Prólogo

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Os músculos tensionaram quando Jungkook puxou a corrente, presa a uma argola na coleira do garoto. As luzes estavam apagadas, mas o abajur no lado direito do quarto permitia uma boa visão das cenas profanas que desenrolavam-se no velho casarão suíço. O rapaz que engatinhava nú, como um cachorrinho atrás do dono, possuía a pele escura, lembrava chocolate derretido, e seus olhos grandes transbordavam submissão e inocência. 

Seu nome era Daren, ele não sabia como havia saído do balcão de um bar e parado de quatro sob o carpete caro de um desconhecido. Mas, algo naquele homem alto e de terno escuro, roupas estranhamente formais para um ambiente cheio de pessoas bêbadas, o atraiu de modo sobrehumano. Seus joelhos doíam e a pele abaixo da coleira parecia ficar irritada, mas a sensação era prazerosa, uma pena que não conseguia dizer o porquê.

Jungkook parou de caminhar e virou-se na direção do garoto, que parecia olhá-lo com devoção. Sentou-se na ponta da poltrona chelsea, com as pernas abertas onde Daren se encaixou ajoelhado, com ambas as mãos espalmadas sobre as coxas; um sorriso indecifrável brotou nos lábios de Jungkook e Daren jurou ver um vulto vermelho dançar em seus olhos, causando-lhe um calafrio sobrenatural, como se um cubo de gelo escorregasse por suas costas.

O homem sobre a poltrona usava agora apenas uma calça de linho, deixando a rigidez dos músculos de seu abdômen a mostra. Diferentemente do outro, ele parecia saber exatamente o que fazia ao estender a mão para Daren, que hipnotizado pelo brilho vermelho, demorou alguns segundos para entender o recado. Levou sua mão até a de Jeon, sentindo o gelado de sua palma, que por alguma razão desconexa, parecia lhe transmitir uma onda insana de calor.

Acompanhou devoto Jungkook levar sua mão a boca, sentiu o beijo dos lábios finos arrepiarem seus pelos; a boca escorregando de sua mão até o pulso, deixando um rastro de saliva. Então, Daren viu sob a baixa luz, o par de presas longas, muito além do tamanho normal. Os olhos arregalaram-se, e antes que pudesse gritar, sentiu a dor aguda no pulso, as presas finas perfurando a pele. Sua boca abriu-se em um grito mudo, sentiu o sangue ser chupado e uma sensação de formigamento que lhe dava um prazer sem nome.

Não entendia porque estava deixando que aquilo acontecesse, talvez fosse uma alucinação causada pela ingestão de álcool em excesso; seu corpo parecia amolecer enquanto Jungkook apertava seu antebraço com cada vez mais força, a boca presa ao redor de seu pulso que derramava uma tinta vermelha. Parecia que não sentia mais o chão abaixo de si, paredes escuras fechavam-se ao seu redor e apenas conseguia enxergar o vampiro puxando a vitalidade de seu corpo. Não conseguiu gritar ou debater-se enquanto via a parede tampar sua visão e a criatura desaparecer na penumbra.

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Um prólogo pequeno, apenas para atiçar a curiosidade sobre essa nova história.

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My Vamp- JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora