Os três desejos

Talvez devesse chamar a polícia

- Okay... Normal, de boas... - Com essas palavras Baekhyun "respondeu" o tal gênio chamado Chanyeol, o menor ali tinha um vocabulário mais extenso pela enorme quantidade de livros que leu em sua curta vida de 22 anos, mas naquele momento palavras lhe faltavam para expressar sua vontade louca de correr para o quarto do irmão e dormir com ele, porque aquilo só poderia ser um pesadelo.

- Vai ficar me olhando com essa cara de cu? - "Tudo bom contigo?" O Byun pensou, que cara mais grosso, real oficial deveria ser uma pegadinha, quando assistiu Aladdin o gênio era engraçadinho sim, mas não tinha a boca podre não! - Vamos lá é fácil, tu faz três pididu, eu realizo e volto a dormir, belezoca? Falow? Fechou?

- Você não sabe falar direito ou veio com erro de fabricação? -  O que diabos aquele cara estava falando? Baekhyun estava ainda sentindo o impacto de tudo aquilo e ainda era obrigado a ter que fazer tradução simultânea de uma língua de maloqueiro? Se o tal de Park gênio Chanyeol falava assim... Como será que ele escrevia? Ele sabia escrever?!

- Para de me julgar tampinha de conjunto da Barbie! Agora faz os caralho dos pedidos. - Ele falou, bocejando e irritando o Byun que finalmente saiu da posição de lagartixa estatelada na parede.

- Considerando que sonhos são de fato estranhos. - Baekhyun saiu de sua posição e andou até o gênio sentando ao seu lado como se toda aquela situação fosse costumeira em sua vida e não tinha como aquele homem com cara de psicopata ter entrado no apartamento chique do irmão e estava ali para lhe matar, matar a família que dormia 'de boas' nos quartos próximos e levar todo o dinheiro alheio. - E considerando que sonhos são esquisitos e pegam uma coisa que aconteceu no dia para fazer um sonho louco e ruim, talvez eu tenha ido dormir pensando no aladdin porque minha cunhada falou sobre?

- Tu tá perguntando isso pra mim? - Baekhyun concordou e o gênio olhou para o teto por dois segundos, mas logo voltou a olhar para o Byun. - Mas tipo, quem tá sonhando? Eu, tu? Quem?

- Eu? - Chanyeol olhou para o Byun como se ele fosse idiota e de fato o próprio Byun estava se achando um idiota alí. - Você é só um personagem do meu sonho, que MEU cérebro resolveu criar, entendeu seu acéfalo? - Agora o gênio lhe olhou ofendido e Baekhyun se sentiu estranho, ele nunca havia xingado alguém antes, foi libertador. - Que foi?

- Eu não sei o que acéfalo se significa, mas tu me xingou e eu vou te meter um socão no meio da fuça! - O Park levantou o pulso e o Byun sorriu desafiando o gênio (botando a vida em risco), em sua cabeça aquilo era um sonho, e todo mundo sabe que em sonhos a gente não se machuca de verdade, a gente não sente dor e essas coisas. - Vai rindo e fica sem os dente da frente.

- Vai lá, me bate. - O Byun afrontoso 2.0 falou, estava brincando com algo sério e só percebeu a merda que disse quando sentiu um murro ser desferido em seu nariz. - AAAHH. - Ele gritou tão alto de dor que foi impossível não acordar as pessoas ali da casa. - Ai. - E agora ele estava chorando encolhido na cama enquanto o gênio olhava a cena se sentindo culpado, mas o pequeno polegar tinha lhe desafiado e ele não era um cara que você desafia e achando que vai ficar por isso mesmo, Chanyeol era um gênio de palavra.

- Hyunnie?! - BaekBeom entrou no quarto apressado indo até o irmão perguntando o que tinha acontecido de maneira preocupada e desesperada. - Ei maninho, não chora... Me deixa ver onde dói. - Pedia pra ver o rosto que o Byun mais novo escondia com as duas mãos, mas este apenas chorava dizendo que estava doendo e que fôra Chanyeol que fez aquilo. - Chanyeol? - BaekBeom olhou ao redor do quarto como se procura se por alguém, mas não tinha ninguém no quarto. - Baek o Chanyeol não tá aqui.

- Tá sim... - A voz saia abafada por ele ainda está segurando as mãos na frente do rosto. - Ele me deu um soco... No nariz. - O pequeno ainda chorava pela dor, mas com um pouco de insistência do irmão Baekhyun tirou a mão do rosto e deixou o irmão ver a bagunça que estava seu nariz, estava muito vermelho e o sangue escorria do nariz até a boca e escorria para o queixo.