DORMINDO COM O INIMIGO - 2 série de Promete me amar

Resolvendo os problemas

Luz

  Eu odeio a minha família, eu odeio a minha mãe, eu odeio o meu pai!!!
— tomara que vocês morram..!— grito para eles ouvirem
— o que deu em você, Luz?, Tá usando drogas outra vez?– Enzo pergunta vindo atrás de mim
— por quê você disse aquilo pra Vick, porquê?!!!
— não me enche o saco, seu idiota. Eu odeio essa família, e eu juro que vocês nunca mais  ouvirão falar de mim— entro no táxi que tava parado de frente à casa do meu tio deixando eles pra trás.
Minha vida acabou, eu quero morrer!!!
Ricardo nunca tinha encostado um dedo em mim, e hoje....logo hoje que mais preciso dele ele fez isso comigo, eu odeio esse homem que se diz ser meu pai.

Vick
— então você sabia de tudo? — papai pergunta assim que termino de contar para ele o que aconteceu. Apenas me limito a abanar a cabeça — Vamos para casa
— você não está em condições de conduzir Ricardo — tio Gui fala pra ele, tome um calmante enquanto eu chamo o motorista de vocês para vir pegar vocês
— eu estou bem. Papai fala mantendo a calma. Onde está a sua mãe? Ela não ficou de passar o dia com vocês ?
— ela soube de tudo e decidiu sair para respirar
— coitada da minha baixinha — papai assenta e passa as mãos na cabeça— Gui, por favor ligue para mamãe e avise que as meninas só voltarão pra casa amanhã à tarde
— tudo bem
— agora, você Vitória e os rapazes vamos para casa, a mãe de vocês precisa de nós.
Fomos para casa com o motorista tal como o tio Gui sugeriu, fomos o caminho todo em silêncio, papai apenas ligou os auriculares e fechou os olhos, já os rapazes pareciam não acreditar no que aconteceu
Chegamos e a casa estava totalmente vazia.
— eu vou procurar a mãe de vocês
— e nós vamos tomar um banho.
Luz

—  obrigada por me receber
— e o que você pretende fazer agora?
— não sei, no momento quero apenas sumir
— e que tal você passar alguns dias aqui? Minha mãe adora você
— eu não acho boa ideia... Eu.....eu não posso viver com outras pessoas — falo com pesar, só de pensar que corro o risco de contaminar o Samuel e a sua família com esta doença me dói o coração
— quê isso!? Descanse que nós ficaremos bem. Agora tome um banho que amanhã à gente conversa e você me conta o que realmente tá acontecendo.
Agradeço muito e faço o que ele diz.
Vick
— Vick....oi? Podemos entrar? — os rapazes falam da porta
— ah, sim — digo e limpo o rosto
— vai ficar tudo bem — eles me abraçam— você vai ver só, nós vamos superar isso juntos, nós sempre superamos.
— é que... bom, dessa vez é diferente, eu não sei se será como sempre
— você lembra quando você partiu a perna e por isso teve que parar o bellet? — confirmo com a cabeça — e o Doutor disse que você corria o risco de nunca mais voltar a andar!? Nós ficamos unidos, porque o seu problema se tornou o nosso problema, bom... infelizmente você não voltou pra dança, mas voltou andar sem ajuda de aparelhos.
— isso é diferente
— sim, é, mas não significa que a luta da Luz, não seja a nossa luta. Ela tá passando por uma barra bastante pesada, mas com a nossa ajuda, com a nossa união, ela vai superar tudo isso de cabeça erguida, e você vai estar lá abraçando ela como sempre fez.
— isso se ela não tiver nojo de mim né — falo com tristeza e uma lágrima cai
— não diga isso, meu amor — papai surge na porta nos surpreendendo e vem em nossa direcção — você não pode deixar que as palavras daquela inconsequente da Luz afetem você, seu nome é Victória, então vença essa por nós. Eu te amo tanto meu amor. — ele me recolhe em seus braços e me fecha em um abraço bastante confortável — também amo vocês kkkkk — amplia o abraço para Hugo e Enzo. Conversamos mais e papai nos disse que tudo ficará bem e que não podemos deixar nos levar pelos problemas.
Depois deles saírem do meu quarto aproveitei tomar um banho e dormir.
Luz
 
  — boa noite — falo assim que adentro na sala e vejo Samuel sentado ao lado da mãe
— ainda bem que você acordou querida, está melhor ? — tia Débora pergunta preocupada
— estou sim. Obrigada — digo e sento.
— ainda bem, vou aquecer a sua comida, volto já — ela sai me deixando com o Sam
— seu irmão ligou perguntando se estás aqui
— tu não contas-te né ?
— não, respeito a sua decisão de se afastar para refletir, mas se sua mãe ligar eu vou contar
— não te preocupes, eu já não tenho mãe — falo e uma lágrima escapa — ela me odeia
— não diga isso de sua mãe, nenhuma mãe odeia o seu filho — tia Deb fala nos surpreendendo — não sei o que aconteceu, mas tenho a certeza que ela só precisa de um tempo
— ela se afastou de mim assim que soube de tudo, ela nem perguntou como eu me sentia. Eu sou a maior vítima de tudo!
— tudo bem, não vamos brigar, você veio aqui para descansar e não para ser julgada, agora coma que depois a gente conversa.
Concordei, comi com bastante dificuldade, não foi fácil segurar o enjoo.

Vick
— filha você precisa comer — mamãe me fala passando as mãos em meus cabelos — não quero ver você doente sem falar que já é magrela demais — diz sorrindo
— hhh e a senhora adora tirar sarro do meu esqueleto — falo sorrindo por perceber que ela está melhor — vou descer daqui a cinco minutos
— eu espero por você — ela fala e eu me levanto e caminho em direção ao banheiro para lavar o rosto.
— o que é o jantar? — pergunto do banheiro
— não grite — ela fala ao pé de mim me assustando
— quer me matar de susto? — coloco à mão sobre o peito
— não, você é tão linda filha — ela fala e me abraça, acho estranho — eu, sei pai e seus irmãos amamos você acima de tudo.
Apenas deixo as lágrimas caírem diante deste acto. Saímos do quarto e fomos jantar.

Luz
   — então é isso— eu termino de  contar tudo e tia Deb, olha para mim estupefacta
— então quer dizer que está grávida e doente? — concordo — sinto muito querida, mas eu não posso abrigar você aqui nesse estado, você é menor e se acontecer algo com você a responsabilidade recairá toda sobre mim. Não entenda mau, por favor, é que ficar com você nesse estado não é o mais adequado para mim. Você precisa de sua família agora.
— por favor mãe, não faça isso — Sam, intercepta por mim
— não faz mal, eu compreendo a senhora, desculpa por causar constrangimento e transtorno para vocês.
Falo levantando. Obrigada por me ajudar, estou melhor agora.
— você não vai sair uma hora dessas— ela fala preocupada — passe a noite aqui que amanhã eu falo com os seus pais
— não precisa, ainda tá cedo são 8h da noite, tá bom ainda pra ir pra casa, obrigada por me receber em sua casa.
— mas menina, pra onde você vai uma hora dessas? Deixe de ser Moleca e passe a noite aqui que amanhã eu falo com seus pais.
— sim tia Débora— acabo aceitando .
— muito bom, agora me dê o número de seus pais que eu ligarei para eles nas primeiras horas.
Dou o número e ela se despede de nós deixando recomendação para dormirmos cedo e tal