Capítulo 11.

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Durante a semana...

-Não irá participar da reunião familiar que meu filho esta fazendo la na piscina?
-Reunião?
-Ele convocou para que houvesse aproximadade entre a família.
-Eu não fiquei sabendo de nada mas estou indo para lá agora.Disse enquanto fechava a revista que estava lendo no sofá.

Kadu sempre quis que sua mãe se aproximasse de mim sem ter o ar de julgamento em seus olhos e palavras.A reunião parecia uma boa ideia e eu torço muito para Dona Branca gostar de mim para que na hora que a mentira viesse á tona o julgo fosse mais leve.

-Como conseguiu decorar sem que sua mãe e eu não percebessemos?
-Célia...Célia me ajudou!

Havia uma mesa de madeira decorada com pratos diversos feitos á base de frutas e uma jarra com drink.Tirei meu vestido feito com lenço e me sentei na borda da piscina de modo que Kadu ficou ao meu lado.

-Porque exatamente pediu mais duas semanas?.Perguntou ele mexendo no drink de um jeito sexy.
-Bom...Eu preciso sair daqui tendo um lugar para habitar...Como se minha vida estivesse planejada se isso aqui desse errado como irá dar.
-Você ainda se lembra que quando casou comigo passou a ter metade da minha herança e que se quiser comprar um condomínio inteiro,tu pode?!
-Esse dinheiro está encaminhado para outras coisas...
-Quer saber?...Eu tenho um apê perto da sua antiga casa,faz parte da herança também,agora ele é seu...Assim vai poder ter uma comunicação boa com os seus pais de volta.

Célia nos oferece uns petiscos...

-Porque nunca tira esse anel do dedo,tem algum valor sentimental?
-Sim Lena...Meu pai me deu antes de ir embora,disse que era do meu avô e que era o anel do super herói e que eu nao podia tira-lo se não minha coragem sumiria.
-E funcionou?
-Todas as vezes que um obstáculo me parece inalcançável,eu olho o anel e parece que vejo o meu pai me dizendo "Um cavalo de corrida sabe que ao abrir o portãozinho,muitos obstáculos irão ser enfrentados mas ele foi treinado para chegar na linha final e quem o conduz quer o mesmo então ele simplesmente corre sem olhar para trás e pula todos que aparecerão pois seu desejo de vencer é maior do que o de desistir".
-Uau!...Quando eu era menina ainda,meu pai me presenteou com um colar com um pingente de borboleta e disse que eu era uma borboleta.
-Uma borboleta?
-Sim...Que como ela,eu também iria conhecer coisas novas e me desenvolver e que tudo bem se eu me isolasse no meu quarto depois de conhecer essas coisas novas pois meu quarto era o casulo e ali eu iria passar por mudanças, algumas lentas e fáceis outras rápidas e difíceis mas chegaria o tempo que eu finalmente sairia do casulo e voaria livre como uma borboleta pronta para mostrar ao mundo minha beleza rara.
-E cadê o colar?
-Eu perdi em uma viagem que fiz com eles.Meu pai disse que um dono de bar achou ele na areia da praia e tentou correr atrás dos meus pais para devolver mas era tarde demais.
-E como seu pai sabe disso?
-Whatsapp meu querido.O dono do hotel passou o contato do meu pai para ele.
-Aaa verdade,estou pensando como alguém do século 19.

Nós dois rimos...

-Olha lá Célia como eles se divertem juntos.
-É Dona Branca...Não é querendo desrespeita-la mas acho que a senhora poderia dar uma chance para a moça.
-Às vezes eu penso que meu filho não estava a procura da mulher perfeita mas sim daquela que poderia despertar nele o melhor lado.
-Foi muito difícil ele esquecer aquela americana Dona Branca e agora parece estar feliz denovo.
-Lamento em dizer mas tenho que concordar com você.

-Olá filho e a esposa dele,o drink é de que?
-Yakult com suco de laranja mamãe!
-Pois Célia me traga um porfavor!

E assim passamos a tarde toda daquele dia...Tomando drinks e jogando conversa fora.
A única coisa que nos interrompeu foi a visita fo advogado,que fez a vistoria e constou realmente que Guilherme era casado comigo e então o mesmo assinou e passou a possuir toda a herança.
Era noite,jantamos e cada um para o seu quarto pois no outro dia iríamos todos para um concerto a tarde à pedido da minha querida falsa sogra.

                      03:40
- Você ouviu um barulho estranho aqui no quarto ao lado.Disse em tom baixo para Kadu que estava dormindo no colchão ao lado da minha cama.
-Eu super acho que são vozes do além falando para tu voltar a dormir Helena.

Fui até a parede para ouvir melhor...

-É sua mãe Kadu!!!
-Mamãe??

Peguei o roupão de dormir e fui até o quarto dela.Chegando me deparei com ela desesperada abaixada no chão.

-MAMÃE!
-Oque ela tem Kadu?
-Parece uma crise de asma,tente achar a bombinha,rápido!

Procurei nas gavetas,no guarda roupa,nas bolsas,no banheiro e nada...

-Nada?
-Nada.
-Procura no banheiro de baixo e se nao achar,consulte Célia.

Desci as escadas correndo e mexi em tudo no banheiro mas nada da bombinha.Fui até o quarto de Célia.

-Célia,a rabugenta está tendo uma crise de asma,não estou achando a bombinha.
-Não tem senhora...Márcia limpou a casa toda e jogou a última fora.

-Helena mais dois minutos e mamãe perde o ar!

-E agora senhora??
-Mel.
-Mel?
-Isso pega mel e um pano limpo para mim e leve la em cima.

Subi as escadas tão rápido que flash perderia o emprego rapidinho para mim.

-Kadu deita ela na cama.
-A bombinha?
-A bombinha?
-É a bombinha cara,da ela.
-Deita ela.
-Porque?
-Só deita sua mãe na cama,ela está há um minuto e meio para morrer,só faz oque eu mandar caramba.
-Ok,beleza.

Célia trouxe as coisas,então derramei bastante mel no pano e mandei ela respirar fundo.

                           ...

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