Minha dançarina

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        Mike acordou com os raios de Sol adentrando seu  quarto  e  indo em di- reção ao seu rosto.

      - Que droga! -disse com a voz rouca e logo em seguida bufou, devido ao so- no. Seu cansaço era  evidente, olheiras profundas,   pele     pálida      e      olhos vermelhos. Se o  vissem  assim  a  anos atrás,    diriam      que   havia   fumado novamente. Ele  tinha  que   ter  forças para levantar da cama  e  ir  trabalhar. Para  conseguir    pagar   o  aluguel  do apartamento  que   tanto   suava   para pagar em dia. Morava  sozinho e tinha que se sustentar.
       Algo acendeu em sua cabeça que o fez  levantar  da  cama  em   um   pulo. Lembrou que é sexta, ou seja, é dia em que ele, Harvey, Louis,Jessica e Donna se reunem e  pedem  uma pizza de um famoso  restaurante  para  comemorar a   vitória  dos  casos  da  semana. Mas, não   é por   esse  motivo  que  ele  está animado. Na    verdade,  esse    motivo também  está  incluído  na sua  anima- ção, afinal, não  é  todo dia que  ele co- me     pizza. O    principal    motivo    se chama: Rachel. Ela  é  encarregada  de entregar pizzas. E por ironia  do desti-
no, toda  sexta ela realiza uma entrega para a Pearson Specter Litt.

        Toda   sexta   era  a  mesma  coisa; flertes,cantadas,mas nada funcionava. Chegava a ficar  frustrado, sempre  foi bom em conquistar garotas.Pelo visto, esse  é  novo  tipo  de  garota. Contudo, isso é o que mais atraía Mike.

         Acordou de seu  transe  com  uma mensagem do Harvey:

Sem sentimento(Harvey)
Está atrasado. Preciso de você
no meu escritório 'pra ontem.

         Às vezes  o  Harvey   parece   uma menina com TPM. Colocou seu    terno apressurado  e  bebeu   seu  café. Já  se preparando para a repreensão que irá levar.Ele não tem culpa que ficou qua- se   15   minutos   pensando  em  novas cantadas.
                                     . . .
      - Sabe, o  livro da  Donna  diz que o Harvey  não   gosta  de   atrasos. - disse Donna se referindo ao Mike.
      - Bom    dia   para    você    também, Donna. -disse sarcástico e adentrou na sala se Harvey.
      - Está atrasado. Eu  até ia te dar um sermão, mas   temos   que  ir  ao  julga- mento. - ditou Harvey com tom de voz autoritário.
      - Eu sei.
      - Como sabe  disso, Mike? Não  lem- bro de ter te avisado.
      - Oras, eu sou o Robin.
      - Não é. -  Harvey   disse   saindo  da sala, caminhando ao lado de Mike.
      - Por que não?
      - Eu sou o Tony Starck.
      - O   Homem  de  ferro? - perguntou Mike confuso.
      - Não. Porque   o  Tony  Starck   já  é sensacional sem estar em ação.
      - Entendi.

                             . . .

         O dia tinha sido  muito cansativo, porém produtivo. O horário da  entre- ga   estava  se  aproximando, ou seja, a chance   do   Mike   de  conquista- la. O rosto de  Rachel é como  escultura que Mike não  se  cansava  de  contemplar. Ele     encarava   o  relógio   com   tanta ansiedade, que parecia  que iriam sair raios  lasers  de  seus  olhos e atingir  o inocente relógio.

       - Ficar hipnotizando o relógio  não vai fazer com que ela chegue  mais rá- pido. - disse  Donna   sarcástica   como sempre.  Mike  a  olhou   com  cara   de desentendido. - Não  se  faça de desen- tendido.
       - Fica     muito      na     cara? - Mike perguntou se  referindo ao fato  de ter uma queda (penhasco) por Rachel.
       - Sim. Se eu fosse  você tentava dis- farçar.

        A entrega estava demorando mais que     o   normal. Todos    já    estavam reunidos na  sala  de  Harvey, menos a Jessica, pois ainda estava cuidando de assuntos pendentes.
        Mike   batucava   seus    dedos   na parte inferior da taça, estava  ansioso. Mike bebeu  um  pouco do  vinho, sem desviar o olhar do  elevador. Suspirou já perdendo  a  esperança  e  pensando em  milhões  de  possibilidades, como: "Será que  ela  sofreu  um  acidente? ", "Será que a moto dela deu defeito ", "E se   ela  me  achou  um safado e  nunca mais   vai  entregar  pizza  na  Pearson Specter   Litt ?" , " E  se...". Seus  pensa- mentos    foram    interrompidos   pela porta    do   elevador    se    abrindo    e revelando a pessoa mais esperada  do momento. Seu  coração  regurgitou de alívio e alegria.
      - Vai  lá  pegar a pizza,  Mike. - disse Donna piscando o olho.Ele sorriu e foi andando (se   pudesse   iria   correndo, mas  tinha  que   manter  a  classe ) em direção   a  Rachel. Contudo, parou  no meio    do    caminho  ao    ver    Jessica pegando/pagando  as   pizzas   solicita- das, que  no  caso, eram duas. Todavia, Rachel   entregou   uma   pizza a  mais, porém era de  tamanho  menor. Sendo assim, Jessica guardou a  pizza  peque- na em seu  escritório. E  Rachel  pegou o   elevador   indo   para  algum  andar acima do que  estava. Mike  estranhou tal ato, afinal, só  funcionários  podem desfrutar do elevador. Podia ser o que for, mas  Mike não  iria deixar   isso de lado, ainda  mais  quando  se  trata  da sua entregadora favorita. 
        Depois   do  ocorrido, Mike  voltou para     a   sala    que   seus   colegas   se encontravam.Fez tudo como de praxe; comeu,conversou,brincou, etc. Jessica não fazia  ideia  que Mike  havia  visto sua troca de favores com Rachel.                  
        Após  conversar   bastante, deu   a "desculpa" que tinha que ir no banhei- ro, mas na verdade, era para procurar sua  amada. Procurou - a por  todos os andares acima de si. No entanto, não a achou. Sua    esperança   se   conversar com ela aquela  noite havia  ido embo- ra. Só faltava o térreo para  averiguar, e assim fez. Antes  de  abrir a porta  do térreo     escutou     uma     música    de hip-hop, franziu    o   cenho   e   entrou silenciosamente. Dando  de  cara  com sua futura namorada ( lembrando que a esperança é a  última que  morre ) se movimentando em  passos rápidos, no ritmo  da  música que soava do  rádio. Ficou a encarando até seus  movimen- tos   cessarem, para   finalmente  bater palmas e dizer:
      - Estou   surpreendido, você   dança muito bem.
      - O  que  você  está  fazendo  aqui? - pois  é, apesar  de  parecer  dócil  e  ter um  rosto angelical,era antipática e, às vezes, era grossa. - A  Jéssica  sabe  que você está aqui?
      - Nossa, que grosseria. - Mike  disse sarcástico, por   mais   que   isso   fosse verdade. - Você  é  dançarina  de  hip  - top?
      - Sim, mas  isso não  te  interessa. O que está fazendo aqui? - perguntou ao homem a sua frente e  o   mesmo  con- tou o motivo,tirando a parte que tinha uma queda pela dançarina.
       - Qual   a   relação  entre   você  e  a Jéssica ?
       - Não te interessa. Vai embora!
       - Não. - disse e Rachel bufou
       - Então quem vai embora  sou eu. - disse  recolhendo suas  coisas, incluin- do seu rádio.
       - Espera! Pelo menos, me diz o seu nome. - suplicou Mike.
       - Você não é  um advogado? Descu- bra sozinho.
       - Eu ainda tenho a chance de levar você para sair?
       - Que    chance? Você   nunca   teve nenhuma chance. Seus olhinhos azuis não     me    encantam. - disse   e    saiu, deixando Mike  sozinho no  térreo. Na verdade, mentiu descaradamente.Não podia   negar   que  sentiu   atraída   ao advogado  novato. Seus  olhos  azuis, o davam uma tonalidade de inocência a Mike, mas   sabia   que   ele   não tinha nada   de  inocente. Tanto   seus  olhos, quanto ombros largos, atraíam-a  com certa veemência.

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2019 ⏰

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