O Anjo da Guarda

Capítulo 5

Bruna e Maitê estavam dançando, ela finalmente parecia ter superado ele depois de uma semana, e ele finalmente parecia ter deixado ela em paz. Eu a observo do balcão, onde estou sentado em um dos bancos,no meio da multidão, alguém a pega pelo braço,e ela tenta se soltar mais não consegue.

_Me solta _ ela se vira para olhar quem estava apertando seu pulso.

_Não você é minha, vadia.

_Eduardo eu não sou mais sua namorada.

_Sua ridícula, parece uma puta com essa roupa e essa maquiagem,acha que vai arranjar o que aqui desse geito? Todos esses caras aqui só querem te ver nua na cama deles, a verdade é que a maioria dos caras são assim,mais eu não,eu me entreguei de corpo e alma pra você e o que você fez ?Acabou com tudo por causa da sua amiguinha,mais agora você vai vir comigo querendo ou não.

_ Eu não vou a lugar algum com você, não sou mais idiota.

Ela dá um tapa na cara dele. Ele fecha seus olhos com força e bufa como um boi raivoso, em seguida a encaram furiosamente, e sem pensar duas vezes ele revida com um soco. Maitê não estava esperando por isso, então não consegue recuperar o equilíbrio a tempo e acaba no chão. Eduardo nem dá tempo para que ela demonstre uma ração e ele continua a espanca-la repetitivamente além de lançar-lhe inúmeros chingamentos, debaixo dele ela se encole e grita para que ele pare mas ele apenas a ignora. Eu olho ao redor procurando por alguém que tenha iniciativa de ajuda-la,mais ninguém, absolutamente ninguém, faz nada, eles não dão a mínima pois estão todos bêbados e drogados.

_Solta ela.

Finalmente vejo Bruna,ela se aproxima e puxa o braço de Eduardo tentando impedir que ele continue a agredindo ,mas ele é bem mais forte que ela então sua tentativa foi inutil.Naquele instante eu sentia raiva, algo que um anjo nunca deveria sentir, aquele era um sentimento humano, nunca tinha sentido nada parecido antes. Sem pensar duas vezes procuro por um cara que esteja sóbrio e o único que encontro é o barman. Possuo seu corpo e parto para cima de Eduardo, o tiro de sima da Maitê e o jogo no chão.

_ Seu covarde _ Eu grito já em cima dele.
Eu estou com tanta raiva que nem sequer dou tempo para ele respirar e só paro quando percebo que não há mais nenhuma reação da parte dele.Seu rosto estava todo ensanguentado. Eu me levantei. Talvez ele apenas tivesse desmaiado.
Eu, como todos os outro em volta estava assustado.Maitê olhava pra mim com a mão na boca e os olhos arregalados cheios de lagrimas. Eu não aguentei a pressão dos olhares sobre mim. Deixei o corpo do barman, mas mesmo assim me sentia mal, eu estava completamente desolado,pois não podia acreditar que avia feito aquilo com as minhas próprias mãos.

_Você matou ele,sabe o que isso quer dizer?Que terá que pagar por isso.

Eu achei que alguém estava falando com o barmam mais na verdade estava falando comigo.

_Eu avisei pra sua amiga que você deveria ficar longe do Eduardo.

Seu olhar era de desprezo. Não era a minha intençao mata-lo. Eu caiu no chão de joelhos as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Os guardas pegam o barman pelo braço e eu também sinto duas mãos nos meus, que me obrigam a levantar.

_Não, por favor eu não queria mata-lo.

_Sim, mais matou, um inocente vai pagar por isso, mas você também vai,existia regras e você as quebrou.

A calma com que Miguel fala me assusta.

_Ela iria morrer se eu não intervise.

_Sinto muito regras são regras.

Como eles conseguem serem tão frios ? eu não poderia deixá-la para ser espancada até a morte.Eu reflito um pouco, percebendo que eu era tão cruel quanto o Eduardo ou até pior pois quem tinha matado uma pessoa era eu e não ele, eu sinto o gosto amargo da culpa, por mais que eu não gostasse de Eduardo, jamais desejei sua morte. Os arcanjos me levam para fora dali. O barmam estava do lado de fora da balada, ele está confuso e assustado, um policial colocava algemas em seu pulso.

_ Porque estão me prendendo?por favor não façam isso.

_ Pensa-se nisso antes de matar aquele jovem, você poderia ter sido o herói se tivesse chamado a polícia, justiça com as próprias mãos não é solução .

_ Eu m...matei alguém? Aí meu Deus eu j...jamais faria isso,por favor fala que isso é algum tipo de brincadeira de mal gosto.

_ Você está sobre efeito de drogas?

É tudo culpa minha, ele não merecia isso.