ASYLUM • taejin

Paciente 023

Seokjin perdera as contas de quantas xícaras de café tomara desde que o despertador começou a apitar. O moreno não conseguira ter uma noite de sono tranquila, como gostaria, depois do telefonema. 

Levantou o olhar e faltava exatamente dez minutos para dar o horário de sair de casa rumo à clínica. Levantou-se da cadeira e pegou a maleta que estava sobre o sofá, decidido a ir mais cedo ao trabalho. 

O trânsito estava calmo, sem muitos carros circulando pelas ruas, assim como também nas vias principais da cidade, contribuindo para que Seokjin concluísse o trajeto bem mais rápido que costumava a fazer.

Ao chegar na clínica e passar o cartão de ID é surpreendido por uma enfermeira:

— Parece que is deuses me escutaram em fazer você chegar meus cedo. — havia um embargo de preocupação no tom de voz da jovem. — Eu já estava prestes a te ligar.

— O que aconteceu Srta. Parker? — Seokjin pergunta não entendendo tamanha euforia da enfermeira.

— O paciente 023 está tendo comportamentos estranhos há uns dez minutos. 

— Que estranho, faz tempo em que houve uma melhora no quadro dele, tanto que ele receberia alta hoje. — Seokjin responde.

— Exatamente, ontem na hora em que passamos em todos os quartos para conferir os pacientes, ele estava ótimo. 

— Vamos, quero ver como ele está. — o mais velho comenta, sendo assim ambos caminham em direção ao bloco seguinte, estes onde residem pacientes com quadro médio. 

Ao chegarem em frente ao quarto, Seokjin faz sinal para Parker aguardar no lado externo ao quarto, assim o obedecendo, o mais alto adentra o dormitório.

— Samuel?

Samuel An Sanders: diagnosticado com transtorno psicológico, faz tratamento desde os 16 anos. Fora internado aos 18 anos, hoje, com 22 por conta da melhora no seu quadro, o jovem receberia alta da clínica e estaria apto a conviver fora da clínica como uma pessoa comum.

No entanto, tudo estava diferente.

Samuel estava sentado de costas para Seokjin, o jovem estava sentado segurando as pernas e balançava na cadeira.

O barulho de seu queixo batendo fazia um som estridente, sua pupila estava dilatada, olheiras aparente e cabelos despenteado.

Um Samuel totalmente diferente do dia anterior quando viera o ver antes de ir pra casa.

— Ele me visitou e disse que você o abandonou... — Samuel disse assim que percebera a presença de Seokjin no quarto. — Ele disse que o lugar onde está é frio e escuro, como você pode o deixar lá? Ele está tão triste.

Seokjin engolira em seco, não sabia a quem Samuel estava se referindo.

— Ele é o Peter? — Seokjin se aproxima, prestes a depositar sua mão sobre o ombro do mais novo.

Peter era o amigo imaginário que Samuel criara quando este se sentia sozinho.

Antes que sua mão pousasse no ombro alheio, Samuel a segura e o olha fixamente nos olhos.

— Ele não falou seu nome, porque se ele dissesse ele iria acordar o... — Samuel parou de falar, voltando a olhar fixamente para o chão e a balançar seu corpo. — Mas eu pedi pra ele apenas mexer a boca pronunciando o seu nome.

— E como foi o pronunciamento? — Seokjin Pergunta e se ajoelha em seguida, bem em frente ao mais jovem.

Samuel mexe os lábios assim como fora pedido, Seokjin tenta fazer uma leitura labial.