Expressões: Fibras que se conectam. || NamJin • Yoonmin • Taekook

Realidades paralelas.

Olá pessoal, essa fic eu escrevi em outra plataforma e decidi trazer para o wattpad. Minha primeira fic longa , espero que gostem >. <

Namjoon ver.

O processo de sair de um sonho e acordar é algo quase imperceptível para nós. Fazemos todos os dias e nunca nos questionamos o como isso deve acontecer, devem existir inúmeros estudos científicos sobre isso. Talvez não, mas a questão é: e quando dormimos mais do que deveríamos? Quando se passa dias, semanas, meses ou até mesmo anos e ainda continuamos dormindo? Como iremos saber se estamos em mais uma etapa do sonho ou da vida real? Com a perda dessa percepção do que é real, fica difícil de pensar nisso.

Nesses meus sonhos, às vezes eu estou na minha antiga casa, a qual morava junto com meus pais. Às vezes na minha casa atual, no meu trabalho, na minha escola, enfim, eu sempre estou em lugares aos quais já conheci ou vivi uma boa parte da minha vida. Como se fosse um resquício das minhas lembranças, como se eu estivesse fadado a viver as mesmas  várias e várias vezes. A única coisa incomum nisso tudo é aquele moreno que começou a aparecer recentemente neles. Um homem alto e incrivelmente lindo, mas ele está tão distante que nunca consigo falar com ele. Quanto mais eu me aproximo, mais o caminho entre nós se torna maior. Como se fosse um corredor sem fim.

A única diferença desse dia de hoje é que a sensação de estar acordado é maior ainda, como se eu estivesse realmente acordado! Desta vez estou em um lugar diferente dos quais eu já estive. Estou em um hospital e o barulho dos aparelhos são ensurdecedores. Por algum motivo eu procuro o botão para chamar a enfermeira, o médico, qualquer um que pudesse me tirar dessa cama como se aquilo fosse realmente acontecer. Eu espero pacientemente durante um tempo, e eu acho ter sido entre uma ou duas horas intermináveis. Percebo que ninguém vem ao meu chamado, como esperado. Então eu mesmo vou tirando tudo que me prendia naquela cama, todos aqueles fios que me ligavam àquelas máquinas.

Aquilo, pela primeira, vez estava me assustando, como se eu não pudesse controlar. Na hora em que eu pisei no chão meu corpo inteiro tremeu como se eu não soubesse mais andar. Por um momento eu fiquei sentado olhando minhas pernas até tomar coragem e me levantar novamente. Elas ainda estavam fracas mas conseguiam me manter firme, cada passo era como se fosse uma luta. Saí do quarto do hospital e não vi ninguém nos corredores. Comecei a me apoiar na parede com a dificuldade que eu estava de andar “Alguém me ajuda!”. Eu gritava em vão. Sabia que ninguém iria me ouvir, eu apenas queria chorar, mas eu não iria fazer isso, teria de ser forte.

 Não havia ninguém no hospital, quando cheguei na recepção eu vi a porta da saída do hospital. E minha única vontade era de sair dali o mais rápido possível. E era exatamente o que eu iria fazer. Quando saí a luz forte e brilhante do sol me cegou por uns segundos, fiquei parado ali onde eu estava, até meus olhos se acostumarem com a claridade. Olhei em volta para descobrir onde eu estava – National Health Insurance Service Ilsan Hospital – aquele hospital era da minha cidade natal, lembro dele porque foi aqui que fui levado quando sofri acidente de carro com meu pai.

Então eu estava sonhando, claro.

Aquilo tudo estava muito estranho. Eu conseguia perceber o quão real aquilo era, eu até estava sentindo... fome. Não poderia ser, aquilo era loucura. Fora de cogitação! Comecei a caminhar pelas ruas procurando alguma loja de conveniências que pudesse ter alguma coisa para comer. Encontrei uma em um posto de gasolina, fui até lá e comecei a ver o que eu queria comer, havia salgadinhos, doces, refrigerantes, coisas que teriam em qualquer loja de conveniências. Vi um salgadinho de batatas e decidi pegar ele, quando toquei no saco minha mão passou como se eu fosse um fantasma dos filmes que eu assistia.