"FALA SORRISO!" Coutinho atendeu a ligação enquanto tentava destrancar a porta da sua casa. O mesmo acabava de chegar do treino quando Firmino o ligou. "Como você tá?"
"Tô bem cara, graças a Deus, e você?" A pergunta foi respondida por um rápido 'tô bem', deixando que Firmino continuasse a conversa. "Eu preciso dum favor seu, cara. Se não for te incomodar, e se puder, é claro!"
"Tranquilo, o que é?" Falou, agora já sentado confortavelmente no sofá e com os pés sobre a mesa de centro. O jogador não fazia ideia do que seu amigo e também companheiro de trabalho iria lhe pedir mas mesmo assim já pregava mentalmente espaço na sua 'agenda' para que pudesse fazer o que for que Firmino falasse.
"Você lembra da Maia, minha amiga? Ela está indo aí pra Munique em dois dias e como ela nunca foi pra Alemanha, eu queria saber se você pode pegar ela no aeroporto." Coutinho parou por um momento, ele lembrava dela. Não tinha nem como esquecer alguém como a Maia, mas o que aconteceu no Brasil há dois anos atrás com ela era um borrão na memória de Philippe. Bom nem tanto, porém para ele ninguém precisava saber disso. "Eu sei que ela pode muito bem só pegar um táxi e ir pro hotel mas eu vou ficar mais tranquilo se ela estiver com alguém conhecido."
"Firmino, pode ficar tranquilo que eu busco ela no aeroporto. Que horas que ela chega?" Philippe colocou o telefone no viva voz para que pudesse anotar as informações que tinha pedido.
Enquanto Firmino falava ele podia jurar que seu coração já tinha errado algumas batidas, era uma sensação um tanto quanto estranha pro moreno. Porém ele sabia que teria que ignorar mais uma vez esses sentimentos, por mais pequenos que fossem. Maia estava fora do seu alcance, já que a mesma estava namorando.
"Obrigado Phil, você sabe que eu trato a Maia como uma filha e saber que ela vai estar segura com alguém conhecido me tranquiliza!" Firmino não estava mentindo, ele sempre se esforçava para garantir que a Maia estivesse bem. "Tchau, fica com Deus."
