CAPÍTULO I

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*Quero deixar bem claro aqui que é o primeiro livro que tô levando a sério, também o primeiro de suspense, bom, me desculpem se ao invés de vocês ficarem curiosos acabarem rindo*
Boa leitura!<3

Era uma tarde fria e nublada, por volta das 19 horas; quando Theodore estava perto de deixar sua empresa e ir direto para casa. O homem estava arrumando sua papelada no momento em que Sadi adentra sua sala, que estava tomada pela escuridão.

Havia uma única e mísera fonte de luz: vindo direto do único computador ligado ali, caindo aos pedaços. O lugar tinha um ar rústico, com suas paredes envoltas em madeiras com um tom alaranjado e desgastado. Dava a impressão de estar em uma delegacia do interior.

"Só falta entrar aqui uma Joyce procurando pelo Chief Hopper, por causa de um filho desaparecido no lado obscuro do mundo" pensou Sadi, em um dos seus muitos devaneios.

-Veio aqui para falar de séries, senhorita Sady? - disse o velho Theo, surgindo das sombras em frente ao seu computador, logo indo em sua direção. - quanto tempo.

-Eu pensei alto demais ou por acaso você é o Professor Xavier?

Ele se aproximou mais, enquanto Sadi retrocedia.

Não aguentava mais.

-Posso ser o que você quiser, monamour. - disse, com o tom da voz baixa, grave e maliciosa, assim como o sorriso que havia em seu rosto.

Sady retrocedeu todo o pouco que havia andado naquela sala, deixando que facilmente Theo conseguisse colocar a garota contra a porta, tirando uma chave de seu bolso e logo trancando a porta, colocando no bolso novamente. Depositou longos beijos abaixo de seu lóbulo.

Os olhos dela mudaram. Já não era mais a mesma.

-Você pode mesmo ser o que eu quiser? - cochichou Sadi perto de sua orelha, próximo o suficiente para causar atrito entre sua boca carnuda e a orelha do velho advogado.

Sedutora é a carne,
maravilhosa suas sensações,
o seu pecado.
Faz-te sentir vivo
mesmo que esteja
lentamente
perdendo a vida,
entregue a morte.
Não te assusta,
ó, doce menina.
Gostoso é o sangue.
Sedutor.
Brilhante.
Reluz como seus lindos olhos,
que mata
o mais feroz,
dissipa o som mais alarmante
como se fosse o menor de todos
dentre a cadeia alimentar.

A garota sai dos braços do velho, empurrando-o até uma cadeira, colocando sua pequena bolsa na mesa e retirando seus sapatos, mordeu o canto da boca enquanto colocava seu olhar sedutor sobre o velho. Retirou seu casaco e começou a despir-se, com toda a calma e com todo um jogo corporal.

Não te assusta, pois
o pecado
leva
a morte
e não foi esse
teu último desejo?

Estava nua, bela e completamente admirável, era como se estivesse num palco com as luzes voltadas somente para si, estava dirigindo sua própria história, como bem entendesse, querendo surpreender cada vez mais seu público. Que, no momento, era formada por apenas uma pessoa.

E como ela amava surpreender!

Theo se encontrava apenas de cueca, sentado, ansioso, ereto e quase sem paciência.

A garota coloca um pano sobre seus olhos, vendando-o e ata suas mãos com duas cordas, amarrando na cadeira.

E senta no colo de Theo. Olha para o lado e... Ah! A peça final. Linda, reluzente.

-Sedutora, séria e ousada. Se eu não te reconhecesse mesmo vendado não saberia dizer quem é tu. - comenta Theo, de olhos abertos sob o pano tentando distinguir a silhueta de Sady.

-Eu não diria que sou a Sady, realmente. - respondeu em um tom baixo, calmo, suave.

-Então... Quem é tu?

Estás a olhar a faca
brilhante,
vistoso,
a reluzir teu doce rosto
afiada,
longa.
Como a língua de uma serpente;
o próprio veneno és tu.
Irresistível

-O próprio pecado.

A faca adentrou
a bolsa
de couro.
Guardando junto à ela
teu pecado,
teu desgosto,
teu sofrimento.
Nosso.

E saiu de lá, satisfeita.


Não me deixe fragmentarOnde histórias criam vida. Descubra agora