Hospital de mortos vivos

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Entro correndo no hospital,até porque era um bom lugar para se esconder de um psicopata que sofreu de lavagem cerebral e quer te matar com uma mão de gancho,mentira,não era o melhor para se esconder.Eu deveria ter saído correndo,para longe daqueles carras e buscar ajuda -não deixe que eles se ferrem sozinhos- não sei porque os segui, quando você está com medo faz coisas sem nem ao mesmo pensar, Patrick grita atras de nos quando passamos pela porta automática. Será que só eu notei que o hospital se chamava "Linda Vista" ,porque um hospital nos EUA,se chama assim ?

Assim que entramos na recepção do hospital,as luzes começaram a piscar,não havia ninguém por perto -quer dizer,só tinha nó quatro,e Patrick estava chagando- o relogio na parede tinha o desenho de uma nota musical -não era uma clave de sol- com uma faixa preta atravessando-a,aquilo era uma placa de proibido música,tá,ok,mundo normal esse que vivo. Saímos correndo assim que ouvimos a porta se abrir, Patrick estava por perto,corremos por um longo corredor,com portas espalhadas sobre ele,tento entrar em uma das salas,mas estava trancada. Ouso novamente Patrick gritar no corredor,Pete me puxa junto a ele para dentro de uma das salas,as luzes continuam piscando,o que deixava o hospital com uma aparência de filme de terror.

A sala era pequena,mas tinha oque eu precisava,soro,gases e um telefone.Coloco soro no gases,passo em um dos cortes da minha perna,aquilo me fazia queimar,mordi os lábios para não gritar,brotam lágrimas nos meus olhos,mas me contive em chorar.Pete tentava pedir ajuda pelo telefone,mas acho que não consegue,pois o arranca da mesa e sai correndo da sala,o sigo,por mais que ele seja doido eu não iria ficar sozinha,num hospital abandonado,com um assassino correndo atrás de mim. Isso era um filme de terror.

Eu e Pete saímos correndo pelo prédio,até que ele entra numa sala,continuo o seguindo,ouso um grito -quer dizer alguém cantando- Where did party the go, ainda não sei, como conseguem improvisar as músicas assim tão rápido.

-Como é que vocês improvisam as músicas assim tão rápido - não me contive com a curiosidade,e perguntei a Pete.

-Porque você sempre escolhe as piores horas para perguntar alguma coisa? -ele responde ligando alguns fios no telefone.

Ele consegue entrar em contato com alguém,grita um  "SOCORRO" acho que quem estava do outro lado da linha se assustou com o tom de agonia em sua voz .Escuto gritos,Pete se vira e sai correndo de dentro da sala,o sigo novamente. Ele abandona o telefone no chão,ainda ligado,mas não me importo,acho que Patrick encontrou alguém.

Assim que entramos na sala de onde saia os gritos,vejo joe,deitado numa mesa,que parecia uma cadeira de dentista,ele estava com olhos esbugalhados,Patrick estava ao seu lado,conseguia ouvir sua respiração.O que fizeram com ele ? Como conseguiram transformar alguém tão calmo em um monstro? Alguém bate na porta,olho para trás,era Andy que havia chegado,agora a morte de joe virou uma exposição. Olho para o rosto de Pete,ele estava um pouco assustado,triste e surpreso, não sabia ao certo o que ele pensava -até porque não consigo ler mente- mas sei que não se movia,assim como Andy. Os olhos de Patrick voltam a cor normal,em uma questão de segundos,ele olha para o corpo de Joe e começa a chorar,não nos movemos.

-Eu sou um monstro - ouso-o dizer. Sirenes se aproximavam,sirenes de viaturas policiais.Joe estava deitado com um cabo amarrado ao pescoço ,seus olhos azuis estavam tão abertos que aparentavam pular para fora do rosto.Patrick se vira mais uma vez para ver o rosto do amigo morto,que ele havia matado. O barulho das viaturas ficam mais próximos,ninguém aparenta querer fugir,estamos paralisados,como se alguém tivesse passado Super Bonder no chão e nós estivessemos presos.

Efeito DominóOnde histórias criam vida. Descubra agora