O céu estava cada vez mais escuro conforme o tempo passava. Eram umas sete da noite e eu ainda estava no hospital esperando notícias do meu irmão mais velho, Jack, o que aconteceu? Simples, ele estava dirigindo e apareceu um caminhão na outra pista e bateu com tudo na frente do carro do meu irmão.
- Família Mollins - um homem de cabelos grisalhos e vestimenta de médico apareceu. com uma prancheta na mão.
De imediato, eu e minha mãe nos levantamos com pressa e o encaramos.
- Então, doutor, como está meu filho? - minha mãe perguntou, com um ar de preocupação enorme.
- Por favor, me acompanhem - foi tudo o que ele disse antes de se virar e começar a andar por um corredor longo.
Eu e minha mãe começamos a segui-lo até chegarmos numa sala.
O médico sentou em uma cadeira preta de couro deixando a prancheta em cima da mesa em sua frente.
- Por favor, sentem-se - perdiu e logo o fizemos.
- Diz logo doutor - minha mãe implorou, enquanto se ajeitava na cadeira.
Ele suspirou e mexeu em uns papéis na prancheta.
- Bom, primeiramente seu filho está bem, quase nenhum dos ferimentos são realmente graves, ele só fraturou a clavícula mas logo irá se recuperar - ele começou e minha mãe soltou um suspiro alto de alívio. - Mas ele teve um corte perto do olho que ainda temos que ver se não afetou um pouco a visão, mas provavelmente no final desta semana ele já estará de volta - ele completou, deixando assim como minha mãe, a mim um tanto nevosas.
- Mas ele está bem, não? - ela perguntou.
- Sim, acho que já podem visitá-lo - respondeu, se levantando.
Minha mãe em um pulo, se levantou e saiu depois que o médico abriu a porta.
- Graças a Deus está tudo bem. Não suportaria perder mais alguém - ela disse, enquanto andávamos até o quarto onde Jack estava.
- Calma mãe, vai dar tudo certo, você não vai perder ninguém mais - comento, enquanto passo meu braço em seu ombro.
- Tomara - ela suspira.
Terminamos o caminho em silêncio, eu realmente não sabia o que falar, ao entrarmos no quarto, avistei Jack deitado na maca completamente ferrado.
- Jack! - disse minha mãe, indo até ele.
- Au - disse ele, me fazendo dar uma risadinha.
- Desculpa - disse ela, se soltando dele.
- Tudo bem - ele respondeu, forçando um sorriso. - Sam... - ele disse, depois que me viu, encostada na porta fechada.
- Oi Jack - respondi, indo até ele e dando um beijo em sua testa.
- Desculpa - ele disse, baixo.
- Pelo que? - perguntei, confusa.
- Por isso tudo - respondeu, enquanto seus olhos vagavam pelo quarto do hospital.
- Foi um acidente, Jack, você não sabia que ia acontecer, e a culpa não foi sua - disse, acariciando seu cabelo marrom bagunçado.
Ele forçou um sorriso.
- Só até o final de semana e eu já vou poder sair daqui - ele diz, me fazendo rir.
- Vou vir todos os dias com minha mãe, ok? - digo.
- Tá - respondeu.
- Desculpe moças, mas está na hora de irem - disse uma enfermeira após abrir a porta.
- Tá - disse minha mãe, sem olhá-la.
- Tchau mãe - disse Jack.
- Tchau, filho - respondeu.
- Sam - ele me chamou.
Andei até ele novamente.
- Diga - respondi.
- Preciso de um favor - disse.
- Fale.
- Preciso que vá na casa de um amigo meu e pegue umas roupas minhas lá - respondeu.
- Ok - disse.
- O endereço está no meu quarto, no quadro de fotos - disse ele.
- Tá, agora tenho que ir - disse.
Saí do quarto de Jack e eu e minha mãe fomos até o estacionamento.
- Pelo menos está tudo bem com ele - ela comentou, entrando no carro e logo o ligando.
- Sim - respondi, pondo o cinto de segurança.
- Como eu amo vocês, então tudo o que acontecer eu vou ficar assim - ela disse, me fazendo abrir um sorriso.
- Eu sei... - respondi.
Eu imagino a dor que ela deve estar sentindo com esse acidente do Jack, meu pai morreu assassinado ainda nessa semana e logo depois o filho mais maior sofrer um acidente horrível, não é fácil pra ninguém.
Minha mãe dirigiu em silêncio até chegarmos em casa, estávamos ainda jos recuperando do susto tomado.
Depois de entrarmos, subi até o quarto de Jack e peguei o endereço da casa do amigo dele.
- Mãe, vou sair e já volto - disse, abrindo a porta.
Depois de fechar a porta, enfiei as mãos nos bolsos do casaco depois de por o capuz na cabeça por conta da chuva que estava começando a cair. Andei até a casa do indivíduo.
- Já vai! - ouvi gritarem, depois de eu tocar na campainha.
Uns segundos depois a porta se abre.
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Obsessão
Teen FictionTudo o que eu queria era ter um final feliz sabe, tipo nos contos de fadas. Mas não dá, parece que tudo dá errado pro meu lado, primeiro meu pai morre assassinado por um psicopata abusivo, segundo, minha mãe está devendo os empréstimos para o banco...