06. kamikaze

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jongin tomou um banho prejudicial a natureza: demorou mais de 2 horas com o chuveiro ligado.

ele se sentiu bastante culpado e prometeu às entidades d'água que não voltaria a fazer aquilo, mesmo que, em seu ponto mais frustrado, estivesse colocando a culpa em kyungsoo, que no momento estava bastante entretido em seu próprio quarto, imaginando mil e uma maneiras de provocar o kim o bastante para lhe ter só jeito que queria.

havia um convite para jogar videogame no quarto de do, entretanto, mesmo que já o tivesse feito muitas e muitas vezes, agora, jongin não sabia muito bem no que poderia dar: ele e kyungsoo sozinhos... seus pensamentos curiosos sobre sexo iriam fugir por sua boca sem que ele pudesse controlar e isso era péssimo, pois o mais novo gostava de meninas (?)

ele enxugou o cabelo escuro com a toalha e procurou por uma boa roupa para ir até a casa de do, que não ficava nada longe da sua (quatro casas e um cachorro fofinho com o qual o kim sempre brincava quando andava por ali).

preparou-se e saiu de casa sentindo o frio das sete da noite fazer sua pele ficar arrepiada.

uma menina, sua vizinha mais próxima, estava na porta brigando com o namorado, mas assim que viu o kim, mudou de expressão e o rapaz, mesmo se curvando para cumprimentá-la, sabia quais eram suas intenções consigo. ela já havia mandado umas 10 mensagens bastante sugestivas, mas jongin não gostava de se meter nos relacionamentos alheios, de modo que sempre desconversava.

o menino ficou um tanto decepcionado ao não ver o cãozinho que provavelmente lhe tiraria alguma tensão do corpo e, então, respirando fundo, rezando para que alguma força maior conseguisse segurar sua língua, ele apertou o botão da campainha da casa de do.

um minuto depois a mãe dele estava ali.

“olá, sra. do.” jongin se curvou para a mulher.

“olá, jongin, seja bem vindo de novo!” a mulher lhe deu um tapinha no ombro, os olhos semelhantes aos do filho mais novo ficando grandes iguais ao dele. “kyung me disse que viria... como vão na escola? meu filho não virou um desleixado, né?”

“aniya, sra. do, o kyung é um ótimo aluno!” apesar de transar em lugares isolados, ele pensou e quis se bater.

“wa, que bom! vá até o quarto dele, está te esperando! ela apontou para o corredor que levará até o quarto do kyung e jongin se curvou uma última vez antes de começar a caminhar para o lugar, se sentindo um pouco melhor ao ver que o retrato que havia dado ao do em seu aniversário de 16 anos ainda estava exatamente onde ele havia colocado desde então, no pequeno rack negro, so lado de outras tantas fotos emolduradas de família.

lembrou-se que dentro daquele quarto havia ninguém mais que seu melhor amigo kyungsoo e que nenhuma transa devassa no chão do vestiário iria mudar isso. até porque, o ato sequer o incluía.

porém, a consciência de jongin se quebrou como um vidro indo contra o chão assim que, afobado pelas lembranças, girou a maçaneta da porta do quarto de do para o lado e viu o menino na mesma posição que tanto lhe atormentava: de quatro, só que dessa vez, sobre sua cama.

kyungsoo tinha o traseiro erguido de uma forma mais avantajada que seu tronco, praticamente empinado. sua bunda era grande, qualquer coisa ali iria parecer um. ataque de lordose.

jongin engoliu em seco umas dez vezes, estático, os olhos percorrendo desde os pézinhos descalços do amigo, até suas panturrilhas lisas que ligavam-se ao começo de suas coxas volumosas, que estavam guardadas dentro de um calção preto. mais para cima, a bunda do menino estava fazendo dois arcos perfeitos, marcada pelo tecido de cor, fazendo jongin imaginar coisas que não deveria.

nasty · kji + dks Onde histórias criam vida. Descubra agora