Eu não aguentava mais cada segundo parecia uma eternidade, encara o piso branco daquele local apreensiva o barulho do ponteiro do relógio só piora a situação, mexendo pra lá e pra com aquele barulho infernal, olhei para meus pais eles estavam nervosos e com medo do que estava a surgir, minha querida mãe até tentou disfarçar o seu nervosismo e me deu um pequeno sorriso de canto para tentar me passar conforto, mas só pelos seu olhar já dava para notar o medo e desespero, tentei retribuir mais meu esforço foi em vão pois em um momento desse era impossível eu dar se sequer um sorriso forçado, a angústia e o desespero falavam mais alto. Ficamos ali nesse tormento mais alguns minutos quando finalmente me chamaram.
-Senhorita Amy Miller- eu me levantei tão rápido que até fiquei um pouco tonta- o doutor Kane á espera. Caminhei com meus pais até aquela sala quando meu médico começou a falar.
-Vejo que você parou de fazer a quimioterapia a bom tempo.
-Eu estava me sentindo melhor, achei que não precisasse mais dela- falei em um tom de voz baixo, porém firme o bastante para todos da sala ouvir o que eu disse.
-Amy eu vou ser sincero com você, achei que estava melhorando tomando apenas os remédios e que o câncer não estava em um estado avançado, mas ocorreu um erro em seus exames e seu câncer de fato piorou se tornado terminal. Eu lamento muito dizer isso não vai ser fácil aceitar de imediato mas você está morrendo Amy - eu não conseguia acreditar naquilo eu estava totalmente paralisada não conseguia sequer mover um só músculo do meu corpo. Minha mãe já chorava com sua mãos em seus olhos e meu pai levantou e encostou na parede acho que parte daquilo era pra não ver o sofrimento dele ele queria ser forte para poder conformar eu e minha mãe mas não tinha como ser forte nesse momento
-quanto tempo ela tem doutor- disse meu pai já com a voz amarga anunciando seu choro-3 meses, mas se ela voltar a fazer a quimioterapia poderá prolongar a vida dela a pelo menos 1 ou 2 anos dependendo dos resultados- foi nesse exato momento em que eu saí do transe minha respiração estava acelerada meu coração estava disparado meus olhos marejados e então minhas lágrimas começaram a cair
-Eu não quero fazer a droga da quimioterapia e viver dentro de um hospital só pra amenizar o inevitável eu vou morrer de qualquer jeito- não aguentava ficar ali naquele local precisava sair então sem nem pensar em nada sai correndo e enquanto corria aquilo não parava de repetir na minha cabeça "3 messes" "3 messes" "3 messes" eu não aguentava mais correr então parei em um banco de ônibus e me sentei a rua estava totalmente deserta e apoiei minhas pernas ao meu peito e comecei a chorar mais e mais decidi olha para o lado e vi um papel acabei pegando ele o li.
"Viva a vida intensamente"
Peguei o papel e coloquei no meu bolso entao eu criei coragem para voltar pra casa, o caminho todo minha mente estava cheia mas a frase que o médico havia dito foi substituída pela aquela do papel. Ao entrar pela porta minha mãe e meu pai totalmente preocupados comigo eu não conseguia os encarar simplesmente subi ao meu quarto e me tranquei peguei o papel do ônibus eu li umas 10 vezes e cheguei a conclusão de que devia aproveitar aqueles 3 messes com meus maiores desejos e meus maiores sonhos até o dia da minha partida nesta terra. levantei olhei minha face no espelho dei uma longa respirada e falei.
- Viva a vida imensamente Amy Miller.
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live intensely.
Teen FictionApós Amy descobrir que só tinha 3 meses de vida, decide viajar para Itália com as suas amigas para aproveitar seus últimos dias de vida. Lá ela acaba conhecendo Brandon que sonha em ser cantor, mas seus pais não aprovam essa "ideia maluca" do filho...