Prólogo

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A família Lee e a família Saelim sempre se deram muito bem, talvez fosse pelo fato de que seus líderes eram os maiores criminosos de todo o sudeste asiático? Talvez si, havia uma grande possibilidade, mas isso não ignorava o fato de que tinham uma boa amizade.

Principalmente seus filhos, Sr. Kim e Sr. Saelim se orgulham de seus primogênitos, é claro que Saelim no início não aceitou bem o fato de seu primeiro filho, herdeiro de tudo que criou, fosse uma menina. Por "regra", o correto era que o herdeiro de um império como esse fosse um homem. 

Mas com o passar dos anos, aceitou bem o fato e tudo que iria ensinar a um menino, ensinou a ela. A garota ainda em seus seis anos de idade já sabia montar e desmontar uma arma tipo Glock semi automática de olhos fechados. Sua mãe não concordou muito no inicio com a ideia de sua filha aprender isso tão cedo, ainda não era a hora. Mas seu marido a conseguiu convencer sem nenhum problema.

A primogênita aprendeu com a arma usada com frequência pela polícia, saber isso sobre ela é quase que um lema de vida. Bom, o lema da vida dela.

Já o primeiro dos Lee veio um menino, e que de acordo com o Sr. Lee, por sorte, veio apenas ele, sendo filho único dos Lee, único herdeiro do império. Era um garoto muito mimado pelos pais, mas graças a algo maior, não era uma criança babaca, um mini playboy.

Assim como _______ filha de Saelim, ele também já sabia coisas aos seis anos que uma pessoa comum normalmente só saberia aos quem sabe, dezoito? Bom, em todo caso, seis anos não era uma idade muito apropriada para se aprender a atirar.

A amizade dessas duas crianças fortaleciam a amizade das famílias, que eram totalmente leais uns aos outros. Poderiam contar um com outro para o que precisassem, em qualquer hora ou lugar.

Bom, era o que Saelim acreditava.



Era mais uma tarde comum de terça feira, ______ ajudava sua mãe na cozinha a preparar um pequeno lanche da tarde enquanto seu pai e o líder dos Lee, estavam no jardim a bater papo sobre um time de futebol.

Que elas particularmente não queriam saber.

—Mamãe, o Felix não vem hoje? -- a garotinha de apenas sete anos deu falta de seu não apenas amigo, melhor amigo.

Felix ia a casa da garota todas as terças no finalzinho da tarde, as vezes não ficava para jantar, mas sempre dava um jeito de visitar sua amiga.

Porém daquela vez, ele não havia ido, e ______ já não aguentava mais ficar brincando sozinha ou apenas ficar na mesa com os adultos sem entender exatamente nada do que estavam falando.

—Hoje não querida, Felix ficará em casa dessa vez. -- a mulher de quase quarenta avisou a sua filha a ausência do garoto vendo os olhinhos da mesma se encherem de lágrimas.

Felix nunca deixava de ir, não importava o que acontecia, ele sempre ia a casa dela, mesmo que fosse para dar apenas um "oi! Tchau" só para ter certeza de que visitou a Saelim mais nova.

Ela se recusava a acreditar em sua progenitora de que seu amigo não iria vim. Pegou um dos pacotes de biscoito que sempre guardava para dar ao Lee mais novo e foi até o jardim da frente.

Se sentou nos pequenos degraus que havia de frente para a porta de entrada e agarrou o pacote de biscoito olhando para rua, na esperança de Felix fosse aparecer uma hora ou outra.

E então, uma hora se passou, duas, três e nada dele aparecer, a garotinha já estava se pondo a chorar por pensar na possibilidade de que seu melhor amigo a esqueceu ou a trocou por outra garota de sua rua porque não queria mais ser seu amigo.

Pensamentos de uma criança.

Contudo, isso foi interrompido por gritos vindo de dentro da sua casa, para ser mais precisa, do andar de cima, se assustou por alguns segundos, mas não demorou muito em largar o pacote de biscoito que segurava indo até a cozinha e pegando a pistola que seu pai guardava ali.

De acordo com seu progenitor "No caso de gritos, se mantenha armada" um belo ensinamento a uma criança.

Subiu rapidamente para o segundo andar da casa seguindo os gritos, já havia destravado a pistola e estava pronta pra atirar em quem quer que fosse a pessoa a tentar invadir sua casa

Contudo, quem estava a gritar era sua mãe, enquanto seu pai praticamente espancava o pai de Felix, não entendia o por que ele estava batendo no homem que chamava de tio.

E nem por que sua mãe estava nua enquanto Sra. Lee chorava desamparada, e seu pai, bom, seu pai estava a bater no segundo nu no recinto.

Naquele momento ela não entendia o que estava acontecendo e queria muito saber, só conseguiu entender tudo na semana seguinte, quando Felix finalmente apareceu.

E explicou para a garota que o que ela viu, foi um dos piores atos de traição.

Meses depois Sra. Saelim deu a luz a um menino, não era fruto do seu amor com seu marido- apesar de amor ser o ultimo motivo do casamento- mas este aceitou a criança como seu.

Não por compaixão, ou por que não queria ver sua esposa triste, mas por seus princípios. Suas regras principais de vida, que ele leva como regras da família "Não matamos bebês/crianças e idosos", até que sensível para um assassino.

O pequeno Jimin cresceu com uma visão distorcida da sua família, ______ sabia de tudo que seu pai e sua mãe faziam e qual era a fonte de toda a fortuna da família Saelim.

Já Jimin, via uma família feliz e unida, sua mãe como deputada era seu ponto forte para amizades, e seu pai, com uma grande corporativa de montadora de carros, ou seja, era de lá que vinha os lucros da família toda a fortuna dessa família perfeita e feliz.

Bom, era isso que ele via e acreditava, o que mostravam a ele. Até ter que ser envolvido nisso tudo.

A Traição Dos LeeOnde histórias criam vida. Descubra agora