A caneta deslizou sobre o papel suavemente. Lisa já havia acabado de ler seu livro, decidiu então continuar um dos raps que havia começado há algum tempo e simplesmente parado, bloqueio criativo. Sim, a ruivinha escrevia músicas. Ela tinha muitos sentimentos e pensamentos para simplesmente permanecerem em sua cabeça, mas ela nunca soube como expressá-los em palavras, isso até começar a criar versos com as milhares de coisas que passavam pela sua mente incansável.
A mãe de Lalisa costumava dizer que ela tinha uma mente muito bonita, mas geralmente preferia guardar para si. Ela lhe disse uma vez, e Lisa guarda tal conselho até hoje, para que procurasse por uma mente tão bonita como a dela, não por um rosto bonito, pois ele um dia iria decair, a mente, porém, permaneceria sempre lá, fazendo-a se apaixonar todos os dias como se fosse a primeira vez. E alguém com essa capacidade, nenhuma beleza pode superar.
Lalisa voltou a realidade como um choque, ela realmente costumava se perder muito em sua própria dimensão. Observou como Jisoo, em desespero, tentava limpar o café da jaqueta de um homem mal-humorado, embora ela apenas estivesse espalhando-o mais. Jisoo era possuidora de uma aura amigavelmente atrativa e parecia carregar consigo sua própria luz, como a estrela mais linda, mas com toda certeza, não é nada eficiente em sua função, era um verdadeiro milagre não ter sido dispensada ainda.
Um barulho de zíper abrindo rapidamente chamou sua atenção para a sua frente. Uma senhora, visivelmente fina abria sua bolsa de prada no balcão. Ela parecia reclamar com uma bela morena, que tinha os olhos arregalados e parecia entrar em conflito consigo mesma, discutir com a senhora obviamente a faria perder o emprego, mas isso valia ser humilhada?
Por algum impulso, desconhecido pela tailandesa, sentiu vontade de ajudar a garota. Não sabia se era pelo seu semblante assustado, se era pela sua aparência misteriosamente atraente, ou se pelo simples fato de que seu rosto era desconhecido por Lisa. E Lisa conhecia todos os rostos do estabelecimento, ou ao menos era o que acreditava.
A tailandesa aproximou-se, seus passos carregando sua graciosidade característica, tocando o ombro da senhora de cabelos brancos e curtos, penteados impecavelmente e vestida com casaco de pele, de forma receosa.
"Sra. La Fontaine?" Manoban chamou calmamente, vendo a senhora francesa virar seu rosto furiosamente. No entanto, sua expressão suavizou ao ver o rosto de Lisa.
"Srta. Manoban," A mulher exclamou, receptiva. Regina LaFontaine não era de todo uma dondoca, era gentil e refinada, porém facilmente irritável quando seus planos não saem como o planejado.
"Está tudo bem?" Lisa tentou sorrir para a mulher quando, na verdade, gostaria de estar analisando o rosto ainda desconhecido.
"Sim, sim, claro," Apressou-se em dizer a mulher mais velha, logo completando: "Apenas um imprevisto. Terei que encontrar outra pessoa para cuidar das crianças na noite de domingo, Rosé estará ocupada," Após a informação, La Fontaine bufou, claramente frustrada. Faltavam cinco dias para o domingo, mas La Fontaine era muito exigente quanto a quem contrataria para cuidar de seus netos.
Rosé. Era o nome da morena, supôs Lisa. E mesmo sendo ridículo, o verdadeiro questionamento de Lalisa foi: que pessoa normal está ocupada em um domingo? Domingo é dia de não se levantar da cama e ficar assistindo a Netflix com bastante brigadeiro.
"Oh, eu posso ficar com elas. Se for de seu agrado, claro," Seus castanhos correram do rosto da senhora para a morena, que observava o diálogo, encontrando-se com seu olhar. E por mais clichê que fosse parecer, houve algo como um choque com o contato. Como quando energia positiva e negativa se encontram. Como sol e lua. Como um eclipse. Sim, algo como um eclipse visual. Está lendo muitos romances, Lisa, invista menos em John Green.
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garota da cafeteria┋chaelisa. blackpink.
Fanfiction⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀{ on going } ─ lalisa adorava sua rotina, especialmente quando sentava-se todos os dias em sua cafeteria favorita para ler um livro acompanhada de seu grande parceiro: café. tão concentrada em sua rotina, nunca notou os olhos castanhos c...