lost boy | jikook

[🥀] - 마흔넷

"É assim que funciona. Você espera. Você se recolhe. E então... você desperta para a vida"

Jimin pensou muito no dia seguinte, se concentrou no primeiro dia de trabalho, mas também na pergunta que sua mente não parava de produzir: "Quando eu vou ligar para Jungkook?"

Ai final da tarde ficou aliviado em saber que hoje não teria aula graças a semana de provas concluída, chegou em casa com pressa querendo conversar com Yejin.

A loira estava no sofá, escutando música clássica e acariciando sua barriga. Jimin percebeu que ela ficava mais sensível em momentos como aquele.

— O que tá fazendo? — perguntou indo até ela, tinha se acostumado com a rotina de grávida, consultas no médico, escolher roupa de bebê e era estranho como a loira deixava as coisas que Jimin odiava ficarem legais.

— Dizem que é bom ouvir música, eu também li o seu livro do Pequeno Príncipe para ela.— explicou, Park abaixa e observa a barriga enorme que ela tinha, e ele gostava de medir sua polegada minúscula em toda a extensão.— Ei, olha o que eu fiz para a Nari! — aponta para um álbum grande na mesinha de centro.

— O que é?

— Meio que uma retrospectiva desde o momento em que descobri que estava grávida, sobrou umas folhas que eu quero colocar as primeiras fotos dela e também da mãozinha dela unida com a minha! — ela abre a pasta de fotos e então Park observa.

Yejin era graciosa em certos aspectos, o álbum tinha um pouco de canetinhas e anotações sobre o dia, sem contar as fotos muito bem tiradas.

A primeira foi do teste de gravidez, depois ela e o namorado, logo em seguida várias fotos engraçadas de momentos cômicos.

— Que merda é essa? — ele aponta para o quarto mês onde tem várias fotos dele encostado no balcão do bar, ou na escada, ou na cadeira do tatuador, todas com os olhos vermelhos e uma garrafa de cerveja na mão.

— Foi o dia em que nos conhecemos, eu tinha que por no álbum!

— Arranca isso! — tentou, mas ela o impediu.

— Você é o padrinho, tem que mostrar quando e como aconteceu.— deu de ombros virando as páginas, a partir dali a maioria das fotos eram com Jimin, ou na praia, ou no mercado, ou na loja de bebês.

— É um álbum lindo, mas são histórias que você mesma deveria contar.— ele ri lendo as anotações fofas que deixava para a filha, Nari iria amar aquilo com certeza.

— É bom ter algo material! — ela faz um som engraçado com a voz.

— Falando nisso... Tem um Fiat 500 estacionado ali na frente, devemos reclamar? — foi tirando os sapatos e caminhou até a cozinha pegar suco.

— O vermelhinho? — ela diz tentando olhar pela janela.

— É.

— É meu. Eu comprei.— por um segundo Jimin cuspiu o líquido da boca.

— Mas você não tem carteira de motorista, louca! — começou a limpar a bagunça que fez no chão.

— Tem razão, não tenho, mas você tem.

— Legal, então você pega seu dinheirinho e compra um carro para me fazer de chofer? — colocou a mão na cintura incrédulo.