Capítulo nove

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(Sugiro ouvir esse capítulo com a musica "One, two, three")

"Na esperança de dias melhores. Conte um, dois, três"

estava eu, pendurada nas costas de Kim Taehyung, com os braços na frente de meu rosto, na intenção de escondê-lo e o coração pulando no peito como um maldito idiota. Estranhei a sensação que me proporciou nossa repentina aproximação e, além disso, nem o conhecia direito, o que tornava tudo ainda mais constrangedor, Taehyung, por sua vez, não parecia nem minimamente incomodado por ter 60kg em suas costas, inclusive caminhava pelos corredores como um rei que acabara de conquistar um grande prêmio.

Taehyung tinha cheiro de melancia e eu o estranhei muito (novamente), mas não me contive e me aproximei mais de seu pescoço, o cheiro parecia estar concentrado bem naquele belo e convidativo local, respirei fundo ali e percebi o garoto se arrepiar e sorrir um pouco. Droga! Ele percebeu o que eu havia feito!

Me afastei rapidamente, o que o fez sorrir ainda mais, e procurei outro lugar para concentrar meu olhar (e meus pensamentos), completamente constrangida por ser percebida em meu estranho ato. Se alguém me perguntasse o porque de eu ter feito o que fiz, com toda certeza, não saberia responder.

Não posso negar que senti algo estranho se remexer em meu ventre quando vi aquele pervertido sorriso sair daqueles carnudos e macios lábios, algo como excitação. Talvez isso se deva pela forma como ele fazia um gostoso carinho em minhas coxas, as segurava firmemente e, de vez em quando parava de andar apenas para me observar, em soslaio, de forma preocupada. Seus atos apenas me faziam questionar do porque de eu sentir o que sentia apenas com seus pequenos, porem ''calculados'', toques, que me faziam queimar de dentro para fora. Sim, as reações que Kim taehyung me proporcionava eram algo inexplicável.

Ignorei os malditos pensamentos quando percebi que havíamos chegado na sala. Taehyung soltou de um dos lados de minhas coxas apenas para abrir a pesada porta e caminhou lentamente ate o meio da grande sala ao nosso redor, me fazendo pensar que o mesmo queria prolongar o momento em que estávamos, mas esse pensamento foi embora quando ele me soltou rapidamente no chão, logo me encarando como se o amanhã não existisse, desviei o olhar constrangida e tratei de procurar um lugar para sentar. sentei no lugar mais próximo que achei, ate porque minha perna não me deixava ir muito longe e reclamava a cada passo que eu dava.

- Deveria ir num médico, anjo. Se precisar eu posso até te levar em um próximo daqui. - Tae se pronunciou olhando preocupado para minha perna e me dando a mão para que eu pudesse me sentar com mais facilidade. Ele parecia realmente preocupado.

- Obrigado. De verdade, mas não precisa, você até me trouxe nas costas, então não precisa fazer absolutamente mais nada. - sorri e ele me acompanhou de forma contida. É claro, aquilo nem era algo para sorrir, afinal ele tinha acabado de servir de cavalo para alguém, obviamente que ele estava um pouco constrangido, não é mesmo?

- Na verdade, eu realmente não me sinto estranho com você em cima de mim e não, eu não me senti envergonhado por todo mundo ter me visto te levar nas costas, na verdade, faria de novo sem pensar duas vezes, anjo. - sorriu de um jeito esquisito e eu apenas o observei se sentar na cadeira ao meu lado, sem palavras. Como aquilo saía de sua boca com tanta facilidade? Taehyung observou o teto por um tempo, mas logo seu olhar foi parar em mim novamente, com uma especie de imã. Nós continuamos a nos encarar.

Sentia seu olhar ir de meus olhos para minha boca com tanta facilidade, que eu perguntei, por um momento, se ele não estava hipnotizado.

- bom... Na verdade, eu tenho uma coisa para te perguntar... o que você acha... de, neste final de semana, nós dois... - sua frase foi interrompida com barulho da porta batendo, por mais que não tivessem realmente batido a porta, fez com que Taehyung parasse para observar quem quer que estivesse ali com uma mistura de vergonha com decepção. Admito que não entendi.

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