – respondi as segurando. — Elas são pequenas e delicadas.

— Me questiono com frequência o que você pode fazer com estes longos dedos. – mordi os meus lábios ao ouvir. — Por acaso você pensa em mim assim?

— Eu penso em você o tempo todo. – sussurrei apertando a sua mão. — Me questiono se você pensa em mim com a mesma intensidade.

— Não penso em um homem que acha as minhas mãos bonitas. – sorri de canto. — Me sinto como um bebê.

— E é ruim se sentir como um bebê? – eu gostava da ideia de tê-lo como um bebê.

Park Jimin sorriu e roubou o meu coração, assim como todos os seus batimentos. Todos os momentos ao seu lado eram inexplicáveis. Em todos os momentos eu me sentia inacreditavelmente sortudo por estar do seu lado, apenas ouvindo a sua respiração perto da minha. Todos os sentimentos envoltos em nossos momentos eram bons e todo o amor que começava a sentir por ele era apenas indescritível. Porém, com toda a responsabilidade de ter o seu mundo em minhas mãos, eu me sentia ansioso.

Estava com muito medo de o perder no processo de encontro a felicidade. Em silêncio, ele soltou a minha mão e com cuidado passou por cima do meu corpo, saindo da cama de solteiro de um beliche onde nos encontrávamos. Dormíamos juntos e aos poucos não precisávamos do beliche, mas sim de uma cama de casal. Não queria assumir, mas gostaria de o ter como meu. Park Jimin caminhou em direção ao espelho e arranjou as suas roupas, que para mim, estavam perfeitas.

— Precisamos ir. – disse me olhando pelo espelho. — Não quero me atrasar.

— Sim. – disse me sentando na cama. — Não seria conveniente.

Park Jimin se virou e veio em minha direção, me olhando nos olhos. Ele parou em minha frente e o olhou para baixo, fazendo com que os nossos olhos se encontrassem em uma eternidade maior do que os nossos desejos podiam imaginar. Em silêncio, ele estendeu as suas mãos em minha direção e com um sorriso no rosto, esperou para que eu aceitasse o seu gesto de carinho. Segurei as suas mãos e me ergui, ficando cara a cara com a pessoa que mais gostava no mundo todo.

— Taehyungshi? – me sentia como um vulcão em erupção.

— Jiminshi? – retruquei lhe fazendo sorrir mais.

Tudo em si, despertava sentimentos bons em mim, assim como as minhas palavras despertaram algo de bom nele. Jimin era a perfeição daquilo que chamava de plenitude visto aos olhos do criador. Se havia uma semelhança entre os humanos e o criador, Park Jimin era a sua imagem perfeita. Aos poucos, ele seria o único que precisava ver isso, pois, todo o mundo sabia da sua perfeição e o amava muito por isso. Senti as suas mãos apertarem as minhas e isso me passou conforto.

— Eu te amo. 

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